quarta-feira, 13 de abril de 2016

Resenha: “Salve-me” (Rachel Gibson)

Tradução de: Cássia Zanon

*Por Mary*: Como resenhar Rachel Gibson, xenthyyyyyy?!


Vou até pular essa parte de introdução. Não vai sair nada de inteligente mesmo...
- Tecnicamente é possível, meu velho. – ela disse, antes de explodir em riso novamente.
- Já acabou?
Ela sacudiu a cabeça.
Ele franziu a testa para não sorrir e deu a ela o seu olhar penetrante. Aquele usado para incutir medo nos corações e mentes de jihadistas endurecidos. Não funcionou, então ele a beijou para que ela calasse a boca. Uma pressão dos lábios sorridentes dele para acalmar a risada dela.
- Venha tomar uma cerveja comigo – ele disse contra a boca de Sadie.
- Está entediado?
- Agora não.
Neste romance suuuuuper apimentado da dyvah Gibson, ganhamos um novo objeto de desejo: os militares. Cá entre nós, quem não tem uma quedinha – mesmo que bem inha – por fardas, ? Se você ainda não teve a sua, é porque ainda não conheceu o militar certo.

Pois bem, em Salve-me, Sadie e Vince se conhecem a caminho da nossa velha conhecida Lovett, Texas. O motivo de suas viagens é distinta: enquanto Sadie está voltando para sua cidade natal, a fim de comparecer ao casamento de uma prima que nem conhece; Vince, por sua vez, está indo encontrar a tia, que tem uma proposta misteriosa para o seu futuro. O acaso os faz cruzar seus caminhos e uma intensa atração se faz presente de imediato.

Há muito sua experiência ensinou a não se meter com homens emocionalmente indisponíveis, iguais ao pai, mas é bem difícil que Sadie persiga esse propósito quando o homem em questão é alto, forte, musculoso e tem uns olhos verdes brilhantes de matar. Uma relação que se inicia de modo puramente carnal vai se transformando em amizade e quando, no momento mais difícil de sua vida, Vince fica ao seu lado o tempo todo, a amizade colorida se transforma em amor. Não seria tão assustador se Vincent se abrisse um pouco... e não fugisse como o diabo foge da cruz diante da palavra “compromisso”.
- E você nunca se apaixonou?
- Claro – ele apoiou o punho sobre a direção. – Por algumas horas.
- Isso não é amor.
- Não? – Ele olhou para ela e virou o jogo. – Você já teve um relacionamento realmente sério? Já esteve noiva?
Ela sacudiu a cabeça e colocou a garrafa no porta-copos.
- Eu tive relacionamentos, mas ninguém me deu um anel. – a ansiedade dela escapava pelos seus dedos e ela batucava o console. – Eu namorei homens indisponíveis emocionalmente, como meu pai, e tentei fazer que eles me amassem.
- Um psiquiatra falou isso para você?
- O programa Loveline, com Mike e dr. Dre.
Nem preciso dizer que o livro é MA-RA-VI-LHO-SO, preciso? Caso reste dúvida, ESSE LIVRO É MARAVILHOSO!

Tá, desliga esse CAPS LOCK, moça.

A narrativa de Salve-me se dá em terceira pessoa, seguindo a mesma linha dos livros anteriores dessa autora e se tem uma coisa que amo na Rachel, é esse recurso de intertextualidade que tem em seus livros.

Aqui não seria diferente, uma vez que encontramos rapidamente alguns velhos amigos, tais como: Daisy, Jack,Nathan e Lily. Além disso, há um breve encontro com o pessoal de Seattle, mas não é nenhum de nossos conhecidos – não que eu me lembre, pelo menos. 
- Isso é um progresso, eu acho, mas é triste – um pesar genuíno fez os cantos da boca de Autumn caírem. – Quando você tranca tudo bem apertado para que a dor não possa sair, você também impede que as coisas boas entrem.
Apesar de me sentir muito repetitiva, não posso deixar de mencionar o quanto os personagens de Salve-me são apaixonantes. Aliás, essa é uma característica da própria autora, de criar tramas envolventes, com uma linguagem fluida, recheadas de tensão sexual, romance e que prendem o leitor até a última linha. Cada elemento é empregado na medida certa.

No mais, é uma trama bastante simples, sem muitos altos e baixos ou grandes clímax. Não espere uma história recheada de grandes loucuras românticas e nem desfechos surpreendentes. É um livro previsível, descomplicado e, até certo ponto, objetivo.

Sendo assim, se você não está afim de uma leitura complexa e ama um bom romance, de escrita ágil – desses que é para ler de uma tacada só! – e quer suspirar (muito), se apaixonar (muito), se envolver (muito), este livro é a escolha certa!
- Tem mais uma coisa que eu vim dizer a você.
Ela baixou o olhar para o terceiro botão da camisa dele.
- O quê? – Ela não tinha ideia do que poderia estar faltando ele dizer. Apenas adeus.
Ele respirou fundo e deixou sair.
- Eu amo você.
O olhar dela subiu para o dele e um único “O quê?” escapou de seus lábios.
- Tenho trinta e seis anos e estou apaixonado pela primeira vez. Não sei o que isso diz a meu respeito. Talvez que eu tenha esperado você a minha vida inteira.
Sua boca se abriu, e ela respirou fundo. Ela estava se sentindo tonta, como se fosse desmaiar.
- Vince. Você disse que me ama?
- Sim, e isso me deixa completamente apavorado – ele engoliu em seco. – Por favor, não diga “muito obrigada”.


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Ana Liberato