quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Resenha: "A passagem" (Justin Cronin)

Por Sheila: Olá pessoas! Hoje trouxe a vocês um livro que devorei em 5 dias - e fiquei com uma baita dor no pescoço, mas valeu muito a pena, são 816 páginas com muito conteúdo e uma estória de tirar o fôlego! Apesar de ser uma estória de vampiros, vai muito além das que circulam por ai no momento.

O livro já começa enigmático. Várias estórias são contadas em paralelo e, logo que uma delas chega em uma parte extremamente instigante, o capítulo acaba e temos que passar a outra narrativa. Somos de cara apresentados a Amy Bellafonte, filha de uma garçonete de 19 anos com um vendedor de máquinas agrícolas que estava de passagem pela cidade.
Antes de se tornar a Garota de Lugar Nenhum - Aquela que Surgiu, A Primeira, Última e Única, a que viveu mil anos - ela era apenas uma menininha de Iowa chamada Amy Harper Bellafonte.
Após sermos apresentados a Amy e a vida difícil de uma mãe solteira adolescente, somos levados a uma expedição liderada pelo doutor Jonas Abbott Lear, nas selvas da Bolívia. Algo sobre um vírus que talvez regenerasse tecidos e rejuvenescesse as pessoas. Com o patrocínio do exército, Jonas e um grupo de bioquímicos, escoltado por algumas tropas, encaminham-se para o local designado - sobre o qual não há muitas informações em sua correspondência, meio pelo qual ficamos sabendo de sua incursão na selva. Mas algo dá muito errado.
De: lear@amedd.army.mil
Para: pkiernan@harvard.edu

Paul,
Estou escrevendo isso para o caso de eu não voltar. Não quero assustar você, mas preciso ser realista sobre a situação. Estamos a menos de cinco quilômetros do cemitério, mas duvido que possamos realizar a extração como foi planejado. Muitos na equipe estão doentes ou mortos.
Há duas noites fomos atacados - não por traficantes de drogas mas por morcegos. Eles chegaram algumas horas após o anoitecer ... era como se eles tivessem nos vigiado o tempo todo, esperando o momento certo para dar início ao ataque aéreo (...) Sei que seu deus é a ciência Paul, mas posso pedir que reze por nós? Por todos nós.
O agente especial Brad Wolgast e seu companheiro Doyle haviam sido recrutados para uma tarefa aparentemente simples: recrutar prisioneiros esperando pela injeção letal no corredor da morte a prolongarem a vida um pouquinho mais. Para isso, teriam que participar de um experimento denominado Projeto Noé, como voluntários - na verdade, nada mais que cobaias. Quase nada é dito aos agentes que trabalham recrutando estes miseráveis - 12 no total -  mas Wolgast bem sabe que não deve ser algo tão simples quanto faz parecer aos apenados.
Wolgast pensou por um momento.
- Coronel preciso perguntar ...
- O que estamos fazendo?
Wolgast confirmou com a cabeça (...)
- O que estamos fazendo aqui é perfeitamente legal - diabos esta pode ser a pesquisa médica mais importante na história da humanidade. Mas poderia facilmente ser mal interpretada. Estou lhe dizendo tudo isso por que acho que vai ajudá-lo a entender a importância da missão.
Wolgast achou que Sykes talvez estivesse lhe contando um décimo da história - uma parte bastante persuasiva, sem dúvida, mas, ainda assim, só uma parte.
- E a droga é segura?
Sykes deu de ombros
- Relativamente segura. Não vou mentir. Há riscos. Mas faremos todo o possível para minimizá-los.
No entanto, os riscos são muito maiores do que qualquer um deles poderia prever. Pois, de alguma forma (não vou contar como, você terá de ler o livro ...) o vírus é solto, lançando os Estados Unidos - ou toda a humanidade? Não há como saber... - numa terrível noite escura, onde seres sobre humanos, sedentos de sangue, assolam nas sombras os poucos sobreviventes no século que se segue a catástrofe.

Agora, num mundo pós apocalíptico, a única esperança da humanidade talvez seja uma garota franzina que pouco fala - uma Andarilha que Nos Tempos de Antes era conhecida como Amy, mas agora é apenas Aquela que Surgiu, que é e, ao mesmo tempo, não é. Quem somos? É a pergunta que os virais, aqueles infectados condenados a habitar a escuridão, constantemente lhe fazem. Mas como responder-lhes se ela  nem mesmo sabe mais quem é?

A passagem é um suspense eletrizante, com uma trama magistralmente construída e amarrada. Todas as estórias se entrelaçam, cada personagem é explorado e tem uma função no desenrolar dos acontecimentos, quase tudo é explicado - sim quase, pois o livro é o primeiro volume de uma trilogia, a única coisa que não gostei, pois vou ficar ansiosíssima para ler o resto! O segundo livro, "Os Doze", tem lançamento previsto para o fim deste ano, e o próximo só em 2014. 

Mesmo assim, não me arrependo da leitura, uma das melhores, podendo ser comparada às épicas escritas por Stephen King. Só espero que os próximos livros sigam o mesmo estilo, ou que me surpreendam positivamente. Recomendadíssimo.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ofertas por ai #12

Estamos de volta! Hoje tenho uma edição rápida com ofertas maravilhosas do submarino! Corram! As ofertas deles costumam mudar todos os dias! Escondam os cartões de crédito! ;D
Os preços informados aqui valem para o dia da postagem, afinal as Lojas Virtuais os mudam o tempo todo e não nos responsabilizamos por essas mudanças.

Para ver as ofertas anteriores clique aqui.
Clique nos links (em vermelho) para acessar as ofertas. ^^


Box e Coleções - Submarino:
Ofertas Submarino - R$ 9,90:
Qualquer problema com os links ou alguma novidade que nós ainda não comentamos nessa coluna ou nas anterior, coloque nos comentários! ;D

#PROMO “As nove vidas de Chloe King” (Liz Braswell)

Que tal concorrer a 1 exemplar desse livro? Confira as regras abaixo e participe! ^^

#Resultado das promoções de Outubro


Confira aqui o resultado das seguintes promoções:

- Promoção de "O primeiro dia"
- Promoção de "Carte Blanche"
- Promoção de  "Geração SubZero"
- Promoção de "Necrópolis"
- Promoção de "O leitor de almas"

Top 10: "Filmes de Terror"



Olá!

Estamos em semana especial de "HALLOWEEN" aqui no Dear Book e lógico que a Coluna de Cinema não iria ficar de fora dessa!

Resolvemos fazer um TOP 10, com alguns filmes escolhidos por mim (Kell) e pela equipe (Obrigada à Sheila e à Junny ^^).
Obviamente há muuuitas outras sugestões de filmes de terror, pois esse é um gênero abrangente e que faz muito sucesso!

Vocês gostam desse gênero??

Bom, vamos ao TOP 10, lembrando que os filmes estão colocados em ordem aleatória!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

[Conto] "A porta" (Sheila Schildt)


Post especial de contos escritos pela equipe Dear Book durante a Semana de Halloween

"A porta" (Sheila Schildt)

Estava frio, mas não era noite. A neve caia em flocos, cobrindo de branco a terra vermelha e dura por onde seus pés tinham caminhado tantas e tantas vezes nos últimos anos. Mesmo assim ele sentia medo. A culpa era da porta. A maldita porta do galpão. Ele tinha certeza de tê-la trancado. Ou será que a tinha deixado aberta? Ele realmente não sabia. Aliás, com a passagem dos anos, parece que havia sempre mais uma coisa da qual não conseguia se lembrar de forma clara.

A voz da mãe, chamando-o para o café, à tarde. O rosto do pai. O gosto do primeiro beijo, roubado furtivamente à sombra de uma árvore. A areia escorrendo pelos seus dedos. A visão do oceano – ah, o oceano! Quanto tempo fazia? Infelizmente, parecia que essa era mais uma das coisas de que ele já não conseguia se lembrar. Qual seria a explicação para que cores, sons imagens, se esvaíssem desta forma? Será que, assim como determinados produtos, as lembranças teriam uma espécie de prazo de validade? Ele não saberia dizer.

A maldita porta, batendo mais uma vez, o faz deixar de lado os devaneios e voltar ao momento presente. Teria ou não fechado a porta? Na verdade, não importava bem a resposta. Sabia que teria de vestir as botas e o casaco e ir fechá-la. Afinal, já haviam entrado animais em busca de abrigo no velho galpão e feito uma senhora bagunça que, é claro, ele teve de limpar depois. Mas a dúvida o corroía Sempre que algo assim acontecia, a dúvida, essa companheira irascível dos últimos muitos anos se insinuava e, junto com ela, o pavor da resposta.

Mas não, não poderia ser. Afinal, já haviam se passado tantos anos ... nas primeiras semanas, meses, ainda tinha se mantido alerta ao menor barulho, alteração na paisagem, farfalhar das árvores. Qualquer ruído era capaz de despertá-lo a qualquer hora do dia ou da noite, do seu cochilo ao sono profundo. Aliás, nos primeiros tempos ele mal dormia. Como conseguir fechar os olhos sabendo o que rondava lá fora? Seria muita estupidez, e outras já haviam sofrido por sua falta de zelo e excesso de confiança – ou de bondade, que ele via como pura estupidez - mas não ele.

Logo que a infecção começou, ele achou que nada tinha a ver com isso. O governo que desse um jeito. Contratasse mais policiais e trancafiasse essa gente em algum hospital. E, se a polícia não desse conta, sempre se poderia chamar o exército. Mas o que se acabou descobrindo é que talvez o próprio exército tenha sido o responsável por tudo isso, afinal de contas. E que ele não estava tão seguro quanto imaginava. Afinal, qualquer contato com um infectado: um abraço, um aperto de mão, até mesmo respirar muito tempo em uma sala fechado com alguém portador do vírus, já seria o suficiente para se ver condenado para o resto da vida – um resto lento e miserável diga-se de passagem.

Ele fugira. É claro que fugira. O que poderia ter feito pela mãe? A última vez em que lhe entregou, usando um cabo de vassoura, um prato de comida no lugar da casa onde estava confinada, pode ver parte de sua mão e braços – ou o que restava deles. Isso o apavorou mais do que tudo. Só conseguiu pensar em juntar seus poucos pertences e sumir dali. Iria para as montanhas – sim! Essa era uma idéia magnífica. É claro, como não havia pensado nisso antes? A neve, a distância da cabana da família de qualquer outro lugar habitado, isso o poria seguro do caos que se instaurara até que alguém tomasse alguma providência e ele pudesse voltar.

Agora, pensando bem, quão grande fora seu engano. Os saques já haviam começado, então foi fácil conseguir as coisas que precisaria para se isolar por um bom tempo. Mas as notícias vindas pelo rádio que levara não eram animadoras. Até o dia em que não houve mais notícia nenhuma. Só estática. O que fazer? De suprimentos não precisava. A floresta lhe dava lenha, peixes, caça, tudo de que precisava. Não, não era verdade, uma coisa ele não tinha. Paz. Ele nunca teria paz. E a culpa era da batida incessante daquela maldita porta. Teria ou não esquecido de fechá-la? Quantas balas ainda teria na arma, caso precisasse usá-la em algo lá dentro? E será que ele conseguiria? Nunca havia matado um ser humano antes. Apenas fugira.

Por fim o vírus não havia sido como nenhum daqueles descritos nos livros medíocres de batalhas pós-apocalípticas que vira nas bancas – quando estas ainda existiam. Ninguém virou zumbi e saiu devorando semelhantes, ou ficou agressivo, fora de si, ou nada do tipo. As pessoas só ficavam muito doentes e então ... bem elas se desfaziam. Como se apodrecessem, lentamente, de dentro para fora, e não era algo agradável de ver. Um dos primeiros sintomas era a febre, seguida de cansaço e leves tremores. Depois, vinha a sensibilidade a luz, a fadiga extrema, a perda dos dentes e cabelo. Era como a lepra, ou morte por radiação, mas muito pior e muito mais rápido e letal.

Assim, foi com o máximo de cautela que ele resolveu ir verificar a porta do galpão – Sabe Deus o que encontraria lá dentro! Na melhor das hipóteses, mais caça para o inverno. Na pior ... bom, ele preferia não pensar nisso. Na neve que caia, caminhou até o galpão, sentindo o vento lhe golpear o rosto sem piedade. Abriu alguns centímetros da porta, sempre com o cano da arma à frente. Mas não havia nada lá. Sim, ele era apenas um homem ficando velho e caduco, com uma cabeleira já branca e mãos trêmulas, e esquecendo-se de coisas simples como fechar uma porta. Ainda perpassou o olhar pelo galpão, repleto de ferramentas, lenha e quinquilharias, riu de sí mesmo e estendeu a mão para puxar a porta atrás de si e trancá-la.

Mas então veio a mão. E a mão era muito, muito branca, e muito, muito pequena. E só então ouviu os soluços. E o choro - ah, como era dorido! - vertia de pequenos olhos, tão negros quanto o cabelo desgrenhado do pequeno ser que o fitava. Agora, pensando bem, passado um tempo do acontecimento, ele não consegue pensar no que passou por sua cabeça. Sua reação foi rápida e instantânea. Atirou na garota, bem no meio da testa. Depois correu. A casa, precisava voltar para dentro da casa. Lá sim estaria seguro, sentado em sua cadeira e espiando a neve que caia lá fora. Isso já fazia dias, quase duas semanas talvez.

Desde então, não entrava mais no galpão. A lenha acabou, ele tem começado a ter tremores e se sentir entorpecido, mas certamente isso deveria ser do frio, a casa ficara gelada com seu racionamento de lenha. E a porta, a maldita porta! Bom, essa terá que continuar a bater ...
domingo, 28 de outubro de 2012

Resenha: "Al-Aisha e os Esquecidos" (Marcel Colombo)



Por Carine: Al-Aisha é a contadora da história nesse livro do autor Marcel Colombo. Ela conta a história mas não participa dela, trata-se de uma observadora que interage com os leitores, guiando-os pela trama, instigando-os e dando sua opinião em relação ao que se passa.

Lucas Laporte é o personagem principal dessa narrativa. Acompanhamos diversas fases de sua vida, desde bem pequeno até a vida adulta. No dia anterior ao seu aniversário de 5 anos, o menino presencia algo muito estranho: uma fumaça branca saindo do banheiro do seu quarto. Seria um fantasma? Lucas acha que sim e ao comentar com os pais, estes não o levam a sério, acreditando que tudo não passa de imaginação do garoto.

O menino não consegue esquecer essa visão, sendo atormentado por pesadelos. Para complicar mais as coisas, seu coelhinho de pelúcia, o Srº Fofinho, anda pela casa a noite, fala com ele e ainda fuma charuto. Esse coelho tem poderes mágicos e é um personagem importante na trama. Os anos se passam mas nada muda para o rapaz que continua sendo perseguido por acontecimentos extraordinários.
"Cansado de acontecimentos estranhos, Lucas fez a única coisa que podia: tomou novamente em suas mãos aquele estranho objeto que fazia o homem de dentro da caixa mágica falar mais alto, apontou para ele e, apertando um botão, o homem que estava ali dentro, naquela caixa mágica, fez a mesma coisa que o estranho e o carro que ele guiava: sumiu. "
Nosso protagonista não está sozinho nessa história, ele possui amigos que participam com ele de suas aventuras. São eles o seu melhor amigo Pedro, um menino gordinho e muito divertido, Henrique, Natália, a menina do grupo, e Thomaz, o garoto que adora uma briga e confusão.
- Meu pai me protegia do bicho-papão quando eu era mais novo, gostava de jogar bola e cartas, e adorava ver filme de mulher pelada quando minha mãe não estava vendo e quando achava que eu estava dormindo; seu pai também gostava de ver filme de mulher pelada? Quem sabe nossos pais não estão no céu vendo filme de mulher pelada! (fala de Pedro)
Al-Aisha e os Esquecidos é uma história muito interessante. A leitura flui naturalmente e nos prende do início ao fim. O autor conseguiu mesclar muito bem romance, ação, aventura, drama e comédia de forma bem consistente, nos deixando com gostinho de quero mais. Infelizmente não pude escrever muito porque senão estragaria a surpresa que vocês terão ao ler toda a história.
"E por aqui, no fim de uma história que começa em outra, farei minha curta parada.
Com minha sincera promessa de que esta história continuará e será contada por mim até o final."
Esse é mais um livro nacional que deu gosto de ler e divulgar. Para aqueles que gostam de histórias fantásticas e juvenis, esse livro é ótimo, então bom proveito. :)

sábado, 27 de outubro de 2012

[Mangá]: Cat Diary

E hoje começa a segunda "Semana de Halloween" do Dear Book! Essa semana consiste em uma série de posts especiais com o tema, em todas as colunas do blog.

Clique aqui para relembrar os posts do ano passado! ;D

E para dar inicio ao especial, fiquem com esse mangá assustador:



Junji Ito. Esse nome é referência de terror no mundo, conhecido pelos seus mangás de terror, como Uzumaki, que foi lançado no Brasil pela Conrad. Conhecido por histórias curtas e de terror psicológico, teve seu auge nos anos 90 no Japão e depois ganhando o mundo, justamente por conseguir fazer histórias de terror de qualidade, mas sem deixar de ser comercial.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012

[Gastronomia e Literatura] Dia do Macarrão



Bom Dia Pessoas,


Hoje, 25 de outubro, é comemorado aqui no Brasil o Dia do Macarrão. Isso mesmo, pessoas, existe um dia para essa gostosura super hiper mega fácil de se preparar.


E dentro dessa categoria, as massas, temos o ícone da comida fácil de preparar: o Miojo. Levanta a mão quem nunca comeu miojo pelo menos uma vez na vida. 


Ao completar 54 anos de existência, o macarrão instantâneo mais famoso do mundo, acaba de ganhar um livro de receitas dedicado à ele. Lançado dia 25 de agosto desse ano, o livro “Meu Miojo – Receitas & Histórias” reuniu 14 chefs estrelas que criaram as receitas contidas nas deliciosas páginas, são eles: 


  • Carla Pernambuco, do Carlota;
  • Emmanuel Bassoleil, do Skye;
  • Erick Jacquin, do La Brasserie;
  • Morena Leite, do Capim Santo;
  • Edinho Engel, do Amado (Salvador);
  • Flávia Mariotto, da Mercearia do Conde;
  • Joca Pontes, do Ponte Nova (Recife);
  • Mônica Rangel, do Gosto com Gosto (Visconde de Mauá);
  • Renato Carioni, do Così;
  • Carlos Ribeiro, do Na Cozinha;
  • Pier Paolo Picchi, da Trattoria Picchi;
  • Luiza Hoffmann, do Figo Gastronomia;
  • Tatiana Szeles e Felippe Sica.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Resenha: "Nunca mais Rachel" (Lisa Genova)

Por Sheila: Neste novo romance de Lisa Genova (a mesma autora de "Para sempre Alice") Somos apresentados, já nas primeiras páginas, à sua protagonista Rachel Nickerson - ou melhor dizendo, aos sonhos que esta vem tendo já a algum tempo e que, passados alguns acontecimentos, passa a encarar como sonhos premonitórios, que vinham insistentemente lhe dizendo o que em hipótese alguma queria ouvir.

Afinal de contas, Rachel não possui tempo para ouvir algo tão trivial quanto um sonho: ela é vice-presidente de recursos humanos de uma conceituada empresa, trabalha mais de 70 horas por semana, esposa de Bob e mãe de três crianças, Charlie de 7 anos, Lucy de 4 e Linus com apenas 9 meses. Além do trabalho, precisa ver-se às voltas das roupas, comida, escola, creche, futebol, aulas de piano.

Além disso, a empresa de Bob vem sofrendo alguns cortes, e Rachel precisa mais do que nunca preocupar-se em manter o seu emprego, e mais, subir na carreira, já que ela e Bob possuem uma hipoteca para pagar, além de créditos estudantis por sua formação em Harvard. Apesar de mal ter alguns segundos para respirar, Rachel ama sua vida, mesmo que as vezes isso a faça sentir-se um pouco culpada quando pensa no tempo que falta para dedicar aos seus filhos.
Essa é uma manhã surpreendentemente quente para a primeira semana de novembro ... sem dúvida por causa do tempo, o playground da escola está cheio de crianças alvoroçadas, o que não é típico pelas manhãs. Isso chama a atenção de Charlie e ele dispara.
- Charlie! Volte aqui!
Ele não parece me ouvir, mas as mães próximas a mim ouvem. Usando agasalhos de ginástica de marca, camisetas e jeans, tênis e tamancos, essas mães parecem ter todo o tempo do mundo para se demorar no playground da escola de manhã. Sinto a censura em seus olhares e imagino o teor geral dos seus pensamentos.
No entanto isto tudo esta prestes a mudar já que Rachel, em meio a um desses dias em que cada milissegundo conta, acaba capotando o carro em um dia de chuva por estar procurando seu telefone celular enquanto dirigia. De uma ex-aluna de Harvard bem sucedida e ascendendo na carreira, Rachel vê-se presa a uma cama de hospital, diagnosticada com algo que até então nunca ouvira falar: Negação esquerda, uma lesão que a impede de entrar em contato com toda a parte esquerda do mundo.
Dr Kwon chega para dar uma olhada em mim antes de suas rondas.
- Como estava seu almoço? - pergunta.
- Bom. (...)
- E se eu lhe disser que há uma barra de chocolate no seu prato? - diz ele sorrindo.
Tenho que reconhecer que ele acertou na mosca. Chocolate é sem sombra de dúvida a isca certa para usar comigo. Mas não preciso de incentivo. Estou totalmente motivada. Não é que eu não esteja tentando ver o que ele vê.
- Não o vejo.
Talvez eu possa senti-lo. Passo a palma da minha mão em toda a superfície do prato limpo, branco. Não há nada. Nem um grão de arroz, nem um pedaço de chocolate.
- Tente virar a cabeça para a esquerda.
Olho fixamente para o prato.
- Não sei como fazer isso ... intelectualmente, compreendo que o prato tem um lado esquerdo, mas ele não faz parte da minha realidade. Não posso olhar para o lado esquerdo do prato por que ele não está lá. Não há lado esquerdo. Tenho a impressão de estar olhando para o prato todo. Não sei, é frustrante, não consigo descrevê-lo.
Agora, essa mulher extremamente independente e competitiva, terá que lutar contra si mesma e sua deficiência, que a impede não só de ver e perceber seu lado esquerdo - perna, braço, mão, olho - como o lado esquerdo de um quarto ou, até mesmo, do seu prato de comida. Sem prazos, respostas ou métodos que possam fazê-la retomar sua antiga vida, Rachel começará a trilhar a árdua estrada da reabilitação, não só de seu corpo, mas de toda essa vida onde caminhar até e geladeira passa a ser uma grande batalha.

Além disso, terá que lidar com o recente diagnóstico de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção - de seu filho Charlie e sua difícil relação com sua mãe, que reaparece em sua vida após quase 30 anos de ausência, reabrindo velhas feridas que Rachel considerava há muito cicatrizadas.

- Você precisa começar a aceitar a sua situação.
- Hum. Você está falando sobre o meu jeans ou sobre alguma outra coisa?
Não é possível que ela, entre todas as pessoas, pense que vai me aconselhar a aceitar a situação. Quando foi que ela aceitou sua própria situação? Quando foi que ela me aceitou? De repente, e pára a minha surpresa, estou profundamente emocionada, como se todos os sentimentos complicados que já alimentei em relação à minha mãe estivessem repousando, sem serem examinados ou perturbados; como se ela tivesse acabado de soprar uma grossa camada de poeira sobre uma mesa no sótão, intocada durante trinta anos, lançando cada partícula de dor em turbulento movimento.
Uma história comovente, que nos faz pensar a respeito de para onde estamos indo em nossas vidas: como serão nossas escolhas? Quais são nossas prioridades? O que realmente nos faz feliz? O livro nos convida a descobrir, junto com Rachel, que as vezes só damos real valor às coisas quando as perdemos; e que, também algumas vezes, só poderemos perceber isso quando nosso bem mais precioso - a vida - é revirada de ponta cabeça. Recomendo.

 
segunda-feira, 22 de outubro de 2012

[Minhas palavras] "Por uma vida mais plena"



A coluna "Minhas Palavras" apresenta textos originais, de diversos temas, produzidos pela equipe do Dear Book.
"Por uma vida mais plena"

Por: Sheila Schildt, Psicóloga Clínica e Resenhista do blog.
 
Créditos da imagem aqui
Hoje andei olhando algumas coisas que já escrevi e – Meu Deus! – como o que eu escrevo soa clichê algumas vezes (se não todas ...). Mas, ao mesmo tempo, é algo do qual não consigo me livrar, já que as palavras, as frases, simplesmente vêm e me tomam por completo. Geralmente sobre fatos, acontecimentos, frases, imagens, que me colocam a divagar e sentir uma espécie de comichão. E o resultado, bom, deixo a vocês julgá-lo. 

Às vezes, como agora, fico pensando nos medos que alimentamos. Sim, NÓS, também os tenho, em algumas ocasiões acabo sentindo que até em demasia. Medos que vão desde os pequenininhos, até aqueles bem maiores; dos explícitos, aos que estão ocultos tão, mas tãaaaao fundo, que só percebemos seu pálido reflexo, distorcido e condensado. 

E de onde vêm os medos? Essa seria uma pergunta muito pertinente, já que as vezes os medos se parecem muito com parasitas. Vão se infiltrando, procriando e reproduzindo, e quando percebemos já temos uma infestação. Noutras, são como pequenos monstrinhos, que quanto mais alimentados são, maiores ficam – até tornarem-se seres horrendos e apavorantes, aparentemente indestrutíveis. 

Os medos começam na infância. O medo de ficarmos sozinhos e sermos abandonados por nossos pais, viram medo do escuro. O medo de crescer, pesadelos, medo de dormir sozinhos. Na verdade, quando pequenos somos muito bons em criar criaturas – ou nos apoderarmos das que a televisão gratuitamente oferece – a quem temer na solidão do quarto. Afinal, alguns pais exigem uma explicação: “Medo de que menina?” Apenas para que também possam mitigar seu próprio medo de não serem bons pais. Tendo um monstro ao qual negar a existência, fica mais fácil. 

Mas e quando ficamos adultos? Aí a coisa se complica. Medo de barata e aranha, esses se resolvem com qualquer desses venenos em aerossol e, na falta destes, um tamanco bem duro ou um chinelo havaianas também dão para o gasto. Mas e o medo de perder o emprego? Ou de que aqueles que nos são caros sejam-nos tirados de forma abrupta? De ser assaltado? De sofrer de uma doença incapacitante? 

No final, se formos resumir, parece que nossos medos resumem-se todos a uma e única coisa: medo de sofrer. E não há lugar onde estes medos mais mostrem suas caras horrendas do que em terapia. E como é difícil quando as pessoas decidem mergulhar dentro delas próprias e olhá-los frente a frente. Afinal, na maior parte do tempo também temos medo de sentir medo ... 

Vejo muitas pessoas desistindo em função de seus medos. E, até quando elas desistem somente da terapia, isso até não é dos males o pior. Ruim mesmo, é ver pessoas que desistiram da vida – e não, não estou falando de pessoas deprimidas, que falam em tirar a própria vida. Por que essas ainda se permitem entrar em contato com a dor; falo daqueles que desistem de sentir. 

Elas não fazem amigos – para quê? São todos falsos mesmo. Elas não vivem grandes paixões. Não adianta nem começar, pois estão fadadas a terminarem. Elas não se envolvem com a política, pois já não existe o que fazer em relação a isso. Elas não torcem por nada, nem esperam por nada, assim nunca se decepcionam. E, claro, elas não tem MEDO de nada. Afinal, é tudo tão trivial ... 

Algumas vezes tenho medo de me machucar e decepcionar, choro, fico braba, erro, peço desculpas, choro mais um pouco, erro outras tantas vezes. Volto, corro, levanto, deito, dou a volta, e nem sempre sei bem para onde mesmo é que estou indo. Tenho medo de que o medo me impeça de viver plenamente partes da minha vida, e mais medo ainda que isso impossibilite que meu trabalho tenha bons resultados. Mas continuo. 

Espero que você também possa continuar, não importa a manifestação do seu medo, e de vez em quando, escutá-lo, pois ele precisa de compreensão, mas não alimentá-lo. Erijamos uma placa de letras garrafais para todos os pensamentos que rondam nossas cabecinhas nem sempre argutas: NÃO DÊ GUARIDA AOS MEDOS MAIS! E uma ótima vida a todos e todas!
sábado, 20 de outubro de 2012

#PROMO Especial de Natal!!!

O Dear Book se juntou com 9 blogs para presentear 10 sortudos! Ou seja, são 10 blogs, 10 livros e 10 ganhadores. 

Mas, não é tão simples quanto parece.... há um diferencial nessa promoção, pois quem escolhe o livro que quer ganhar é o sorteado. Isso mesmo!  

Funcionará da seguinte forma: serão sorteadas 10 pessoas e, cada uma delas receberá (de um dos blogueiros participantes) uma lista com 5 títulos e dentre eles escolherá o que mais lhe agrada. Pronto! É ou não é uma maravilha?? *-*
sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Happy Hour #25 - Canecas

Olá, meu povo!! Como vão vocês? Acho que naquela correria de sempre do fim de ano, seja na escola ou no trabalho.... Mas a gente vai levando e consegue (quase) sempre arrumar tempo para tudo. rsrs Aaai, gente! Vocês sempre me surpreendem, né não? Vários comentários mega fofos na Happy Hour #24. Obrigadaaa!! *-* 

Maaas, vamos parar com essas melações todas. rsrs Hoje vamos falar de uma coisa que eu amo (ah, jura?), que são CANECAS. Gente, como não gostar delas? 

Eu procurei a origem das canecas, mas não há nada documentado a esse respeito, infelizmente, porque eu amo uma história... Mas o fato é que hoje elas são super versáteis e em toda casa tem pelo menos uma! Para alguns, ela é só mais um utensílio da cozinha, mas, para outros, ela pode ser um artigo decorativo (sim!), item de coleção e até mesmo aquela companheira inseparável nas longas noites de sono trabalhando e estudando ou lendo um bom livro com aquele cafezinho ou chá ao lado...

Então, vamos lá! Achei vários modelos, desde os mais simples, passando pelos engraçados até aqueles bem exóticos...
quinta-feira, 18 de outubro de 2012

[Gastronomia e Literatura] Moby Dick, 161 anos

Boa Tarde Pessoas,

Hoje o romance Moby Dick, de Herman Melville, completa 161 anos desde a sua primeira publicação. A obra leva o nome da baleia cachalote enfurecida, de cor branca, que havendo sido ferida por diversas vezes por baleeiros, conseguiu destruir à todos.

O livro foi considerado revolucionário para a época, com descrições detalhadas e imaginativas das aventuras do narrador, Ismael, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça-las, arpões, a cor branca (de Moby Dick), detalhes sobre as embarcações e seu funcionamento, armazenamento de produtos extraídos das baleias.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Resenha: "Em defesa de Jacob" (Willian Landay)

Por Sheila: Oi pessoas! Trago a vocês hoje um lançamento da Editora Record, que ficou por mais de 20 semanas na lista de livros mais vendidos do New York Times, vendendo mais de meio milhão de cópias só nos Estados Unidos.

O livro já começa com Andy Barber, promotor da pequena e até então pacata cidade de Newton, sendo interrogado pelo grande júri. Afinal, ele terá de dar explicações sobre seu envolvimento considerado anti ético no caso Rifkin. Mas como ele saberia, ao pegar o caso, todos os desdobramentos que este teria?

Tudo começa com a descoberta do corpo de um adolescente em um parque da cidade, morto com três facadas no peito. Aliado ao fato, já chocante, de uma morte como essa na comunidade, está o fato de que o adolescente em questão - Ben Rifkin - estuda na mesma turma na escola de Jacob, filho de Andy.

E é isso que o faz responsabilizar-se pelo caso inicialmente: suas famílias se conhecem, um crime como este é algo que comove profundamente. Afinal, poderia ter sido o seu filho, ao invés do garoto da família Rifkin. Mas o caso mostra-se mais difícil do que se imaginava a princípio. Passaram-se cinco dias, as pistas começam a esfriar, e o promotor encarregado - no caso Andy -  não possui nenhuma teoria na qual se basear. O que fazer?
A ansiedade torturante que isso causava em mim, nos investigadores trabalhando no caso, até mesmo na cidade, começava a irritar. Eu tinha a sensação de que brincavam comigo, de que eu estava sendo propositalmente manipulado ... Na fase investigativa de um crime violento, o inspetor costuma conceber um ódio virtuoso pelo criminoso antes de ter a menor ideia de quem ele seja. Eu não tinha o hábito de sentir tal exaltação em relação a nenhum caso, mas já não gostava daquele assassino.
O que Andy precisava - e com urgência - era de um suspeito; só não imaginava que este pudesse ser seu próprio filho, que foi acusado por seus amigos através de mensagens no Facebook de possuir uma faca semelhante a utilizada para perpetrar o crime investigado por Andy. 

Apesar de Jacob negar ter qualquer coisa a ver com a morte de seu colega, de quem nem mesmo era íntimo, e expor os motivos ingênuos que o levaram a a comprar por azar e coincidência faca semelhante a usada, o fato abre espaço para muitas dúvidas. Agora, Andy deverá saber separar o promotor do pai, apesar de perceber que nem sempre esta é uma tarefa fácil. Afinal de contas, é lícito a um pai desconfiar do próprio filho?
- Laurie você não respondeu a minha pergunta. Perguntei o que você acha? Concorda que seja ridículo pensar que Jacob tenha feito isso?
- Acho muito difícil de imaginar sim.
-  Mas você consegue imaginar?
- Não sei. Quer dizer que você não consegue Andy? Não consegue sequer imaginar?
- Não, não consigo. É sobre nosso filho que estamos falando.
Ela recuou, afastando-se de mim visivelmente, de maneira cautelosa.
- Não sei. Acho que também não consigo imaginar. Mas ai penso: quando acordei hoje de manhã, eu não conseguiria ter imaginado aquela faca.
Existem evidências, as vezes em número maior do que Andy consegue admitir, que apontam para seu filho. Como promotor, Andy defende a justiça e encontra-se m busca da verdade. Mas como pai, encontra-se arrasado com todo o processo legal pelo qual seu filho vem passando, e descobre que talvez a verdade possa ser algo temível e improferível. Uma dúvida terrível começa a assolá-lo: afinal, até que ponto os pais conhecem efetivamente quem são seus filhos?

Em defesa de Jacob mostra-se um Thriller jurídico surpreendente e de tirar o fôlego. Defendi e acusei Jacob pelo assassinato diversas vezes, ora taxando-o de dissimulado, ora vendo-o como um garoto assutado defendendo-se da forma que podia, mas somente no final pude ficar sabendo de fato o que havia acontecido -  e confesso que fiquei sem fôlego e chocada. Ótimo livro, recomendo!


 
terça-feira, 16 de outubro de 2012

Filme: "Hotel Transilvânia"

Oi!

Sei que o Dia das Crianças foi sexta feira passada, mas como hoje é dia de resenha, vou contar para vocês que passei essa data no cinema vendo “Hotel Transilvânia” (filme que desde que vi o trailer já quis assistir, pois adoro animações e até sonhei com ele! hahaha).

Meu namorado comentou que “todos estavam levando as crianças ao cinema”, inclusive ele, levando a bobona feliz aqui..

Mas, enfim.
A história começa com o viúvo Drácula criando a pequena Mavis (no original, ela é dublada pela Selena Gomes). Ele quer fazer de tudo para manter a filha longe dos “malvados” humanos, então, constrói um hotel onde somente monstros podem se abrigar.

Uma das cenas mais legais do filme, inclusive, é quando Mavis completa 118 anos e uma festa é organizada no hotel e vários tipos de monstros super bizarros aparecem para celebrar a data.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

[Minhas Palavras] "Dias Chuvosos"


A coluna "Minhas Palavras" apresenta textos originais, de diversos temas, produzidos pela equipe do Dear Book.
"Dias chuvosos"

Por: Sheila Schildt, Psicóloga Clínica e Resenhista do blog.



Créditos da imagem aqui
Oi pessoas! Como estão? Não sei se algum de vocês é aqui do Sul ou como está o tempo onde vocês moram, mas por estes lados tem chovido MUITO. Isso tem me feito pensar bastante, principalmente na minha ambivalência em relação a estes dias chuvosos. E por que ambivalência? Bom por que posso dizer que adoro e detesto dias assim, os dois ao mesmo tempo. 

Adoro quando tenho a possibilidade de ficar em casa, olhando pela janela. Por que por mais que o céu fique com aquela tonalidade cinzenta, sei que o sol está lá atrás em algum ponto, descansando, pronto para voltar à “ativa” assim que as nuvens derem uma "brechinha". 

Agora simplesmente detesto os dias de chuva quando tenho que sair de casa – principalmente quando tem muito vento, parece que não tem guarda chuva que dê conta, e os mínimos passos já deixam você molhada e enregelecida. Aliás, ninguém deve gostar muito não é mesmo? É bom contemplar um dia chuvoso da janela, mas as vezes ele nos surpreende na rua, e sem guarda-chuva. 

Mas adoro mesmo é ver a força de uma tempestade pela janela. Isso sempre me faz pensar, antes de tudo na insignificância de nossa vontade diante da natureza. Nós, seres humanos, somos muito egocêntricos às vezes. Construímos arranha-céus, voamos em aparelhos sofisticados de metal, viajamos e exploramos o fundo dos oceanos. Construímos casas, carreiras, famílias, tanta coisa, mas basta um tapa do destino – um segundo de distração, uma chuva mais forte, um sinal amarelo avançado, um atraso de 5 minutos para sair de casa – e tudo pode ir por água abaixo (com o perdão do trocadilho ...) 

Acaso, destino, carma, muitas são as explicações para estes fatos que nos atingem – assim mesmo, certas vezes como um soco, noutras até um pouco mais suave quando o inesperado é algo positivo – mas é inegável que tendemos a guardar mais as lembranças dos acontecimentos sofridos que vem nos visitar na passarela da vida. 

É interessante, por exemplo, quando na clínica os pacientes começam a dar-se conta da sua responsabilidade nas agruras que os acometem, mesmo aquelas que pareciam independer completamente de sua vontade, e como eles se sentem desesperados para se livrarem disso, o mais rápido possível. Eu queria muito que existisse uma técnica, um botãozinho mágico, uma varinha de condão que resolvesse todos os problemas de todos os meus pacientes. 

E é aí que entra a metáfora – a nossa vida, é tão incontrolável quanto o tempo. Sempre haverão os dias ensolarados, os chuvosos, as tempestades – algumas vezes até uns furacões. E não há como lutar contra isso. O que podemos fazer, é estar preparados para os próximos que virão, pois é isso que a vida é: uma sucessão de acontecimentos, nem sempre fáceis, com os quais aprendemos a lidar de forma mais ou menos eficaz. 

A questão é parar para se perguntar: você está sabendo lidar com o tempo em sua vida? Já consegue reconhecer os sinais de que uma tempestade vem se aproximando? Consegue preparar um abrigoa a tempo, para poder sair desta fase o menos atingido possível? Por que é só isso que se pode fazer, as verdadeiras tempestades, quando vem, são difíceis de lidar e, mais ainda, de serem contornadas.

Mas nunca devemos esquecer que é somente depois que a chuva passa que surgem os arco-íris, e que no fim tudo sempre dará certo.  E, se não deu ainda, é por que o fim não chegou. Claro, sei muito bem que falar é extremamente fácil, mas que nas borrascas tendemos a nos sentir desamparados. Mas acredito que a vida sempre nos dá o que precisamos, e não o que queremos. E que tudo nessa vida passa, nada é eterno, mas são ciclos que se renovam constantemente.

E você? Como anda lidando com seus "dias chuvosos"?
domingo, 14 de outubro de 2012

Ofertas por ai #11

Estamos de volta! Com ofertas bem diversificadas, para todos os gostos! ;D Escondam os cartões de crédito!
Os preços informados aqui valem para o dia da postagem, afinal as Lojas Virtuais os mudam o tempo todo e não nos responsabilizamos por essas mudanças.

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Qualquer problema com os links ou alguma novidade que nós ainda não comentamos nessa coluna ou nas anterior, coloque nos comentários! ;D

Resenha: “As nove vidas de Chloe King” (Liz Braswell)

- Clique aqui para ler a resenha da Série de TV baseada no livro

Por Juny: Um dos livros mais esperados do ano, para mim, pois assisti a série ano passado, gostei muito do enredo e fiquei muito decepcionada com o cancelamento do seriado, sem a conclusão da 1ª temporada, com milhões de assuntos em aberto.

Chloe King é uma tipica adolescente americana, em seu aniversário de 16 anos combina de matar aula com os amigos e visitar a "Coit Tower", um dos seus lugares favoritos. Eles sobem no alto da torre, que é bem alta, Chloe se desequilibra e simplesmente cai de uma janela.
Isto não está acontecendo, pensou Chloe. Não é assim que eu acabo.
Ela ouviu os já abafados gritos dos amigos ficando mais fracos, mais e mais longe. Algo a salvaria, certo?
A cabeça cabeça de Chloe bateu por último.
A dor era insuportavel, excruciante e nauseante – como cem agulhas se cravando no corpo dela conforme ele colidia contra o chão.
Tudo ficou escuro e Chloe esperou a morte.

Ela acaba saindo ilesa do acidente e seus amigos não conseguem acreditar como ela conseguiu sobreviver a queda, não há explicações lógicas para a situação. Após o incidente ela começa a perceber mudanças, tais como velocidade, resistência, garras e habilidades de luta e escalada fora do comum. E isso é só o começo de sua aventura em busca de respostas, mas sem deixar de levar sua vida normal.
Mas a meia-luz das escadas, Chloe começou a questionar o que estava fazendo: indo sozinha até a casa de um cara mais velho e estrangeiro, ao pôr do sol, sem que ninguém soubesse onde ela estava. Ele poderia ser qualquer coisa: um estuprador ou um assassino. Até mesmo um vampiro.

Chloe é uma protagonista interessante, passa pelos dramas adolescentes comuns e ao mesmo tempo descobre super poderes bem peculiares. Como todo bom Y.A. Book há um triangulo amoroso e não concordo muito com as preferências amorosas de Chloe, sou Team Alyec e acho o Brian totalmente dispensável.

E por falar nos garotos, Alyec é o garoto popular de sua escola, um russo com porte de modelo e um ótimo senso de humor (perfeito!). Brian é muito emo, cheio de dramas e esquisitices. Ambos são misteriosos, escondem coisas que só são reveladas nos momentos finais do livro.

Amy e Paul, os melhores amigos de Chloe, que acabam se tornando namorados, estão entre os meus personagens favoritos, espero mais destaque a eles nos próximos livros.

Há muita ação, mesmo sem saber quase nada sobre o que esta acontecendo, Chloe é perseguida por inimigos esquisitos que a querem morta.
Ele pegou uma adaga e se agachou levemente, como um lutador de rua. Como em "Street Fighter".
Isso é loucura, pensou Chloe. Ninguém age assim . Mas era óbvio que o homem estava levando aquilo a sério – e teria de ser tratado com a mesma seriedade.
Não gostei da capa do livro, achei bem simples e não chama nem um pouco a atenção. Eles poderiam ter aproveitado algum cartaz da série ou feito algo mais elaborado. É uma pena que essa série de livros tenha recebido pouca atenção em seu lançamento.

Esperei respostas nesse livro para a situação apresentada no ultimo episodio produzido da série, porém isso não aconteceu. A serie avançou demais no enredo e esse livro é uma introdução, onde a ação começa a acontecer somente no final. Por isso, estou LOUCA pela continuação onde com certeza lerei uma continuação do seriado, com situações novas.

Um Y. A. Book sobrenatural muito bom, com um tema diferente (gatos / felinos, como preferir) repleto de dramas adolescentes e ação. Um série que vale a pena ser lida e merecia uma segunda chance na TV. Recomendo!



 
Ana Liberato