domingo, 6 de outubro de 2013

Resenha "Will & Will - Um nome, Um Destino" (John Green e David Levithan)

Por Gabi: Oi pessoal! Antes de tudo peço miiil desculpas pela demora dessa resenha, mas às vezes encontro dificuldades com certos livros. Mas enfim, bora lá... 

Deixe-me primeiro situá-los. Hoje venho apresentar uma novidade no universo Young Adult. Este é o primeiro livro com personagens gays a entrar na lista do New York Times. E essa não é a única peculiaridade do livro, que foi escrito por dois grandes da literatura contemporânea: o queridinho John Green e David Levithan, conhecidos pela sensibilidade  e ternura ao escrever, especialmente quando tratam de temas delicados.

E neste livro não foi diferente. A história aborda a vida de dois adolescentes, que tem o mesmo nome -e- sobrenome. 
... e se nos tornarmos adultos à espera de uma banda que nunca vai voltar? 
O Will Grayson mais acanhado, que prefere se passar de invisível durante o Ensino Médio, cujos pais são médicos superocupados, é criação de Green. Ele é heterossexual e o melhor amigo de Tiny Cooper. Já o Will Grayson solitário, depressivo e depressivo é obra de Levithan. Sua família é meio desestruturada, ele vive apenas com a mãe, que apesar de ser uma ótima pessoa, é bem fechada. Não consegue assumir a homossexualidade para família e amigos e cultiva uma exótica amizade com Maura

Depois de sofrer uma grande decepção Wil Grayson e Will Grayson encontram-se, ao acaso, em uma fria noite, numa esquina inusitada de Chicago. O que nenhum deles imaginava era que aquela noite mudaria o rumo da história de suas vidas. Não apenas pela coincidência, mas principalmente por Tiny Cooper. 

Ele é a grande estrela da obra. Melhor amigo de um, e o amor de outro. Tiny é o centro das atenções, aquele que acaba influenciando e unindo tudo na história. Ele está produzindo um musical que vai mexer com todos, visto que o tema é nada mais, nada menos, que O AMOR
Tiny: Sabe uma ótima metáfora para o amor?
Eu: Tenho a sensação que você está prestes a me falar.
[...]
Tiny: A bela adormecida.
Eu: A bela adormecida?
Tiny: Sim, porque você precisa abrir caminho através desse incrível matagal cheio de espinhos a fim de chegar até a bela, e mesmo assim, quando chega lá, ainda tem que acordá-la.
E esta é a grande questão do livro. Em meio ao processo de montagem do musical é o que vemos: o amor em suas diversas formas. Nas amizades mais conturbadas e nada tradicionais de Tiny e Will e do outro Will com Maura, nas primeiras paixões, nas relações em família, nas descobertas e nos difíceis processos de aceitação pessoal e libertação

- Quando você namora alguém, tem os indicadores pelo caminho, certo? Vocês se beijam, têm A conversa, dizem Três Palavrinhas, vocês se sentam em um balanço e terminam. Pode-se assinalar os pontos em um gráfico.
[...]
Mas com amigos não tem nada assim. Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.
A grande questão da obra, para mim, é retratar a questão da homossexualidadeum dos grandes tabus da dita-evoluída sociedade do século XXI, de uma maneira tão sensível, atual e aberta.  Como vai ser bom para alguns poderem ler um young adult e se identificar com a história, dividir os dramas dos personagens e compartilhar os seus e até mesmo sonhar que aquilo aconteça com você (por que não?).
Não consigo imaginar nós dois dizendo essas coisas em voz alta um pro outro, mas mesmo que eu não consiga imaginar essas palavras, posso imaginar vê-las. Nem sequer visualizo a cena. Em vez disso, estou nela. Como me sentiria com ele aqui. Aquela paz. Seria tamanha felicidade que fico triste por ela existir só em palavras. 
O começo da leitura foi um pouco confuso, até descobrir que cada capítulo era narrado por um Will Grayson, mas quando peguei o ritmo, a coisa flui u tranquilamente. Além do que já citei anteriormente, as 352 páginas do livro são recheadas de toques de ironia, humor, diálogos e situações tocantes. Nunca tinha lido nada de Green ou de Levithan, mas  com certeza o farei depois de Will & Will. Ou seja, livro recomendado!
O amor e a verdade ligados um ao outro, quero dizer. Eles tornam um ao outro possível, sabe?
Agora, depois de toda minha falazada aqui, quero ouvir vocês... quem aí já leu o livro? O que acharam? Conhecem outras obras do queridinho geek John Green ou do David Levithan? Contem-me tudo, não me escondam nada... *-*

Beijos beijos e boa leitura!!

6 comentários

  1. Acredita que eu ainda não conhecia esse livro? Amei a resenha, a literatura precisa explorar outros horizontes e mostrar todas as formas de amor, e escrito por esses dois autores o livro deve ser lindo!

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  2. Ainda não li nenhum livro do John Green .Eu não sabia muito sobre esse, mas depois de ver sua resenha fiquei com vontade. Adoro livros que edificam, que trazem algo para a nossa vida. Esse parece ser um livro desses..

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  3. Nossa, realmente, pra fazer uma história dessas, num mundo onde ainda existe muito preconceito em relação a esse assunto, tem que ser ~muito boa e uma grande coragem vinda dos autores. Fiquei bem curiosa pra ler!

    xx Carol
    http://hangoverat16.blogspot.com.br/

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  4. "...retratar a questão da homossexualidade, um dos grandes tabus da dita-evoluída sociedade do século XXI, de uma maneira tão sensível, atual e aberta". Eis um dos principais motivos pelos quais tenho vontade de ler o livro. Acho que está mais que na hora deste tema ser tratado de forma natural nos YAs. Neste momento estou lendo Lola e o Garoto da Casa ao Lado e adorei quando vi que os pais de Lola são gays. Nada mais divertido!

    Um beijo, Livro Lab

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  5. Desde quando vi o livro pela primeira vez não tive vontade de lê-lo e até o momento não teve resenha nenhuma que me surpreendeu o bastante para fazer isso.

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  6. Conheço todas as outras obras do Green, e recomendo muito todas elas. Ele é o autor mais incrível no momento. Começarei a ler Will & Will mas tenho convicção de que será otimo como todas as outras obras.
    A culpa é das estrelas, Teorema de Katherine, Quem é você, Alasca?, Cidade de papel.
    Todos do Green e todos maravilhosos! Leia e se delicie!

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Ana Liberato