quarta-feira, 20 de julho de 2016

Resenha: "Proteja-me" (Juliette Fay)

Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Esta é uma resenha que eu demorei bastante tempo para escrever por que também acabei demorando para ler todo o livro. O motivo? Ele é muito triste :(. Mas vamos lá.

Neste livro, vamos conhecer Janie. E Janie está de luto. Um longo, denso, sofrido e intenso luto. Acontece que Janie perdeu seu marido, Robby, que parecia ser o marido perfeito, deixando-a só com dois filhos pequenos, a mais nova ainda um bebê, a casa e muitas lembranças.

Bom, na verdade Janie não esta totalmente sozinha. Da família, temos sua tia Jude e seu primo Cormac, que a apoiam da maneira que podem, até mesmo para compensar a ausência de sua mãe, que não parece ter tido interesse de voltar da Itália, onde esta no momento, para dar apoio à filha.

Janie também conta com o apoio de Shelly, uma vizinha nada convencional, e o padre Jake, que entra em sua vida em função de sua tia Jude. Toda sexta-feira o padre visita Janie a fim de escutá-la e ajudá-la em seu sofrimento.

Por fim, temos Tug, um empreiteiro contratado por Robby para construir uma varanta. Uma surpresa para Janie, mas que só lhe trouxe mais dor e só a fez sentir mais triste e miserável. Entre esconder-se no banheiro pra chorar longe do filho e afazeres doméstico cotidianos, parece que Janie vai passando pela própria existência de forma autômata, oscilando entre a tristeza pela morte do marido, e a raiva por tê-lo perdido de maneira tão banal.

Quatro meses após a morte do marido, JanieLaMarche continua tomada pela dor e pela raiva. Seu luto é interrompido, no entanto, pela chegada inesperada de um construtor com um contrato em mãos para a obra de uma varanda em sua casa. Surpresa, Janie descobre que a varanda era para ser um presente de seu marido — tornando-se, agora, seu último agrado para ela. 
Conforme Janie permite, relutantemente, que a construção comece, ela se apega aos assuntos paralelos à sua tristeza: cuidando de seus dois filhos de forma violentamente protetora, ignorando amigos e família e se afundando em um sentimento de ira do qual não consegue se livrar. Mesmo assim, o isolamento autoimposto de Janie é quebrado por um grupo de intervenções inconvenientes: sua tia faladeira e possessiva, sua vizinha mandona, seu primo fofinho e até Tug, o empreiteiro. 
Quando a varanda vai tomando forma, Janie descobre que o território desconhecido do futuro fica melhor com a ajuda dos outros. Até daqueles com os quais menos esperamos contar. Fonte: Skoob

A trama é muito bem construída, a autora conseguiu emprestar à sua protagonista um tom de morbidez acida, com a qual a mesma tenta se fazer de forte e afastar todos aqueles que a tentam ajudar. É como se a cada olhar de comiseração, mais ela quisesse simplesmente ser esquecida e deixada em paz com sua dor.

Além disso, o padre Jake é as vezes um mistério a ser desvendado. Para início de conversa, ele não prece um padre. Ficamos nos perguntando qual papel ele desempenhará na vida de Janie? Apenas de conselheiro espiritual? O que há de tão misterioso em seu passado? E Tug? Quem ele será para Janie? Uma figura paternal? Um amigo? Ou um novo amor?

Apesar destas questões, o fato do livro ser muito bem escrito faz com que consigamos sentir o sofrimento de Janie, o que particularmente para mim fez com que a leitura ficasse muito pesada. No mais, prepare seu lencinho e, se tiver coragem, aventure-se neste drama repleto de sentimento e beleza. Recomendo.

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Ana Liberato