segunda-feira, 11 de maio de 2015

Resenha: "Enquanto a chuva caia" (Christine M.)

Por Sheila: Oi todo mundo! Resenha super, hiper MEGA atrasada por que - ok, já vou confessar logo de cara - não gostei muito da sinopse do livro, nem a que esta na contra capa do livro, menos ainda a do skoob.

Assim, eu coloquei uma leitura na frente. E outra, mais outra, e mais umas três ou dez. No entanto, uma das minhas muitas resoluções de ano novo incluíam 1) ler todos os livros do blog de 2014 e 2) Resenhá-los, claro.

Ainda dei uma procrastinadinha para terminar de ler este livro e resenhá-lo. Mas eu tenho uma boa desculpa: uma fratura que me impede de ficar sentada muito tempo, e que me obriga a digitar apenas com uma mão (palmas para mim!).

Começando então com a sinopse do skoob, um dos motivos de meu receio com a leitura:

Erik não procura mais a garota dos seus sonhos. Vive em busca de adrenalina e de uma razão para continuar cumprindo tarefas obscuras. Ele sabe que é muito bom no que faz e não vê nada que possa ser melhor do que os seus dias repletos de perigo. O que Erik não esperava é que sua paixão por correr riscos seria a sua ruína. Ameaçado, ele precisa fugir para o exterior e viver disfarçado de cidadão comum, trabalhando como advogado em uma grande empresa.

Marina comanda o império da família depois de seu pai ter sucumbido ao mal de Alzheimer. Precisa suportar ver os pais tombarem diante da ação implacável do tempo, enquanto ainda carrega a ferida provocada pela morte do jovem marido. Com o comando das empresas nas mãos, ela percebe que nem todas as atividades da corporação obedecem aos manuais de boa conduta.

Quando ambos se encontram, presente e passado se misturam, dando início a um mistério arrebatador que os atrai a uma paixão incontrolável. No entanto, os segredos, cedo ou tarde, virão à tona e os colocarão em lados opostos da balança.
Nenhum dos dois é inocente, mas será que eles aceitarão as verdades que tanto se empenham em esconder? É possível construir um futuro mesmo depois de descobrir que nesta história não há mocinha nem herói?

Ok, confesso que minha implicância foi só até aí. Erik acaba se revelando, logo nas primeiras páginas, alguém que leva uma vida dupla: advogado durante o dia, justiceiro durante a noite. Sim, ele "caça", tortura e mata quem ele considera os "vilões" sem dó algum. Isso acaba fazendo com que ele vá criando uma lista de inimigos e, durante uma missão, um descuido o faz ser baleado.

- Ei, acorde!
Eu não quero acordar, não quero estar aqui e nem quero a minha irmã me tratando feito uma das crianças. mas há dez meses,em um dos meus milésimos últimos trabalhos, fui baleado e foi sério. Quando sai do hospital e soube que ficaria de licença por um tempo bem maior do que imaginava, corri para a casa da minha irmã.

Marina é muito jovem e vamos encontra-la controlada mas muito apreensiva. Ela é a mais nova CEO da empresa da família, tarefa que alguns consideram ser demais para seus ombros - e ela mesma parece ter alguma relutância em aceitar, mas vê como seu dever. Com seu pai sendo diagnosticado com Alzheimer e o ainda recente falecimento de seu jovem marido, ate mesmo ela se pergunta se conseguirá dar conta da direção da empresa.

Todos sabiam que isso aconteceria. Meu pai esta doente há bastante tempo e, ainda que tenha tentado manter tudo como estava, não conseguiu. Honestamente, por mais que eu não queira estar sentada nesta cadeira agora, a ideia de que ele esta mais livre e sofrendo menos me consola. Se é preciso que eu caia no centro deste furacão para que ele possa descansar, tomar remédios mais fortes e ter um pouquinho de paz, tudo bem.

Ambos acabam se encontrando na empresa de Marina, em Nova York, para onde Erik vai como advogado, supostamente para esconder-se enquanto as pessoas que o perseguem não desistirem de encontrá-lo no Brasil. Mas nada é o que parece, e acabamos sendo envolvidos por uma intrincada trama repleta de mentiras, traições e surpresas.

Confesso que o início do livro foi muito cansativo. estava muito parecido com "garoto problemático encontra garota boazinha e eles precisam resolver se conseguem ficar juntos". Mas lá pelo meio o livro da uma guinada. Um mistério parece cercar a vida dos personagens, e Marina parece não ser somente a herdeira rica - nem ser tão inocente quanto se imaginava.

Diálogos inteligentes, e um final que, apesar de ser um tanto quanto clichê, tem uma guinada inesperada, que faz com que tenha valido a pena a espera e leitura para atingi-lo.  Um romance policial BRASILEIRO, Nacional, mostrando que a nossa literatura pode sim ser tão boa quanto a estrangeira. Recomendo!


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Ana Liberato