quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Resenha "Revival" (Stephen King)


"Às vezes estamos próximos demais de alguma coisa para conseguir enxergá-la."

Por Gabi: A mão chega a tremer falando do Rei do Terror, escritor do século e todos os milhares de títulos e honrarias de King. Quase nunca venho aqui falar deste gênero, mas vamos lá... Começando com essa capa lindaaa que a Suma nos presenteou, com um design holográfico que, à medida que movimentamos o livro parece que os raios o vão permeando. 

No interior do Estado do Maine somos apresentados sob a perspectiva do narrador/personagem Jaime Morton sua grande família que mora em uma pequena e religiosa comunidade. Todos se conhecem, os filhos frequentam os encontros de jovens toda quinta, enquanto as famílias se veem nos cultos da igreja etc.

Mas o que Jamie não imagina é que a sombra que viu enquanto brincava com seus soldadinhos de brinquedo no quintal de casa, estaria sobre ele durante toda a vida. E esta tinha nome e sobrenome: Charlie Daniel Jacobs. O reverendo Charlie e sua família-de-margarina mudam-se para a cidade  e logo conquistam a todos. Ele com seus discursos fraternos e a facilidade em lidar com as crianças e jovens, a mulher por tocar piano lindamente e o filho "Chaveirinho" por encantar por sua fofura extrema. 

Uma tragédia acontece à família de Jacobs e o faz colocar em cheque nuas crenças em Deus e na religião e depois do que ficou conhecido como o "Sermão Terrível" ele desaparece da cidade. Jaime vira um guitarrista e segue com sua banda na estrada regado a muito sexo, drogas e rock'n'roll. Em seus  trinta-e-poucos anos ele é um viciado em heroína, sem rumo na vida e tentando fugir das memórias tristes do que aconteceu com sua família. Eis que seu destino se choca com Charlie, que através da "eletricidade secreta" o salva do vício, mas depois ele vê que há um preço muito caro por esse revival (com o perdão do trocadilho, não resisti) 

- Alguma coisa aconteceu.
Espetada-espetada.
- Alguma coisa...
Botei a língua para fora e mordi. O clique voltou, mas não nos ouvidos, mas enterrado nas profundezas da minha cabeça. [...]
Olhei para a Lua, tremendo e imaginando quem ou o que estivera me controlando. Porque eu tinha sido controlado. 

Ao longo da narrativa somos guiados por temas delicados, como fanatismo religioso, a fé, drogas, discriminação racial e morte,  sempre aliados a uma boa dose de terror, sarcasmo e do sobrenatural que está tão próximo do real que talvez seja o ponto crucial do livro. O final surpreendente quebra a narrativa um pouco descritiva demais e em alguns momentos meio "arrastada". 

QUAL O LIMITE ENTRE A LOUCURA E A SANIDADE? ENTRE O REAL E O SOBRENATURAL? 

ATÉ ONDE PODE NOS LEVAR A CURIOSIDADE AO REDOR DO "ALÉM DA MORTE"?

E vocês fans de King e do terror, o que acharam da obra?

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Ana Liberato