domingo, 24 de novembro de 2013

Resenha: Irmã (Rosamund Lupton)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vocês estão? Eu continuo com a clavícula quebrada (enquanto escrevo, já que esta resenha vai para rascunho e não sei quando vai ser publicada, mas já que o médico me deu 90 dias de atestado, acredito que ela continuará quebrada sim) porém produzindo muiiiito. Acreditam que é a primeira vez, em pelo menos um ano, que estou em dia com as resenhas? Sempre que estava escrevendo uma nova, havia a sombra de pelo menos mais quatro ou cinco por fazer ... então, tudo na vida tem seu lado positivo, até um osso quebrado.

Bom, vamos à resenha – e desculpem as divagações, cair deixou meu lado egocêntrico exarcebado – que é de uma autora que também é roteirista para a televisão. Não, não sei do que, a orelha do livro não dizia... mas se formos levar em conta a qualidade da obra que tenho em mãos (ok, eu achei o livro muito bom e estou tecendo meus comentários antes do final) devem ser excepcionalmente bons.

Quem gosta de suspenses psicológicos, levante a mão – e leia “Irmã”. A estória, como o nome deixa claro, é sobre duas irmãs, Beatrice e sua irmã caçula Tess que apesar de serem muito unidas, são como água e vinho: enquanto Beatrice é uma designer bem sucedida de Nova York, calma, metódica e controlada, Tess é uma estudante de artes, vivendo na Inglaterra em um porão mal aquecido e tendo a conta de telefone paga pela irmã.

Logo no início da trama, somos apresentados a dor de uma família: Tess está desaparecida. A quatro dias. Assim que Beatrice descobre que sua irmã caçula pode estar precisando de seu apoio, faz as malas e deixa seu noivo Todd e sua vida confortável e segura para trás, para enbarcar numa busca por sentidos e respostas – que só abrem espaços para mais indagações.
- Ocorre-lhe algum motivo para o desaparecimento de sua irmã? – perguntou ele.
- Não, nenhum.
- Ela teria  lhe contado?
- Sim.
- Você vive nos Estados Unidos?
- Conversamos no telefone e trocamos e-mails o tempo todo.
- Então são unidas?
- Muito (...)
- E o celular?
- Ela perdeu o celular há cerca de dois meses ou foi roubado. Ela é distraída assim.
Mas o que Beatrice não consegue fazer a polícia entender, é que sua irmã – Tess, aquela que conhece -  não resolveria participar de um protesto nas Filipinas e simplesmente não avisar ninguém. Por que Beatrice conhece sua irmã e, por mais que esta tenha uma maneira única de ver a vida, nunca a faria preocupar-se desta forma com ela.

Só que Beatrice descobre que há coisas sobre as quais não sabia ... ou será que ela quem, deliberadamente não conseguiu enxergar? A polícia estaria certa? Ou ela deveria tentar encontrar as respostas que a polícia não considerou importante procurar, por que sua irmã era uma estudante de artes, futura mãe solteira de um filho com seu professor da universidade? Ou será que eles simplesmente não conseguiam entender seu modo de ver as coisas?
- Em algumas cidades, os pássaros já não conseguem se ouvir por causa do barulho. Após algum tempo, esquecem a complexidade e a beleza dos cantos.
- O que isso tem a ver comigo e com Todd? – perguntei.
- Alguns abrem mão do canto de pássaro e imitam alarmes de carros impecavelmente.
Minha voz soou aborrecida e impaciente.
- Tess.
- Todd ouve seu canto?
Agora, nem ela mais sabe se, de fato, conhecia a própria irmã, ou se a mesma estava perdida em uma confusão de sentimentos e dor tão profunda, que não conseguiu procurá-la para pedir sua ajuda. Afinal, há o relato de um psiquiatra ... mas ele estará dizendo a verdade? E o que é verdade e o que é mentira nas evidências que se avolumam a sua frente? Existe uma conspiração, ou é ela quem não quer aceitar o fato de que não conhece sua irmã?

O livro inteiro é uma carta à Tess, onde Beatrice narra detalhadamente o que aconteceu, intercalando os momentos presentes, entre aqueles que são rememoração de fatos já ocorridos. Apesar de narrado em primeira pessoa, o discurso elaborado pela autora é de uma maestria tal, que achei impossível deixar o livro ate chegar ao desfecho – que é surpreendente.
Recomendadíssimo.

4 comentários

  1. Gosto de suspenses psicológicos e esse parece ser bom, do tipo que nos prende até o seu desfecho. E se é um desfecho - como você disse - surpreendente melhor ainda.

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  2. Desde a primeira vez que eu vi esse livro, já fiquei morrendo de vontade de ler ele. Ele parece ser um ótimo livro, cheio de tensão, bem do jeito que gosto, e parece ser bem diferente. E agora eu fiquei super curiosa pra saber o que acontece com a Tess!

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  3. Amo suspenses psicológico e já o coloquei na minha lista de leitura. Fiquei curiosa em saber se é verdade o que falam da irmã dela ou não, e sabe-se lá o que ocorreu. E também há o fato de não conhecermos as pessoas direito.

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  4. Olá Sheila!

    Nossa, fui atraído por sua resenha pela foto da capa do livro que vi no feed do Blogger rs. E agora com o término de sua resenha fiquei ainda mais interessado em ler o livro.
    Gostei da trama, e parece um daqueles livros que você imagina um filme inteiro passando enquanto lê, sabe?

    Parabéns pela resenha. Gostei muito.
    Ah, viste lá meu blog. Estou começando esse projeto agora e conto com sua ajuda.

    conexao--informativa.blogspot.com.br

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Ana Liberato