quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Resenha: "A Grande Caçada" (Dan Smith)

Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Eu consegui atrasar todas as minhas resenhas de novo ... mas não poderia deixar de trazer esta para vocês pois AMEI o livro, apesar de não ter ficado muito interessada na sinopse.

Afinal parecia tão ... sei lá. Clichê de filme de ação americano. Imaginem. Uma aldeia no meio da Finlândia, com um aspirante a caçador desengonçado e sem jeito com o arco cerimonial da tribo. Um garoto.

Às vésperas de seu 13º ano, Oskaria deverá entrar na floresta e caçar algo. Qualquer coisa. No entanto, como o tipo e tamanho da caça definirá seu valor como homem, essa "qualquer coisa" assume proporções gigantescas, simbolicamente falando.

Na verdade pior. O pai de Oskari não caçou qualquer coisa. Caçou um urso. O que parece ser um grande feito. Eu, como não entendo lhufas de caça, aldeias da Finlândia e tals, tendo a acreditar no que disse o autor. Então o peso que Oskari carrega ao adentrar a floresta, é quase aterrador.

O arco era ainda maior que o do meu pai. Era quase da minha altura: quando eu encostava uma ponta na plataforma, a outra chegava até meu queixo. A madeira era pesada e fria, mas o cabo ainda estava quente por causa da mão de Hamara. Aquele era o arco tradicional de caça da nossa aldeia, que ficava guardado no Chalé de Caça e era usado apenas para o Teste. Fazia mais de cem anos que as pessoas de nossa aldeia caçavam com ele - e os meninos se tornavam homens com ele, Em seu teste, meu pai matou um urso com aquele arco.Agora era minha vez de mostrar do que eu era capaz

E aí o inesperado acontece. Homens estranhos na mata. Homens que matam um conhecido seu da aldeia, à sangue frio, e roubam seu helicóptero. Homens que portam armas estranhas e enviam luzes brilhantes bem alto no céu. E barulhos ensurdecedores se dão, e coisas impensáveis começam a acontecer. 

Afinal, parece que era o presidente dos Estados Unidos, em pessoa, quem iria ser caçado nesta floresta. Hamara, o ancião da aldeia de Oskari, dizia que a floresta tinha algo guardado para cada menino que entrava, tornando-o o homem que retornava na manhã seguinte. Mas um presidente? Não seria demais para Oskari?

Por mais que o restante seja o esperado - muita adrenalina, intrigas políticas e internacionais, traição, e Oskari gradativamente deixando de ser um menino assustado para tornar-se um forte homem digno de seus ancestrais - a forma como Dan Smith narra o livro, encadeia os acontecimentos, desenrola a ação é F-A-B-U-L-O-S-A. E olha que esse nem é um dos meus gêneros favoritos de leitura.

E o mais surpreendente é que, junto à ação, há alguns momentos de conversas e trocas entre Oskari e o presidente que encerram lições ternas e emocionantes sobre a vida e a morte, sobre perdas, sobre o poder e o que ele acarreta muitas vezes: medo, vergonha, solidão.

Dan Smith conseguiu, ao mesmo tempo, narrar uma aventura impensável, com ação eletrizante, um drama comovente e um romance policial com intrigas internacionais para Sherlock nenhum colocar defeito. 

Preciso dizer que recomendo? Forte abraço e até a próxima!

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2 comentários

  1. Gostei muito da sua resenha mas mesmo assim o livro não me atraiu. É como você disse no começo, muito clichê de filme de ação. rs. E, além disso, a capa não ajuda em nada.
    Pode ser que eu leia porque fiquei curiosa por causa da sua resenha mas, se só visse o livro nem pensaria em comprar.

    bjs.

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  2. não conhecia esse livro,me interessei e pretendo ler ele nas férias...uma dica super show

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Ana Liberato