sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Resenha: "Retalhos" (Craig Thompson)



Por Marianne: Queria começar essa resenha falando de algo que eu tinha na minha vida antes de ler este livro: preconceito com livros em quadrinhos. Sei que muuita gente tem preconceito com vários tipos de leituras: biografias, ficção, filosofia, etc. Quando eu recebi Retalhos eu deixei meio de lado, meio “nhé, depois eu leio”. Aí, num dia animada, fui lá e resolvi dar uma chance. E não me arrependi NEM-UM-POUCO. Sério, já estou pesquisando mil outras histórias contadas em quadrinhos pra ler, de tanto que me apaixonei.

Retalhos é uma história autobiográfica do desenhista Craig Thompson onde ele relata sua infância e adolescência em Wisconsin, cidadezinha dos Estados Unidos.

Craig viveu sua infância e adolescência com os pais, religiosos extremistas, e o irmão mais novo. Suas habilidades para desenhar surgiram desde cedo, sempre podada pelos pais e professores que consideravam que se Craig não estava fazendo algo “por Deus”, aquilo devia ser considerado errado.


É na adolescência que Craig começa a se questionar das verdades que até então lhe foram enfiadas goela abaixo. E é quando, num acampamento da igreja, ele conhece Raina, que é o exato oposto de Craig. Raina é questionadora e tem o espírito livre que faltava em Craig pra se libertar das convicções que o faziam deixar de lado sua vocação pra arte.

A história segue nessa jornada do autor em busca de autoconhecimento libertação de todas imposições que
foram moldadas em sua vida.


O que mais encanta no livro é a delicadeza dos desenhos de Thompson. A maneira como ele expressa as aflições do personagem compondo todo um cenário, e não apenas usando expressões faciais e balõezinhos de fala.

E por mais que muitas pessoas em sua vida tenham feito o papel de “vilões” (algumas atitudes do pai de Craig são bem cruéis quando o autor e o irmão eram criança) eles não são colocados dessa maneira pelo autor. Os personagens são bem humanizados e mostrados através de seus erros e acertos em suas trajetórias.

Apesar de o livro ser enorme (quase seiscentas páginas) a leitura é muito rápida, mas nem por isso deixa de ser intensa. A ilustrações de Craig dizem mais que cem palavras juntas e com certeza vão fazer o leitor ficar paradinho uns bons minutos observando cada detalhe desse livro fantástico.

Já está no meu cantinho especial de favoritos, espero que vocês também gostem!




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Ana Liberato