segunda-feira, 23 de maio de 2016

Resenha: “No mundo da Luna – A entrevista” (Carina Rissi)

Por Kleris: A entrevista é um mimo da Carina para os leitores – inclusive, disponível GRATUITAMENTE na Amazon (aqui). Originalmente, era um trecho do livro No mundo da Luna (resenha aqui), porém, como o livro estava muito longo, ele precisou ser cortado. Mas era um material bom demais para ser assim, descartado. 
A entrevista de emprego é uma das minhas cenas favoritas – uma das mais divertidas – , e é com imenso prazer que agora eu a divido com você.
Carina Rissi.

Basicamente, A entrevista é um close da história antes de todo o rolo da trama principal acontecer. É quase um headcanon, na verdade: uma parte da história que foi mencionado por cima na linha de tempo oficial (canon) e que momentaneamente é descrita para esclarecer como dado fato aconteceu; ou seja, um trecho que só fica na cabeça/imaginação (head) – geralmente de fãs, porque a história passa direto sobre ele. Enfim, você pode encarar até como conto-prólogo, já que daqui muita coisa define bases para o romance da Carina.

Luna é uma jornalista recém-formada que está em busca de ação na sua profissão – ou pelo menos tentando pagar as contas e viver mais confortavelmente. Ela divide um minúsculo apê com Sabrina, sua melhor amiga, e, como a clássica heroína de chick-lits, Luna é aquela personagem que está tentando crescer na vida em meio às sagas do dia a dia. Ao procurar por uma oportunidade, Luna se depara com uma vaga de emprego na revista Fatos & Furos e a chance de trabalhar com seu ídolo do jornalismo, Dante Montini. Para isso, ela só precisa passar na entrevista. 
Por favor, Deus, me ajude a me sair bem nessa entrevista. Isso pode mudar a minha vida!
Eu me levantei. Sabrina, ainda adormecida, rolou no colchão, se esticando toda, como uma estrela-do-mar. Uma perna escapou para fora da cama e atingiu meu joelho.
Tá legal, Deus, nem precisa ser uma mudança muito grande. Um apê com dois quartos já está de bom tamanho.

O conto é curto e mostra toda a garra de Carina Rissi de nos envolver em situações desastrosas. Luna é essa pessoa que não consegue respirar sem algo repercutir ao seu redor e causar algo catastrófico. É fácil se identificar com sua ansiedade medonha, seu deslumbramento e coração esperançoso. Apesar de cair facilmente na lei de Murphy, Luna não perde a fé de que vai sair do buraco – embora muito demonstre o contrário e se jogue na sofrência. 
Meu primeiro crachá. Ai, meu Deus!Tomei o elevador, ainda fascinada com o pequeno retângulo de plástico. Aquele seria o primeiro de muitos. Tinha que ser. Será que eu podia ficar com ele quando fosse embora? 
Tentei não parecer uma boboca deslumbrada e evitei ficar olhando para todo lado. Não queria parecer uma criança que acaba de entrar na Disneylândia e... Ah, meu Deus, aquele ali é o Murilo Velasques? Eu sou muito fã desse cara!
Ok. Foco, Luna!

Ainda não li o livro No mundo da Luna, mas com certeza fui fisgada por esse conto. É possível ler sim sem ter conhecido o livro anterior, vez que a Carina não entrega demais nem de menos. Acho que para quem, como eu, não leu o livro principal, leva o conto como uma prévia do que vem aí; já quem fez sua leitura do romance, leva as situações como um bônus ou curiosidade. 
Li uma vez que Steve Jobs, o fundador da Apple, ficava nervoso em palestras, por isso segurava um clipe de papel entre os dedos enquanto falava no microfone. Isso o ajudava a encontrar o equilíbrio e a serenidade necessários. Se nem o Steve Jobs sabia como se comportar no ambiente de trabalho, quem saberia então? O sobrenome do cara era trabalho!

Recomendadísssimo para você que está procurando uma tragicomédia, algo leve ou breve. É a Carina Rissi, bebê :) 
E havia algo mais no ar. Uma sensação nova, um arrepio diferente, que me fez sentir cócegas na boca do estômago.
— Acho que algo maravilhoso está prestes a acontecer, Sá. 


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Ana Liberato