segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Littera Feelings #26 – Perspectivas da Coluna (Parte 1)


26 POSTS, OMG!

Olá, pessoal :) Como vão as leituras de fim de ano? Agora é a hora de se esbaldar, hein!

Fechei o ano passado com um post de perspectivas sobre as leituras de 2013, hoje convido vocês a fazerem uma retrospectiva pelos posts queridos da coluna Littera Feelings <3 Como sempre foi proposto, os temas passeiam por nossos variados momentos de leitor, assim resgatei umas passagens bem legais que valem a releitura e já estou preparando o último post do ano com uma surpresinha.

Enquanto isso...

Vamos ver se de lá pra cá mudamos algumas opiniões? Vamos!
(os links dos posts estão em cada título)



Adoro ler dedicatórias, e nem precisam ser pra mim. É um toque delicado, sabe, elas trazem um pé na realidade, um pé no conteúdo. O texto pode ser de uma linha, uma frase minúscula, mas ali está o ponto de ligação entre aquele que doa e aquele que recebe. Quase... um abraço. [...] Pérola ou não, dedicatórias são mimos [...].


Penso que na maioria das vezes em que deixamos um livro ir é quando não gostamos dele. [...] Muitas foram as vezes que vi isso no sistema de trocas do skoob, livros que foram “abandonados” em leitura ou levaram poucas ou nenhuma estrelinha de apreciação. Livros ditos “fracos” pra quem os leu, então estão aí, no sistema, procurando novos leitores.

Só que isso não é bem... desgarrar. Não houve ligação entre vocês, afinal. O livro nem cumpriu seu papel, ele só seguiu viagem. Assim quem certamente tá na sua estante é aquele que seus corações abraçaram, agarraram, amaram. Então o que seria deixá-los... ir? (Sim, plural!). Eles cumpriram seu papel, não? Possivelmente poderiam cumprir de novo, noutra casa, noutras mãos, noutras prateleiras... Sinto isso como aquelas cenas de filme, em que a pessoa cuida do passarinho ferido, o adota e depois o devolve para a natureza.

[...] Para ter quem receba, alguém primeiro deve doar.


Será mesmo o spoiler o monstro do entretenimento? [...] Quando pode ser bom?
Quando conhecemos a história. Ou partes preciosas dela, por senso de mundo, cultura e literatura. [...] Não precisa necessariamente ser uma releitura, mas sendo uma, é que se prova o lado amigável do spoiler, pois é nesse momento que ele revela-se... auxiliar: 
Na releitura o leitor vai ler mais devagar e nem por isso de forma menos prazerosa. Livre da ansiedade – que, nesse caso, também atende pelo nome de prazer – de saber como continua a história e qual será seu desfecho, o leitor pode rastrear as pistas que o autor foi lançando aqui e ali no romance e ele não percebeu. Ou pode se deter um pouco mais num detalhe de um personagem, uma cena, na precisão de diálogos, na forma engenhosa da montagem do enredo, etc. – Flávio Carneiro, O leitor fingido.


Se livro é livro e filme é filme, leitor é leitor e telespectador é telespectador.
[...] Deve ter muito filme por aí que, por não termos lido o livro, aos nossos olhos parecem ótimos. [...] A verdade, infelizmente, é essa: a adaptação apenas toma por base determinada história (e somos avisados naquelas letrinhas no início e fim do longa-metragem), não é a tradução de uma linguagem para outra. Por mais que esperamos diálogos e cenas cruciais, é difícil bater o filme que fazemos na nossa cabeça. E difííííícil às vezes largar esse nosso lado leitor pra respeitar o do telespectador.



Tem problema em ler?
Não.
Deixe em paz quem escolheu ler.

E TEM PROBLEMA EM NÃO LER?

Claro que não! Tudo bem quem não leia, a vida é sua, gostos e hábitos são seus. Gostar de correr, por exemplo, não é ponto comum como o fato de sermos todos humanos.

A atividade da leitura deve ser apresentada, não obrigada. [...] Acho que ler é uma escolha. Se você a faz, seja bem-vindo, vamos conversar; e se não a faz, tudo bem, vamos conversar da mesma maneira.
[...] E para quem não lê, uma nota apenas: não estranhem se nós lemos, estranhem se não estivermos lendo.


Às vezes fico incomodada mesmo, e não só por já de início “prever” todo ou metade do roteiro do livro, é por como o clichê em si é tratado dentro da história. Ele é, por muitas vezes, banalizado! Ele não vem “encorpado”, não dá aquele desenvolvimento à história, e às vezes também pela própria maneira de narrar.
[...] a gente busca por isso - não busca? Pelo final feliz, pelo encanto, pelo sorriso bobo. Digo até que Frozen – Uma Aventura Congelante poderia ser uma referência #EPICWIN pra esse post se não se tratasse de um filme, mas lá, a gente vê claramente o show de clichês e como todos foram tão bem trabalhados que o sucesso é geral :D No final das contas, não é tão ruiiiiim assim, né?

E daí que é clichê?
Se me convencer, estou ok com isso.


[...] Esse valor não deve ser parâmetro, tampouco deve medir qualidade. Como comentado no começo, um clássico pode ser assim considerado por várias razões, sem, em nenhum momento, deixar de ser uma "obra". [...] a gente tá vivendo esse presente, mas estamos sabendo reconhecer os marcos que esses tantos livros estão deixando no nosso dia a dia? [...] Clássico, enfim, se trata do valor que damos. Valor esse que, quem sabe, perdure pela história.


As pessoas estão lendo? Ok, ótimo!
Mas, espera, estão elas entendendo o que é apresentado? O livro está acrescentando? Está modificando? Infelizmente, em vista dessa situação, concordo que a “modinha de leitura” possa ter seu lado ruim.
[...] E é claro que é importante ler, só não basta apenas... ler. Digo, no sentido de a leitura passar batida. [...] Acredito em livro que nos divirta, que nos traga boas histórias. Mas também acredito em livro que nos acrescente. Que ceda perspectivas, reafirme convicções, dê ideias, balanceie as emoções, nos faça questionar. Que mude, enfim. Ao nos mostrar mundos, podem ser as maiores mentiras do universo, porém, desde que nos faça acreditar, estou bem com isso.


Há livros e livros, amigos. Do mesmo modo que a literatura pode ser diversa, nosso coração avalia por distinções. Reavaliei meus favoritos e 99% continuaram lá, na mesma marca. Foi bom pensar neles de novo (e tenho revisto outros no desafio #fotografeolivro), porque aí a história já assentou, a cabeça já alcançou outros entendimentos e os feels já dizem algo mais.

~//~

Posso hoje dizer que estou ficando boa em dedicatórias (em exercício sempre!), pratiquei o desapego (descobri um novo prazer ao doar livros \o/), estou cuidando mais dos spoilers (e entendendo melhor os efeitos dele), já não condeno tanto as adaptações de livros em filmes, estou vendo alternativas para aqueles familiares que não leem (ou cogitando estratégias sobre como os influenciarem rs), procuro pelo bom clichê e por entender a marca dos clássicos em suas próprias épocas, além, claro, de fazer as perguntas certas quando a leitura parece ter sido batida.

Ah, tanta coisa! ^.^

Ao passo que venho aqui escrever pra vocês também reflito pelas minhas leituras :) Espero que tenham gostado desse especial e que também deem uma repensada sobre esses tópicos. Mudaram de opinião em algum assunto? Comentem aqui embaixo!

Vejo vocês em breve para a segunda parte o/

Bjos,



Kleris Ribeiro.

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Ana Liberato