sábado, 3 de janeiro de 2015

Resenha: "Beemote - A Revolução" (Scott Westerfeld)

Tradução por André Gordirro

Por Eliel:


Sinopse: Scott Westerfeld, autor da série Feios, reinventa aqui a Primeira Guerra Mundial em uma narrativa steampunk. Em lados opostos, mekanistas lutam com aparatos mecânicos movidos à vapor e darwinistas usam imensos animais geneticamente modificados, e adaptados para a batalha. Beemote é um kraken, a besta mais feroz da Marinha britânica. Os darwinistas precisam dele mais do que nunca, agora que estão em guerra declarada com os mekanistas. Alek e Deryn estão juntos a bordo do Leviatã, e esperam conseguir parar a guerra. Mas, quando sua missão de paz falha, percebem que estão sós em território inimigo... e que estão sendo perseguidos!Fonte: SKOOB


A Primeira Guerra Mundial que assombrava os acontecimentos do último volume, Leviatã, teve início oficialmente. A missão secreta de paz falhou, e os nossos protagonistas - Alek e Deryn - estão sozinhos, dentro do território inimigo.


"- Você nunca falou sobre isto com ninguém, não foi?O garoto fez que não com a cabeça, depois ficou calado.Alek esperou e se lembrou de como foi difícil contar a Dylan sobre os próprios pais. No silêncio, ele ouviu o vento soprar pela proa da aeronave e forçar as juntas e as emendas. Uma brisa subiu por onde a câmera se projetava para o céu noturno lá fora, uma aragem fria girou em torno dos seus pés." 

A narrativa não mudou muito em relação ao seu antecessor, ainda estamos convivendo com a guerra e suas consequências. Já sabemos que Alek é o único que pode acabar com essa guerra, porém parece que nesse meio tempo ele se esqueceu de seus objetivos. Parece até que está meio perdido na maior parte do livro.


Já Deryn, que sempre é a mais forte e batalhadora dos dois, está com o seu segredo cada vez mais ameaçado e os seus sentimentos por Alek não estão ajudando. Toda essa situação vai render boas risadas e momentos tensos também.


"Ela olhou para baixo e viu que estava balançando bem acima de uma mesa cheia de condimentos.- Mas que raios? - murmurou Deryn. Será que a Dra. Barlow esperava que ela tirasse o alemão do poleiro com a tentação de uma comidinha caseira?"



Até porque o autor inseriu um triângulo amoroso muito bem arquitetado ao nos apresentar Lilit, uma guerreira valorosa. Além dela conhecemos a sua família, que me lembrou muito uma máfia. E não podemos nos esquecer do monstrinho Bovril (que sinceramente não sei que tipo de criatura é), ele vai te conquistar pelo seu exotismo e carisma instintivo.


A Dra. Barlow e Volger parecem saber mais coisas do que estão dispostos a revelar e ambos tem objetivos ainda não declarados. E Alek acaba se tornando uma marionete nas mãos desses dois que nesse volume assumem papéis mais importantes, porém Alek se quer desconfia que está seguindo direitinho os objetivos idealizados por eles.



O grande destaque dessa série, na minha opinião, são os monstros darwinistas. No primeiro volume a grande baleia-zepelim foi praticamente um dos personagens principais e ainda o é nesse volume, porém a cada página fiquei esperando para conhecer o Beemote, o kraken que seria a arma secreta dos darwinistas. A espera me decepcionou só um pouco, pois ele apareceu quase no fim e por pouco tempo. Mas sua aparição será um dos momentos mais emocionantes e tensos de toda a narrativa, a espera vale a pena.


"Alek se virou e viu um enorme pôster preso por tachas, aquela espécie de propaganda tosca que seu Pai sempre odiara. No pé havia uma cidade desenhada e intitulada como Istambul, enfeitada por tubos de vapor e linhas férreas. A cidade ficava sobre o estreito de Dardanelos, o urso russo se agigantava sobre o Mar Negro, e a Marinha britânica ameaçava a partir do Mediterrâneo."

Em resumo, bela continuação para esse romance steampunk inovador.

P.S.: Repararam na capa? A arte dessa série é magnífica, e a capa discretamente revela muito da narrativa.


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Ana Liberato