segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Littera Feelings #3 – Tag: Sentimento Literário

Hello, amigos de leituras! Como elas estão?
Folheei O Grande Gatsby por esses dias, tô curiosa e quero ver se vou me jogar nele essa semana. Quem sabe?

~testando "habilidades" no photoscape~

Eis que o post de hoje traz uma Tag tudo a ver com a essa coluna: Sentimentos Literários! Quem iniciou e indicou para o blog foi a Daniella Blanco (thanks, dear!). A ideia é citar um livro que tenha te tocado quanto a esses sentimentos listados: alegria, tristeza, angústia, medo, apego, nostalgia, raiva, indiferença, compaixão e reflexão. Quem mais quiser participar, só compartilhar conosco (não se esqueçam da Daniella, ó).

Bora ver quem bateu certo comigo?

Alegria

É meio difícil não pensar na tia Sophie Diva Kinsella. Nesse quesito encaixo O Segredo de Emma Corrigan, que foi meu primeiro livro dela, me lembro de ter chorado de rir com as situações e reviravoltas. Minha admiração pela Sophie começou aí e dela espero sempre alegria.
A história ronda por Emma que, ao achar que vai morrer numa queda de avião, conta TODOS os seus segredos (a fim de ir na paz se morresse mesmo) para o passageiro ao lado. Só que uma hora o avião pousa e todos seguem sua vida. Ou não...


Tristeza
Gente, eu fujo desses livros. De verdade rs. Fico resistindo para não chorar em livro. Masssss... me passaram A Culpa é das Estrelas e, meu Deus, quanto eu perturbei as minhas amigas durante a leitura e tenho uma prima que me jurou morte por eu ter indicado pra ela. É uma história linda, inegável, tem um senso de humor muito bem colocado e quase arrumei as malas pra ir bater na porta do John Green por todos os feels que ele me arrancou (e ainda tem arrancado com os posts dele sobre o filme). O cara foi no âmago do ser.
A trama conta a esperançosa história de Hazel e Gus na luta contra o câncer e suas realizações mesmo com suas limitações. Vida e morte quase milimetrados.

Angústia
Também evito livros angustiantes só de pensar na agonia (só por isso não leio Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago). Li, no entanto, o thriller Tony & Susan do Austin Wright, um romance de camadas que alterna ficção/realidade e “ficção da ficção”. Com Susan avaliamos o livro (na íntegra!) que seu ex-marido escrevera e tudo que vamos sentindo ou nos perguntando ao longo do suspense que é, Susan vai pontuando e refletindo a respeito. Tony é o personagem do livro de Edward, que faz aí a ponte entre a ficção e a realidade de Susan. Teve uns pontos altos que realmente fiquei na angústia e ansiedade, outros um pouco mais mornos. Um trabalho muito admirado, no entanto. E cheio de marcadores adesivados nos #LitteraFeelings :)


Medo
Eita que é desses que eu corro mesmo. Por enquanto, ainda não tive coragem de enfrentar nenhum.

Apego

Dúvida cruel entre Destino da Ally Condie e Orgulho e Preconceito da Jane Austen. Acho que opto pela família Bennet, em Orgulho e Preconceito, pois, além de me identificar muito em certas linhas de pensamento, eu não consigo mesmo me desapegar de Lizzie Bennet. E olha que tento! Comecei a leitura de Razão e Sensibilidade e parei, por me sentir ainda muito presa ao mundo “OeP”. Quem já assistiu Lost in Austen, sabe o que é se sentir uma Amanda Price.
Eu não amo Darcy. Eu amo a história de amor. Amor Elizabeth Bennet. Amo as maneiras, a linguagem, a cortesia. É parte de mim e do que quero. Quero dizer que tenho padrões. 
Adoro tudo a respeito, filmes, séries e livros relacionados. Tô tentando dessa vez Emma e comecei por adaptações. Sei que tenho que me desgarrar um pouco, conseguir é outra história XD

Nostalgia

Lá vem tia Sophie de novo. Em Menina de Vinte, ao mesmo tempo em que se mantinha um pé no século XXI, outro estava no século XX. Lara é perturbada pelo fantasma de sua tia-avó Sadie que mal conheceu, pela busca de um colar que se perdera. Durante as loucuras em que Lara se mete para se reerguer como mulher independente, tem que lidar com essa senhorinha “materializada” aos vinte anos, cheia de ideias modernas e ousadas até para nossa época. Enquanto mais audácia vai crescendo em Lara, mais ligadas elas se tornam.
A nostalgia que me bateu não foi necessariamente por lembranças minhas, mas delas próprias, o que me lembrou um pouco daquele filme Meia-noite em Paris, quanto ao desejo de viver nos anos de glória e àquilo que se perdeu de nós, mas que teve importância para outros (fui muito enigmática aqui?). Tia Sadie teve esse efeito em mim e em Lara.

Raiva

Meu Deus, Bentinho, volta pro tópico. Não, deixa isso de mão. Não faz isso. Tu num tá nem maluco de tent... Não. Simplesmente não. Nãaaaao. Tá viajando. Volta pra Terra. Lá vai... Foi assim que passei pela leitura de Dom Casmurro. Bentinho me dava um ódio quase a cada página virada e tio Machado nem me ajudava na hora de ralhar com ele. Na verdade, quando Machado de Assis começava a falar comigo, aí que eu ficava com raiva mesmo. Não sei, me irritava profundamente.
E o incrível que posso dizer é: eu gostei do livro. É uma super sacada! Se eu não tivesse tido tanto problema com Bentinho e Machado, teria feito até um estudo mais aprofundado sobre umas teorias que concluí dessa leitura. E só pra constar, Capitu não traiu (talvez possa “comprovar”, talvez...).

Indiferença

Esse eu li, passou por mim e não exatamente me decepcionou... A renomada Agatha Christie não me deu aquele clic, sabe? Entendo que ela deve ter surpreendido muito em sua época, foi algo que chacoalhou a sociedade e tal, massss... por hoje, por aqui, foi isso. Por enquanto li apenas um, O Natal de Poirot e espero que outro não passe como esse. Na dedicatória, Agatha diz que vai ser um de seus mais sangrentos e o porquê disso:

Meu caro James,
Você sempre foi um dos meus leitores mais fiéis e gentis, por isso senti-me seriamente incomodada quando me fez uma crítica. Você reclamou de meus assassinatos, que estavam se tornando muito refinados [...] Então, esta é sua história especial – escrita pra você.
E foi sangrento mesmo. Teve uma sacada e tal, só não me impressionou mesmo. Descobri recentemente que não sou muito fã de literatura policial e de investigação, exceção de uns poucos. Fiquei surpresa com isso porque gosto muito da série Castle.

Compaixão

Quando peguei O Dom, de Nikita Lalwani, minha ideia do livro era de algo totalmente diferente do que é a história, o ritmo e o modo de levar o enredo. Rumi Vasi é uma garota incomum, com altas habilidades para matemática desde que era criancinha. Apesar de indiana, vive no País de Gales, com os pais superprotetores e encanados com sua educação.
Ela vive praticamente isolada e, quando descoberto esse seu dom com números, os pais investiram em horas a fio de estudo sem deixar que Rumi fosse uma menina como gostaria. Cumprindo às ordens e mandamentos de sua cultura, sem por maioria se deixar misturar com outros, Rumi entra na universidade muito cedo e lá ela tem a esperança de se deixar levar pelos seus desejos, simplórios até, que foram arrancados em sua infância.
Tinha pra mim apenas a referência do Sheldon de The Big Bang Theory como o gênio que entrou cedo na vida acadêmica e desenvolvia seu dom. Com Rumi, porém, muito do próprio carinho e amor lhe foi negado, não havia liberdade, sua cultura era fechada e ela mal podia respirar senão treinar matemática. Com uma vida resumida a isso, ela tinha suas escapadas, nem sempre com êxito. Acho que Rumi teria se dado melhor se tivesse trocado de vida com o Sheldon :)

Reflexão

Cito até um momento desses de reflexão: estava eu em sala de aula outro dia, copiando matéria do quadro, quando dei por conta que minha letra tava terrivelmente terrível. Meu Deus, como, quando isso aconteceu? Ela já não era lá muito bonita mesmo, e nessas anotações tava bem desastrosa. Fiquei ruminando isso o resto da aula até vir a luz: fazia um tempo que eu não escrevia mesmo à mão. Hoje tudo é digitalizado e impresso, não manuscrito. Não exercitamos mais a cursiva.
É uma das críticas que Destino, da Ally Condie, levanta em seu romance.
Cassia vive numa sociedade tãaao limitada que até mesmo a identidade lhe é roubada. Você não é quem você quer, você é quem o controle deixa ser. No meio desse mundo, poucas são as pessoas que despertam para a realidade e se questionam o que é esse bem que a sociedade diz que é em prol. Muita coisa nesse livro me despertou a reflexão. Questões como a dominação, a cultura limitada, o controle sobre a população, vigia dos comportamentos humanos, crenças, dilemas, conspiração, identidades, simbologias (e bote simbologia!), exclusão da sociedade, teste da mente humana (alguém mais pensa naquele filme A Ilha?), os artefatos, o papel e moeda de troca das literaturas, o trabalho dos arquivistas... olha, a lista é grande.
É um livro riquíssimo que vai além do habitual triângulo amoroso. Mal posso esperar por Conquista (último da trilogia) estar em minhas mãos.


Espero que tenham gostado, e se bateu divergência aí, conte aí nos comentários.
Até o próximo post,
Bjs,

Kleris Ribeiro. 

7 comentários

  1. Gosteeeei muuuuito desse post e posso dizer que concordo muito com você na parte de "Tristeza". Quando acabei de ler fiquei horas pensando em tudo que havia lido e me sentindo triste pela Hazel.
    Tenho um blog e gostaria de pedir se posso fazer esta tag nele. Se quiser dar uma conferida http://vidadeadolescentedamy.blogspot.com.br/ fique a vontade (:

    Beijoos

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    1. Fique a vontade, todos podem participar! Depois deixa um comentário lá no blog pra eu ler suas respostas. Bjs

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    2. Pode fazer a vontade :) só nos linkar
      (@kleriss)

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  2. Faltou Gabriel, Kleris. E A Seleção. E Belo Desastre.

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    1. HAHAHAHAHA é que eles estão em ooooooooooutros feelings. Inferno de Gabriel tá mais pra admiração (*---*), A Seleção pra... Maxon (sim, ele pode resumir um feel) e Belo Desastre é a leitura alucinada combinada com overdose de amor. Ah, e Estilhaça-me tá no 'wow'. Viu, não foram esquecidos.

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  3. ótima tag, mas dos livros citados só li o da Jane Austen, clássico demais, que todas mulheres amam.
    só fiquei um pouco decepcionado por você não ter gostado de Agatha Christie, eu adoro, teve uma fase minha que eu só lia livros dela, mas então enjoei e nunca mais li pois são todos parecidos, mas esse eu não li para dizer se é bom ou ruim.

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    1. Tem uns três dela que, não sei, me dão vontade. Expresso da meia-noite, Assassinato no Expresso do Oriente e Assassinato de Roger Ackroyd. Qnd comprei esse do Natal de Poirot, tava num momento 'investigação' e não o li pela época. Depois desse li outro envolvendo investigação de assassinato e me veio essa: acho que não me dou pro estilo. A gente já desconfia naturalmente de tudo que é personagem e tal, só que até metade do livro 'parece' que nada acontece. Emoção mesmo só ao fim. Então acho que me decepciono junto... embora goste muito da série Castle!
      Agora que você disse que são todos parecidos fiquei pensando sobre essa dedicatória dela...

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Ana Liberato