domingo, 10 de novembro de 2013

Resenha: “O Palácio da Meia-Noite” (Carlos Ruiz Zafón)

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Por Juny: Como fã de carteirinha do autor Carlos Ruiz Zafón, eu não perderia por nada o lançamento de um livro inédito.

“O palácio à Meia-Noite” integra a série de livros juvenis, que envolve também os livros “As luzes de setembro” (inédito), “Marina” (resenha aqui) e “O Principe da Névoa” (resenha aqui). Também vale lembrar que o autor é consagrado pela trilogia “Cemitério dos livros esquecidos” (“A sombra do vento”, “O prisioneiro do céu” e “O jogo do anjo”.
“Se existe um Deus, ou centena deles, peço que me perdoem pelo dano que posso causar ao narrar os fatos assim, tal e qual sucederam...”
A história gira em torno de dois irmãos gêmeos, Ben e Sheere, que são separados logo após o nascimento devido a um mistério do passado que envolve seus pais. Ben passou a infância em um orfanato, Sheere ficou com a sua avó vivendo uma vida de nômade sem criar raízes e deixar rastros por onde passavam.

Quando completam 16 anos, eles se encontram e junto com “Chowbar Society” (uma espécie de sociedade secreta formada por Ben e seus amigos do orfanato, que se reúnem no “Palácio da Meia-noite”, um casarão abandonado) começam a investigar a tragédia e o mistério que envolve seus pais.
“Naquele dia, nenhum de nós abrigava no coração o menor temor de que, por trás daquele estranho acidente e daquelas palavras incertas pronunciadas pelos lábios beijados pelo fogo de nosso diretor, pudesse se esconder uma ameaça ainda maior do que a separação e o vazio ao qual as páginas em branco de nosso futuro pareciam nos conduzir. Ainda precisávamos aprender que o Diabo criou a juventude para que cometêssemos nossos erros e que Deus criou a instituiu a maturidade e a velhice para que pudéssemos pagar por eles.”
Como em todo livro de Zafón, há uma grande força maligna, um cara chamado Jawahal que quer a qualquer custo capturar os gêmeos e que é peça chave nos fatos do passado. Apesar de ser um livro para o publico jovem, há partes de terror, tragédia e morte em meio a essa trama.
– Quem são os loucos – perguntou Jawahal. – Aqueles que veem o horror no coração de seus semelhantes e buscam a paz a qualquer preço ou aqueles que fingem não ver as coisas que acontecem ao seu redor? O mundo, Ben, é dos loucos ou dos hipócritas. Não existem duas raças na face da Terra senão essas duas. E você tem que escolher uma delas.
Pelo primeira vez, leio um livro de Zafón que não se passa na Espanha, seus livros até então são ambientados em Barcelona e arredores. “O palácio à meia-noite” se passa em Calcutá na India.

Embora o mistério tenha carregado a qualidade de sempre imposta nas obras do autor, esse foi o livro que menos me encantou até então. Talvez eu tenha sentido falta do ambiente mágico da Barcelona antiga ou estive esperando por algo novo.

Me resta apenas esperar “As luzes de Setembro” lançado recentemente pela Suma das Letras para fechar essa série e rezar para que o autor escreva mais da série “Cemitério dos livros esquecidos”.
“Paulatinamente, o dia iluminava as trevas daquela noite interminável.”
O livro cumpre seu papel de entretenimento, embora não traga novidades aos fãs do autor, deve agradar grande parte do publico com seus mistérios e reviravoltas surpreendentes. Recomendo.

4 comentários

  1. Os livros desse autor são realmente muito bons, e mal vejo a hora de conseguir ler esse também! Muito boa a sua resenha :D

    xx Carol
    http://hangoverat16.blogspot.com.br/

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  2. Estou lendo a Sombra do Vento e estou amando!! Já li outras resenhas desse livro acima e parece que ele não é tão bom quanto os outros, creio que foi esse o problema e não você que esperou mais.

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  3. Eu não sei ainda se quero ler os livros de Zafon, parece bom, mas parece que falta algo que me conquiste. Tenho que achar alguém que me empreste pra ver se vale a pena comprar.

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  4. Tenho vontade de ler os livros deste autor, embora sua resenha me pareceu meio desanimada.
    Beijos,
    Ana.
    http://umlivroenadamais.blogspot.com.br/

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Ana Liberato