segunda-feira, 2 de maio de 2016

Resenha: “Sejamos Todos Feministas” (Chimamanda Ngozi Adichie)

Tradução de Christina Baum


Por Kleris: Acho que podemos resumir esse livro em “minutinhos de uma LEITURA NECESSÁRIA”. É incrível como às vezes estamos tão envolvidos em conhecer mais do feminismo e entendermos suas verdades e, por outro lado, muita gente não sabe nem pra onde vai, o que é, do que realmente se trata. Assim Chimamanda te chama pra conversar sobre o movimento e por que todos devemos ser feministas – independente de sermos homens ou mulheres. 
Se repetirmos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal. Se só os meninos são escolhidos como monitores da classe, então em algum momento nós todos vamos achar, mesmo que inconscientemente, que só um menino pode ser o monitor da classe. Se só os homens ocupam cargos de chefia nas empresas, começamos a achar “normal” que esses cargos de chefia só sejam ocupados por homens. 
Hoje, vivemos num mundo completamente diferente. A pessoas mais qualificada para liderar não é a pessoas fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a mais culta, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos. Tanto um homem quanto uma mulher podem ser inteligentes, inovadores, criativos. Nós evoluímos. Mas nossas ideias de gênero ainda deixam a desejar.

A edição é curtinha e é uma adaptação de um discurso feito pela autora numa conferência do TEDxEuston (uma iniciativa destinada à disseminação de ideias). Você pode assistir a palestra no youtube, inclusive. O conteúdo é altamente esclarecedor.

A partir de vivências, o ensaio corre fácil como a fala de Chimamanda, muito carismática também. Enquanto lia, parece que estava de fato ouvindo sua voz e assistindo seu riso – já tinha visto sua conferência sobre O perigo de uma história só (assista aqui), outro discurso que toca nos estereótipos, só que no quesito literário. Vale muito a pena ler, disseminar seu discurso e, principalmente, levar conhecimento a quem nada compreende. 
Mas o que realmente conta é a nossa postura, a nossa mentalidade. E se criássemos nossas crianças ressaltando seus talentos, e não seu gênero? E se focássemos em seus interesses, sem considerar gênero? 
A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura.

Dá vontade de comprar centenas deles e distribuir ;)

Você pode comprar a versão impressa (é uma edição em pocket, coisa mais linda!) ou versão digital, pela Amazon, um ebook permanentemente gratuito; acesse aqui.
Ela não conhecia a palavra “feminista”. Mas nem por isso ela não era uma. Mais mulheres deveriam reivindicar essa palavra. O melhor exemplo de feminista que conheço é meu irmão Kene, que também é um jovem legal, bonito e muito másculo. A meu ver, feminista é o homem ou a mulher que diz: “Sim, existe um problema de gênero ainda hoje e temos que resolvê-lo, temos que melhorar”. Todos nós, mulheres e homens, temos que melhorar.

Até a próxima!


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Ana Liberato