segunda-feira, 17 de março de 2014

Littera Feelings #13 e Hemingway – Entrevista de Leitura #1

Hey, galera! Hoje temos um post diferente. Uma estreia, na verdade :)

Como temos visto, a coluna vem sempre trazendo temas relacionados à leitura e ao leitor, abre discussões e dá espaço para opiniões, experiências e histórias. Enquanto os livros cumprem seu papel social de nos revelar “mundos paralelos”, o leitor, quem também tem uma própria vivência a cada leitura, pode nos revelar seu lado. Afinal, ele muda a cada página passada, muda a cada livro finalizado <3

Além de ler, é importante que conversemos e botemos para fora as percepções. Às vezes parece que enquanto não dissermos algo a respeito, não paramos quietos, não é verdade? 

Acho ótimo no quesito não só de compartilhar, mas também de ouvir e fazer crescer nossas ideias, coisas que, se não fossem pela própria reflexão, ficariam aí às avulsas, quem sabe. 

Em vista disso, a coluna abre mais espaço para o leitor ser “ouvido” e assim darmos outras partidas de discussão. Como? Com uma entrevista de leitura. Foi sobre um clássico de Ernest Hemingway que conversei com a leitora Elda Oliveira e assim abrimos alas para a primeira entrevista da coluna :)

A propósito, quais os requisitos básicos para participar mesmo, Kleris? 

Ter lido um livro clássico 
(em abrangência mundial)
Ser uma leitura recente
Não valem releituras


Dados Preliminares:
Título: Paris é uma Festa.
Autor: Ernest Hemingway
Edição (editora e ano de publicação): Círculo do Livro; 1964.
Época de enredo: 1921 a 1926 em Paris.

Eis então, Elda e Hemingway =)


Faça sua sinopse, a mais simples possível. Conte-nos sobre o que é a história.
Elda: Bom, é basicamente sobre a época em que Hemingway viveu em Paris, período em que ele foi pobre e havia decidido largar o jornalismo para viver como um escritor profissional.

Qual era sua ideia antes de começar a ler? Essa expectativa bateu com o que o livro apresentou?
Elda: A minha ideia era simplesmente conhecer um pouco sobre o Hemingway, eu havia lido na minha infância um livro escrito por ele (O velho e o Mar) e lembrava de ter adorado a leitura, porém lembrava também que a maioria das pessoas que haviam lido na mesma época que eu e da mesma faixa de idade que a minha tinham opiniões contrárias a respeito da leitura. Enfim, decidi ler essa obra pra voltar a ler e conhecer melhor o Hemingway. As minhas expectativas estavam nas alturas, eu esperava muito do livro e posso afirmar que excedeu, ultrapassou tudo que eu esperava dele, é um livro maravilhoso.

Como foi seu ritmo? Houve algum momento de estranhamento (quanto à linguagem, costumes, atitudes, ensinamentos, ideologias...)?
Elda: Eu li tudo muito rápido, não conseguia parar, a leitura flui de forma bem natural, é como se ele (escritor) estivesse conversando conosco e nos contando coisas íntimas e cotidianas da vida dele, é como se fossemos velhos amigos. Em nenhum momento tive dificuldades com nada relacionado ao enredo do livro, eu achei tudo bem atemporal. 

O que achou da maneira como foi contada a história? E da desenvoltura dos acontecimentos?
Elda: A forma como o Hemingway narra o livro é bem linear, envolvente e pessoal. Os acontecimentos então... nem se fala. Como eu já disse, ele parece ser um velho amigo contando tudo sobre uma temporada em que passou longe, é tudo bem organizado, cheio de pessoalidades e comprometimento com os acontecimentos, ele parece ser bem fiel ao narrá-los.

O fim foi... satisfatório? (sem detalhes)
Elda: Excepcional.

Como acha que seria se você fosse daquela época? Consegue imaginar como seria se a história acontecesse hoje? 
Elda: Acho que seria mais ou menos como eu sou hoje, porém ainda mais voltada para as artes como forma de expressão. Consigo imaginar perfeitamente essa história acontecendo nos dias de hoje e se bobear está acontecendo agora mesmo. 

Há alguma música que marcou a leitura (ou a lembrança da leitura)?
Elda: Sim, "House of the Rising Sun" (The Animals). 

Há algum trecho (quote) que queira destacar?
Elda:
"Mas Paris era uma cidade muito antiga, nós éramos jovens e nada ali era simples, nem mesmo a pobreza, nem o dinheiro súbito, nem o luar, nem o bem e o mal, nem a respiração de alguém que, deitado ao nosso lado, dormisse ao luar". (Parte: Uma falsa primavera – pág. 61).

Você leu outro livro nesse meio tempo que dedicou a Paris é uma Festa? Qual/quais?
Elda: Não.

Pra fechar, “O livro é legal, mas...”?
Elda: O Hemingway se matou.

(Poxa =/)


E aí, também ficaram curiosos? Já tinham ouvido falar desse escritor modernista, senão desse ou outro livro dele? O que sabem sobre essa Paris festeira? Confesso que sempre confundi Ernest Hemingway com Scott Fitzgerald (escritor de O Grande Gatsby), que eram grandes amigos naquela época. Até então tinha poucas referências sobre eles – e aos poucos vou tapar esse buraco de informações rs (e reassistir Meia-noite em Paris!).

(filme Meia-noite em Paris)

Uma coisa que curti bastante foi isso de ser atemporal, acho que dá uma familiaridade e nos lembra que algumas coisas ainda não mudaram drasticamente de lá para cá. Ernest está definitivamente na minha lista de caça aos clássicos para minha estante!

E quem ficou interessado em participar de uma entrevista e estiver dentro dos citados requisitos, mande seu nome, um contato de rede social (FB ou twitter), o nome do livro e do autor para marykleris@hotmail.com. 

Espero que tenham gostado :)

Até o próximo post,
Kleris Ribeiro.

comentários

  1. Paris é uma Festa é um daqueles livros que está na minha fila de desejados há uma eternidade... Gostei muito da entrevista e certamente é uma leitura que farei um dia.

    Beijo, Livro Lab

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Ana Liberato