quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Resenha: “Ardente| Em Chamas” (Sylvia Day)

*Por Mary*: Olá, leitores queridos!

Quero iniciar esta resenha contando que o livro que trago hoje me foi uma grata surpresa. Há alguns anos, uma amiga (que não curte tanto assim ler) leu outra série desta autora e ficou completamente apaixonada – certo, ela ficou apaixonada mesmo foi pelo Gideon Cross, mas vocês entenderam. Rapidamente, os livros da série Crossfire se tornaram febre entre o nosso grupo de amigas, exceto por mim.

Lembro perfeitamente que essa amiga comentou comigo sobre os protagonistas daquela série: um homem que, apesar de lindo, tinha seus defeitos, seu passado e complexos; e uma mocinha longe da garotinha inocente e submissa ao multimilionário de seu interesse. Pude comprovar isso tudo em sua nova obra: Ardente| Em Chamas. 
“Pare de pensar e sinta”, murmurou Jax, mordiscando o canto da minha boca. “Me deixa fazer você se sentir bem. É tudo o que quero. Fazer você se sentir bem.”
Em Ardente| Em Chamas, Gianna Rossi acredita ter se recuperado completamente do fora que levou de Jackson Rutledge. Formada e com um plano profissional traçado na cabeça, consegue o emprego dos sonhos junto a uma grande empresa liderada por Lei Yeung, que, além de chefe, se torna uma amiga e mentora.

Anos depois, Jax reaparece e, para complicar ainda mais as coisas, interfere no plano mais importante da vida de Gia: seu trabalho. Todavia, se tem uma coisa que ela aprendeu nos últimos anos é que não se deve misturar trabalho e amor, ainda mais sendo uma relação tão confusa quanto a deles. Por outro lado, parece uma tarefa quase impossível resistir à atração que nem os dois anos de separação foi capaz de dissipar.

Como mencionei ali em cima, fiquei muito satisfeita com o que encontrei na obra: boa escrita, narrativa ágil, personagens apaixonantes, trama bem amarrada e seduzente. A narrativa em primeira pessoa não se prende em abstrações, a ação está na medida certa de não parecer “enrolação”, trazendo descrições concisas e ao mesmo tempo claras, que montam na cabeça do leitor um quadro perfeito da imagem presente na cena. 
Mas chorar pelo que perdêramos não me impedia de valorizar o que ainda tínhamos. Quando estava nos braços de Jax, eu me sentia como se estivesse exatamente onde deveria estar. A única outra coisa que chegava perto de me proporcionar aquela sensação de conforto era o Rossi’s.
Li em algum lugar que a Sylvia Day tem a excelente característica de criar personagens complexos. Não tenho cacife para fazer tal afirmação – já que só li um livro dela – mas Ardente| Em Chamas me deu justamente essa impressão, o que me faz acreditar que esse aspecto se repete em suas demais obras.

Além disso, ambos protagonistas fogem do clichê moça insegura e cara perfeito, com o plus de uma trama bem construída, inteligente e que prende o leitor do começo ao fim. Ardente| Em Chamas é o tipo de livro que se lê de uma tacada só. E, quando não consegue ler tudo de uma vez, não descansa enquanto não o termina. 
“Não faça isso.” Ele ergueu meu rosto pelo queixo. “Não pode me pedir para dar tudo o que tenho e depois não me levar a sério. Não é justo.”
“Não”, concordei. “Não é justo, é?”
Pela forma como ele apertou a mandíbula, sabia que tinha entendido o recado (...).
Como não poderia deixar de comentar, para quem gosta de livros eróticos, Ardente| Em Chamas é uma excelente escolha. Só que eu diria mais: para quem curte livros eróticos, mas não dispensa uma trama bem escrita e que acredita que as cenas hot devem ser consequência de um enredo que a justifique e realce, esta é a escolha perfeita.                                                                                             
“Eu...”
Meus pulmões falharam diante da surpresa de ouvir o som da voz de Jax.
“Eu te amo. Te amo tanto que isso está me deixando louco.”
Estendi a mão até a cadeira, tentando firmar os joelhos enfraquecidos. Queria ouvi-lo dizendo essas palavras, mas agora que as ouvira não assimilava. Não tinha percebido quão triste ele estava até suas mãos agarrarem meus braços e ele enterrar o rosto em meu pescoço.
“Quero você na minha casa”, ele disse baixinho. “Quero acordar com você, ir dormir abraçado com você, voltar para casa do trabalho e jantar com você. Quero o que tínhamos em Las Vegas, mas as coisas eram diferentes naquela época. Eu tinha você só para mim. Não vai ser assim agora.”
Ergui a mão direita e pousei sobre sua mão esquerda. “Eu sei. Posso lidar com isso.”
“Espero que sim”, murmurou ele, virando-me para encará-lo. “Porque não vou ser capaz de deixar você ir depois disso, Gia. Para o bem ou para o mal, você é minha.”


         

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Ana Liberato