segunda-feira, 31 de outubro de 2011

[Conto] Amor Maldito - (Juliana Marques)


Essa é a minha contribuição para a antologia feita pelo Dear Book com o tema de Halloween, esse conto é muito mais romântico e nem um pouco assustador, espero que gostem. O título ficou tosco e brega, pois eu fiquei me atormentando umas semana inteira buscando algo adequado, mas não consegui!!

Amor Maldito



Frio. A ausência do corpo dele próximo ao meu mecausa calafrios. A cada minuto que se passa chego a certeza de que tudo issorealmente ocorreu e que jamais voltarei a vê-lo. Encaro o lado vazio de minhacama. Lágrimas se desprendem e molham o fino tecido do lençol de linhovermelho. Lembro-me de sua cálida e rouca voz chamando meu nome, tão real. Tãovívido que por um breve momento acredito que ele esteja comigo. Uma tolice, eusei, afinal não há mais ninguém aqui comigo e jamais haverá. Sozinha. Uma palavraque desperta todos os medos. Sozinha para sempre. Nunca me imaginei nessasituação, decerto que sempre fui independente, mas quando o encontrei toda acerteza se dissipou e me encontrei presa em seu amor e naquela presença.

Agora tento me prender em nossas lembranças e sintoque o fluxo das lágrimas aumentou. E o frio que sinto causando mais quearrepios. Sinto que posso me perder na inconsciência a qualquer momento. Denovo tenho aquela estranha impressão de estar ouvindo sua voz. Como isso dói,pensar na voz, pensar nele. A certeza de ele jamais me tocar novamente mesufoca, sinto o ar escapar de meus pulmões e até desejo a morte. Como essaingrata passa a ser nossa aliada quando o desespero bate a nossa porta. Masacho que a coragem me abandonou, junto com a esperança e o amor.

Repetidamente ouço aquela voz grave me chamando,fecho ainda mais meus olhos para não encarar aquele vazio a meu lado. Esseinsistente som está me atormentando. Sinto a minha fraqueza aumentar e ainconsciência se aproximar. Não, não posso me deixar dormir. Os sonhos serãomais tristes agora. O mundo é mais triste. A minha vida é mais triste.

Um cheiro característico desperta meu olfato. Sim,aquele cheiro maravilhoso de loção pós-barba, couro e madeira, o cheiro dele.Nossa que cheiro mais delicioso. Nunca irei me esquecer de nossos momentosjuntos, o cheiro dele em minhas roupas, em meu corpo, em minha cama. Alcanço otravesseiro com o cheiro dele e agarro, afundo meu rosto na maciez e maislágrimas rolam pelo meu rosto pálido.

A voz insiste mais uma vez, o cheiro fica mais fortee sinto uma mão em meus cabelos. Sobressalto-me. Jogo longe o travesseiro eviro-me para ver o intruso. Ele está sentado na beirada da cama apoiando-se como cotovelo e curvado sobre minha cabeça. Sua mão livre acariciandodelicadamente os cachos ruivos de meu cabelo. Não acredito que meus olhospregam este tipo de peça em mim. Não acredito que esteja alucinando, pois tudoparece tão real. Estou louca, acredito eu. Eu o vi morrer, como ele poderiaestar sentado em minha cama e acariciando meu cabelo. Simplesmente não haviaoutra explicação. E aquela voz tão sedutora e apaixonante me chamando saindo deseus lábios. Sinto vontade de derreter. Será sonho, delírio ou realidade. Tãodifícil acreditar. Os olhos azuis dele estão fixos nos meus cheios de súplica etristeza. “Não chore” eu o ouço dizer, mas minhas lágrimas não querem obedecer.Fecho os olhos mais uma vez e tento me livrar das malditas. A mão queacariciava meus cabelos seca agora minhas lágrimas, abro meus olhos e percebo oquão perto está aquele rosto tão amado e desejado. Por impulso acaricio commeus dedos aquelas feições másculas, firmes e tão adoradas por mim. O rosto quesinto por baixo de meus dedos é real, mas como pode ser?

O vejo fechar aqueles lindos olhos e pronunciar maisuma vez meu nome. Eu estou sonhando e isso tudo não é real. Tento me convencermais uma vez. Ele se aproxima mais uma vez e roça seus lábios nos meusmurmurando meu nome. Isso é tão real que sinto que estou enlouquecendo. Eleabre os penetrantes olhos azuis e me perco em seu olhar. Gaguejo, querendo umaexplicação. Ele inspira suavemente. “Eu morri, é bem verdade. Mas nunca fuicomo você. Desculpa ter escondido toda a verdade, mas só Deus é testemunha doquanto eu me esforcei para protegê-la de minha natureza.” ele começou a dizer,“Peço seu perdão e acredite que jamais voltarei a importuná-la. Sou desse jeitoe não poderei mudar. Tenho que mantê-la a salvo e mesmo que me doa tanto, tereique deixa-la.”.

Mais lágrimas umedeceram meu rosto. Ele teria que medeixar novamente? Mas isso não fazia sentido. Quem ele realmente era? Ou maisespecificamente, o que. Um choque de eletricidade me atingiu quando elenovamente me tocou para reter minhas lágrimas. Meu choro tornou-se insistente.“Me explica. Por favor diga-me tudo. Não me deixe assim, não consigo maisacreditar o que é real e o que é fantasia. Ajude-me com essa dor pois não aaguento mais.” eu disse num sussurro e entre soluços.

Ele se deitou finalmente a meu lado, seu calor maispróximo, seu cheiro mais intenso. Estou louca Deus. Ele clareou a garganta. “Eunão sou humano. Sou algo muito ruim e que habita o pesadelo de muitos, mas comvocê eu me tornei outra pessoa. Eu te amo e sempre irei amar. Saiba que issonunca havia me ocorrido antes e você é a única que despertou esse sentimento emtoda a minha existência. Sua alma tão doce, livre e cheia de paixão me encantoue tentou milhares de vezes. Tive que me controlar para salvá-la. Desculpe-mepor todo seu sofrimento, mas também eu sofro todos os segundos em que passolonge de você. Estou aqui me arriscando e pondo você em perigo, pois nãoconsegui me controlar. Precisava ver-te, te tocar, sentir seu perfume, ouvirsua voz e olhar nestes doces olhos verdes.” Ele disse suavemente próximo a meuslábios.

Minha cabeça girava. Eu simplesmente não conseguiacaptar tudo o que ele me dizia. Nada fazia sentido. Tudo deixou a esfera darealidade no momento em que ouvi a voz dele. “O quê?” eu consegui balbuciar.“Eu te amo Caroline. Acredite nisso. Eu morri para você. Por favor, tente meesquecer. Eu não posso ficar. Você merece mais e sei o quanto isso vai me doer.Você merece ser feliz e eu não posso te dar isso. Sou um maldito demônio que seapaixonou.“ ele disse numa voz estrangulada. As palavras ditas flutuaram erodearam toda a minha cabeça. Fiquei tonta com a informação e ainda sentia quealgo estava errado. “Eu o vi morrer. Não é possível que você esteja aquicomigo. Eu estava lá. Não consigo acreditar. E tua ausência me dói tanto. Porfavor, me diga a verdade. Diga-me se eu enlouqueci. Que tudo não passa de umamera ilusão causada por uma pobre mulher que sofre pela perda de seu amor!”desabafei. Não conseguia ficar mais quieta, as palavras saíam de minha bocacomo formigas, pequenas, mas que o ferroaram a alma. Senti seu olhar triste. Viseu rosto mudar para uma expressão de profundo desespero.

Ficamos nos encarando, cada um com sua dor porintermináveis segundos. O tempo passava e pareciam séculos de espera até queele fechou os olhos novamente e me beijo calidamente. Tudo a minha voltadesapareceu. Apenas o sentia. Aquele calor que só ele podia me transmitir. O amorque sentíamos transbordava. Nossas bocas se fundindo num beijo doce e há tantodesejado. Ah que saudades tinha desse beijo. O beijo que me deixava no paraísoe às vezes no próprio inferno. O beijo que trazia tantas vívidas lembranças. Obeijo que significava tudo. O beijo que era nossa própria essência. Até que eleinterrompeu. Sem fôlego e tentando buscar oxigênio ele disse “Desculpe-me. Nãoconsigo ficar longe de você nem um segundo. Mas não sou merecedor de seu amor.Acredite quando o digo. Eu sou um ser desprezível, torturei almas e as leveipara o mais profundo desespero. Não tenho uma alma como você. E nosso amor fugiude meu controle. Muitos nos vigiam, por isso tive que morrer. Preciso mantê-laa salvo e agora percebo que a quero perto de mim. Por favor, não diga maisnada. Sei o quanto estou instável, mais demônios a querem como um troféu. Suaalma tornou-se um alvo. E estou dividido entre amá-la e protegê-la.”.

“Por favor, me ame. Preciso de você. Não entendo oque diz. Tudo é confuso e a única certeza que tenho é do quanto eu o amo e oquanto eu preciso de você. Não me abandone. O quero novamente em minha vida, emminha cama e para sempre em meu coração. Percebo o quanto deseja me proteger,mas será mais fácil se estiver aqui por perto.“ tentei suplicar pois percebi otom de despedida na voz dele. Ele voltou a me encarar. Seu olhar tão profundo ecom um cerne de preocupação que lhe era estranho. Segurou com ambas as mãos meurosto e me beijou mais uma vez. Dessa vez seu beijo foi intenso, quente commuita paixão. Deus, como esse beijo era bom. Em todos nossos momentos de paixãoenlouquecida nos beijávamos assim. E pensei que jamais iria sentir esse gostonovamente. Suas mãos deixaram meu rosto e partiram pelo meu corpo o explorando,o memorizando. Cada parte de meu corpo sob seu contanto fervia, um calorintenso e característico de quando nos amávamos. Nosso desejo e excitação eramgrandes, impossível de descrever a intensidade. E ao perceber os meus desejosele parou. Deixou a mão pousada em minha cintura. Nossos corpos tão próximos.Nossas respirações pausadas.

E com a mão livre arrancou o colar que usava. Ocolar que nunca tirava. O estranho pingente na correia de couro que pendia emseu pescoço. E então me entregou. “Fique com isso. Por mais que eu queira ficarcontigo, terei que partir. E somente isso a irá proteger. Todos que vierem procurá-lasaberão que estou contigo. E sempre que me quiser beije o pingente e me chame.Virei imediatamente.”

E quando ele me beijou novamente senti que esse eraum adeus. Um beijo triste pois significava uma despedida. Não posso suportarpensar nisso. Então aproveitei o beijo. Não podia mais pensar. Mesmo com umairritante vontade de chorar eu me segurei e me deixei levar pelo momento. Nossomomento. Uma despedida doce e também amarga. “Eu te amo!” ele suspirou. Equando finalmente abri os olhos ele havia sumido. O colar em minha mão. Oapertei tão forte. Mal podia acreditar em tudo o que se passou. Ele não haviamorrido e tinha me deixado. Mas me amava e fez tudo para me proteger. A dorparece maior agora. A verdade de tudo tornou mais difícil encarar a suaausência.

E numa medida desesperada eu aproximei o pingente deminha boca, o beijei e murmurei seu nome repetidas vezes. Seu corpo tomou formano canto do quarto. E com um sorriso em seus lábios disse “Já sentiu minhafalta, meu amor?”. “Sempre. E nunca pense em fazer algo assim de novo. Eu o amoe sendo humano ou não o sempre irei amar” eu falei.

Ele se encaminhou para minha cama e puxando-me paraperto dele ele confessou suavemente “Estarei sempre com você, minha alma!”.

Juliana Marques (Jujuba)
Colunista de séries

[Gastronomia & Literatura] Travessuras ou Gostouras



Bom Dia Pessoas

Chegamos finalmente ao dia 31 de outubro... hoje é o dia para assistir aos filmes, as séries, os animes e ler o livros e quadrinhos indicados nessa semana aqui no Dear Book.

Agora que já temos o que nos entreter e conhecemos a história por trás dessa data, podemos ir para cozinha preparar umas gostosuras para nos acompanhar em nossas aventuras sejam elas dentro de casa ou nas festas que borbulham nesse dia macabro (hahaha).

Eu optei por encontrar as receitas mais tradicionais para essa data. Bem vamos às receitas.

Primeira receita: Pumpkin Pie (Torta de Abóbora)

Massa:
  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 1/3 xícara de margarina
  • 1/4 colher (chá) de sal
  • 2 a 3 colheres (sopa) de água
Recheio:
  • 600 g de abóbora
  • 1 colher (chá) de canela em pó
  • 1/2 colher (chá) de gengibre em pó
  • 1/8 colher (chá) de cravo-da-índia em pó
  • 1 lata de leite condensado
  • 2 ovos
Preparo:

  1. Descasque a abóbora e corte-a em pequenos cubos. Coloque os cubos em uma assadeira, cubra com papel alumínio e asse por cerca de 30 minutos em forno médio ou até que a abóbora fique macia. Retire do forno e deixe esfriar.
  2. Prepare a massa, misturando margarina e farinha de trigo, utilizando a ponta dos dedos. Misture o sal e a água e acrescente à massa. Misture mais um pouco e deixe a massa descansar por 20 minutos na geladeira.
  3. Enquanto isso, bata no liquidificador a abóbora assada, os ovos, o leite condensado, o cravo, a canela e o gengibre.
  4. Retire a massa da geladeira, abra-a e cubra uma assadeira de 22 cm. Coloque o recheio e leve ao forno já aquecido (180º C) por cerca de 40 minutos.
  5. Sirva gelada.
Segunda Receita: Sangue de Morcego

Você precisará:

  • 5 morangos médios lavados
  • 1 copo de soda limonada
  • Açúcar a gosto
Preparo:

Bata todos os ingredientes no liqüidificador e sirva.

Comidinhas prontas e vocês já podem ir para a frente da TV, computador ou pegue o seu livro ou H.Q e bom divertimento e para o restante da semana...

Boa Leitura e Bon Apetit

[Conto] "Escuro" (Sheila Schildt)


Post especial de contos escritos pela equipe Dear Book durante a Semana de Halloween


"Escuro" (Sheila Schildt)

Logo eles chegarão aqui. Logo. Como posso me defender? Por anos consegui fugir, mas agora sei que não há mais saída. Não, não há saída. Por isso escrevo. Guardei o segredo por muitos anos comigo para proteger aos que amo, mas agora... Oh, agora sei, no fundo, que me enganei por todo este tempo. Eles estavam mortos, mortos, mortos... E por mais que esta palavra retumbe incessantemente em meus pensamentos, ainda não consigo acreditar.

Quando fugi, no ano de **** da cidade onde morava, o fiz pensando em protegê-los. Mas – ai de mim! – sempre soube que a marca me perseguia, e nunca deveria nem mesmo ter-me sentido seguro o suficiente para acreditar que poderia levar uma vida normal. Mas já estava estabelecido como pequeno comerciante a quase 10 anos e a bela Rose, tão pura e tão cândida em seu vestido azul e seus cabelos tão loiros, fazia com que eu acreditasse que nada mais no mundo importava, a não ser a ventura de passar os dedos nos anéis de seus cabelos.

Com o consentimento de seus pais, casamos, e vivemos uma vida venturosa por cinco lindos anos, ao longo dos quais nasceram nossa querida Maria – tão bela quanto à mãe – e Pierre, ainda bebê quando tudo abandonei pensando em protegê-los.

Mas já era tarde. A marca, sempre a marca, grande e negra, denunciando minha posição. Talvez se eu tivesse ido embora aos primeiro sinais... Começou com o cachorro, lembro-me bem agora. Era um fiel companheiro, sempre parado a porta, ou me esperando ao portão após um longo dia de trabalho. Quando este apareceu em uma manhã sem os olhos e com marcas do que pareciam garras em seu dorso, imaginamos que teria sido obra de algum animal selvagem que andasse nas cercanias. Mas que animal selvagem arrancaria ao outro os olhos? Depois disso, foram as galinhas, seis ao total. Todas com o pescoço quebrado e sem o pé esquerdo.

E, por fim o último e inequívoco sinal – o espelho quebrado de meu banheiro, com sangue, (oh meu Deus, era tanto, tanto sangue! Minha filha, onde ela estava, o que houve com ela? senhor, e meu bebê?) . E então eu sabia. Eram ELES. ELES haviam me encontrado, ELES ESTAVAM ALI e eu tinha que fugir para protegê-los. Ledo engano! Já aquela altura tudo já estava perdido, tudo ... oh meu Deus eles estão na porta, ELES, e eles batem, e batem, mas sabem que não precisam podem atravessá-la no momento que quiserem. Vieram me buscar. Eu deveria ter acabo logo com minha vida, logo no início, da outra vez. Com minha morte, a marca, esta insígnia negra em mim tatuada desapareceria... ELES chamam meu nome, estão aqui!

Não vou suportar, não vou... Tenho algo guardado em uma gaveta como último recurso, e irei usá-lo. Não vou suportar os interrogatórios para descobrirem se contei ou não sobre ELES para alguém, os choques, os banhos frios, as celas escuras... O escuro... Não vou suportar... Não vou (...)

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- Qual a hora do óbito? Pergunta o detetive ao legista que examina o corpo.

- Eu diria que não muito tempo atrás, responde este. – Algo em torno de uma, no máximo uma hora e meia, provavelmente minutos antes de seus homens arrombaram a porta. Ele temia a prisão, por certo.

- Na verdade eu chego a sentir pena, diz o detetive. – Este não iria para a prisão, mas para o hospício. Há alguns anos atrás foi liberado de uma clínica psiquiátrica por estar supostamente “curado” de usa mania de perseguição. No entanto, dois meses depois, matou os pais a machadadas por suspeitar serem cúmplices DELES, seja lá quem fossem em sua mente e fugiu. Passou anos e anos vivendo sob uma identidade falsa, até ter nova crise acerca de um ano atrás e degolar a esposa e filhos. Um caso lamentável, se quer saber.

Abanando a cabeça, o legista recolhe seus instrumentos, já que nada mais há que possa fazer ali. E já que, infelizmente, ninguém que tivesse conhecido o falecido ainda vivesse, ninguém poderia contar que uma visível mancha de nascença, de formato oblongo, que este possuía no antebraço esquerdo, havia desaparecido.

OBS: O fato de não citar o ano em que o conto se passa é intencional para deixá-lo atemporal.
domingo, 30 de outubro de 2011

[Perfil do Autor] Anne Rice



Nascida Howard Allen O'Brien em 04 de outubro de 1941, Anne escolheu o nome "Anne", quando ela entrou na primeira série na escola de Stº. Afonso. Ela freqüentou escolas católicas até 1958 quando sua família se mudou de Nova Orleans para Richardson, Texas.

Após graduar-se Richardson High School, em 1959, Anne frequentou a Universidade do Texas de Mulher em Denton, Texas e mais tarde North Texas State College.

Depois de ficar um ano em San Francisco, durante o qual ela trabalhou como examinadora de sinistros, Anne voltou a Denton, Texas para se casar com Stan Rice, seu amor de infância.

Stan e Anne viveram e trabalharam na área da baía de San Francisco de 1962 a 1988, experimentando o nascimento da primeira Revolução Hippie em primeiramão como eles viviam na Haight Ashbury que seria em breve famosa. Ambos frequentaram e graduaram-se na Universidade do estado San Francisco.

Stan Rice tornou-se professor na San Francisco State logo após receber seu mestrado lá. Ele publicou muitos livros de poesia e, mais tarde, após o regresso do casal de New Orleans em 1989, pintou mais de 300 pinturas no sótão de sua casa em Garden District.

Em 1972, Stan e Anne perderam sua filha, Michele, de leucemia pouco antes de seu quinto aniversário.

Seu filho, Christopher Rice, nasceu em 1978, parecia um presente de Deus na medida em que ambos os pais pararam de beber pesado, quando confrontados com uma outra chance de paternidade.

Em Nova Orleans em 1989, Stan e Anne compraram o Garden District Greek Revival House (veja a foto a direita) que se tornaria o cenário para cinco ou seis romances de Anne.

No seu site oficial possui uma galeria de fotos que entre outras coisas tem uma seção especial só com fotos de santos brasileiros.

Anne escreveu “Entrevista com o Vampiro”, enquanto o casal ainda morava em Berkeley, Califórnia, pouco antes do nascimento de Christopher, e tem mais de 28 romances escritos. Christopher Rice já publicou quatro romances, todos os quais foram best-sellers do New York Times. Christopher frequentou a Brown University por um ano, e também estudou na New York University, antes de escrever o primeiro de seus romances, “A Density of Souls”, que lhe trouxe reconhecimento nacional.

Na década de 1990 Anne viu seu primeiro romance, “Entrevista com o Vampiro”, se tornar um filme, estrelado por Brad Pitt, Kirsten Dunst e Tom Cruise. O roteiro de Anne foi a base para a adaptação, dirigida por Neil Jordan.

Um musical da Broadway, “Lestat”, também foi desenvolvido em 2004 por Elton John, Bernie Taupin, Linda Woolverton e Rob Roth. Embora a peça tenha sido encerrada, há rumores de um revival em New Orleans.

Anne voltou para a Igreja Católica em 1998, e em 2002 consagrou a sua escrita inteiramente a Cristo, prometendo escrever para ele ou sobre ele. Mas ela continua apaixonadamente leal aos leitores de suas obras anteriores.

Stan Rice, morreu em 2002 num prazo de quatro meses e meio depois de ser diagnosticado com câncer no cérebro. Suas muitas belas pinturas em breve irão encontrar um lar permanente em um museu do sul. Eventualmente, sua coleção de poemas serão publicados.

Em 2005, depois de completar o “Christ the Lord, Out of Egypt”, Anne deixou Louisiana e sua amada cidade de Nova Orleans para viver na Califórnia. Poucos meses depois da sua partida, o furacão Katrina devastou a área.

Anne vive e trabalha no deserto da Califórnia, a poucas horas de carro de seu filho, Christopher, que mora e trabalha em West Hollywood.
Livros Publicados

Série Crônicas Vampirescas
• Interview with the Vampire (1976) / Entrevista com o Vampiro
• The Vampire Lestat (1985) / O Vampiro Lestat
• The Queen of the Damned (1988)/ A Rainha dos Condenados
• The Tale of the Body Thief (1992) / A História do Ladrão de Corpos
• Memnoch the Devil (1995) / Memnoch
• The Vampire Armand (1998) / O Vampiro Armand
• Merrick (2000) / Merrick
• Blood and Gold (2001) / Sangue e Ouro
• Blackwood Farm (2002) / A Fazenda Blackwood
• Blood Canticle (2003)/ Cântico de Sangue

Série Novos Contos de Vampiros
• Pandora (1997) / Pandora
• Vittorio the Vampire (1999) / Vittorio, o Vampiro

Série Bruxas Mayfair
• The Witching Hour (1990) / A Hora das Bruxas I e II
• Lasher (1993) / Lasher
• Taltos (1994) / Taltos

Série Beauty (todos como A. N. Roquelaure)
• The Claiming of Sleeping Beauty (1983)/ O Sequestro da Bela Adormecida
• Beauty's Punishment (1984)/ O Castigo da Bela adormecida
• Beauty's Release (1985)/ A Libertação (ou "liberdade") da Bela Adormecida

Série Cristo Senhor
• Christ The Lord: Out of Egypt (2005) - Cristo Senhor: A Saída do Egito
• Christ The Lord: The Road to Cana (2008) - Cristo Senhor: O Caminho para Caná
• Christ the Lord: the Kingdom of Heaven (sendo escrito)
Série Songs of the Seraphim
• Angel Time (2009) - Tempo dos Anjos
• Angel Time (2010) - Of Love and Evil (Sem tradução no Brasil)

Romances únicos
• The Feast of All Saints (1979) - A Festa de Todos os Santos
• Cry to Heaven (1982) - Chore para o Céu
• Exit to Eden (1985)(como Anne Rampling) -
• Belinda (1986) (como Anne Rampling) -
• The Mummy (1989) - A Múmia ou Ramsés, o Maldito
• Servant of the Bones (1996) - O Servo dos Ossos
• Violin (1997) - Violino
• The Master of Rampling Gate (2002) - O Senhor de Rampling Gate (Publicado no Brasil no livro “Os 13 Melhores Contos de Vampiros”, de Flávio Moreira da Costa)

Autobiografia
• Called Out of Darkness (2008)


Anne com 3 anos de idade:


Fonte: http://www.annerice.com/

Happy Hour #01 - I Especial Halloween

Olá, queridos! Sou Gabriela Pascoal (mas podem me chamar de Gabi *-*) e essa é a mais nova coluna do Dear Book! Aqui vou falar sobre diversão, entretenimento, novidades, curiosidades e muitas informações legais para vocês.

Para dar o ponta-pé inicial nada melhor do que aproveitar o famoso 31 de outubro, o Dia das Bruxas. Mas, o que vocês realmente sabem sobre a História do Halloween?! Garanto a vocês que é muito mais do que o famoso “Gostosuras ou Travessuras”. Ficaram curiosos, né?! Então segurem a minha mão e vamos embarcar juntos nessa..
Esta festa, originalmente, tinha vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en. A palavra Halloween é uma contração do inglês “All Hallows Eve", que significa "Véspera do Dia de Todos os Santos" e tem origem na religião católica. Este é um evento de origem milenar, que surgiu há cerca de 2500 anos entre os celtas, povo que habitava a região das Ilhas Britâncias. O dia 31 de outubro marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo celta.

De acordo com uma lenda, nesta data espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos. Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite deste dia, apagavam as tochas e fogueiras de suas casas, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir.

Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram. E a Igreja Católica passou a abominar essa festa, que foi muito perseguida durante a Inquisição.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses. A partir daí, os EUA disseminaram essa festa por todo o mundo.

Bom, agora que já sabemos a origem dessa festa, vamos conhecer mais um pouco a respeito de seus símbolos e brincadeiras.

Gostosuras ou Travessuras?! (Trick-or-treat)
A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar).No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas (ou Finados aqui no Brasil), os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.

Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador, para que ajudasse sua alma a ir ao céu.

Simbologias

Caldeirão
Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos, que seriam atendidos mais rapidamente se incinerados.
Abóbora (Jack O'Lantern)
Tem sua origem no folclore irlandês. Reza a lenda que Jack, um alcoólatra que depois de desafiar o diabo fica perambulando dentro de um nabo com uma brasa. O vegetal é substituído por uma abóbora por norte-americanos.
Aranha
Simboliza o destino e os fios que tecem suas teias, o meio, o caminho e suporte para seguir em frente.
Vassoura
Simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.
Vela
Indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.
Morcegos
Simbolizam a clarividência, pois conseguem ver além das formas e das aparências, sem a necessidade da visão ocular.
Gato Preto
Símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Universo.
Bruxas
Elas têm um papel simbólico muito importante. Reza a lenda que elas se encontravam duas vezes ao ano (30 de abril e 31 de outubro) para praticar todo tipo de bagunça, coordenadas pelo próprio Diabo.
Sapo
Simboliza o poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.




Cores

Laranja - Cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.

Preto - Cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. É também a cor do mestre.

Roxo - Cor da magia ritualística.

Como disse no começo, essa festa é de origem européia e atualmente é praticada por países anglo-saxões. Recentemente, foi importada pelo Brasil. Aqui, a aceitação desta festa é muito pequena e também criticada por sociólogos e artistas ao afirmarem que estaríamos priorizando um costume estrangeiro e sucumbindo nosso vasto folclore. Um pensamento que nos remete à Antropofagia dos anos 30 com Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e companhia ilimitada.

Aqui, a comemoração está mais voltada para o dia 2 de novembro, onde as pessoas fazem homenagens a familiares e amigos que já se foram.Mas cá entre nós: nada nos impede de garantir um pouco de diversão nesse 31 de Outubro, não é mesmo?! Vamos nos fantasiar, pedir doces nas casas e penetrar nesse universo sobrenatural, mesmo que de uma forma mais singela: pelos espetaculares livros sobrenaturais (que vocês podem encontrar indicações especiais da equipe do blog!).

Bom, esperam que tenham curtido. ‘-‘ E não deixem de comentar suas impressões e opiniões!

[Conto] Sexta-feira 13 - Perseguição na Floresta (Débora E. Araújo)


Post especial de contos escritos pela equipe Dear Book durante a Semana de Halloween


"Sexta-feira 13 - Perseguição na Floresta" (Débora E. Araújo)

Bruna olhou para trás pelo que deveria ser a vigésima vez nos últimos cinco minutos. A sensação de desconforto poderia ser considerada de praxe para ela, que caminhava por uma rua deserta etão silenciosa quanto uma sepultura. Ela sabia que já deveria ser quas emeia-noite, mas seus amigos não pareciam se importar com isso.

— Ah, qual é, Bruninha! — disse Alam, o mais alto do grupo. — Agora já está virando paranóia! Até parece que tem um psicopata teperseguindo.

Daiane riu.
— Talvez ela esteja com medo das bruxas na sexta-feira treze — ironizou. Bruna classificava as pessoas em três categorias: pessoas interessantes, pessoas toleráveis e pessoas como Daiane. E o ego dela estava lá em cima desde o aniversário de dezoito anos, quando seu pai lhe dera um carro zero de presente.

Tão infantil.
— Rá, rá, rá! — ela falou. — O seu humor negro me encanta tanto, Daí! Combina com a sua alma de viúva-negra.

Daiane cerrou os olhos em sua direção. Quase podia vê-los soltando raiozinhos.

Guilherme, o que andava n aponta, abanou a cabeça. Mulheres.
— Não esquenta, Bruna. A Daiane sente um prazer sombrio em irritar outras pessoas.

Ele levou uma cotovelada. De todos ali, Guilherme era de longe a pessoa de quem Bruna mais gostava. Não só porque ele era totalmente educado, (e obviamente bonito), mas porque ele tinha aqueles olhos negros profundos como poços.

Mas, apesar de o comentário de Daiane ter sido totalmente maldoso, ela estava certa. Era sexta-feira treze, um dos piores dias para transitar durante a noite, principalmente àquela hora. E Bruna era o que se chama supersticiosa. Não, ela era ainda pior com essas coisas.
Dois dos colegas deles caminhavam mais atrás. Se era porque queriam privacidade ou porque estavam altos demais, ninguém poderia dizer. Talvez ambos.
O motivo de estarem tão tarde caminhando por aquele lugar tenebroso na verdade era uma confraternizaçãozinha num bar e restaurante chamado "Pimenta do Reino". Era um estabelecimento relativamente humilde, e muito mal localizado, mas a comida era ótima e por isso estava sempre cheio. O problema era que eles tinham que atravessar muitos quarteirões para voltar para casa e Daiane, a única que tinha um carro, havia batido na primeira semana, para o desgosto de todos. Então, eles caminhavam. No caminho, uma pequena reserva ambiental se erguia de um dos lados da rua.

— Por que a gente tem que dar a volta? Vamos andar o dobro do caminho! — queixou-se Daiane, como sempre a primeira a reclamar. — A gente podia pegar a trilha na reserva.

Bruna suspirou. A noite parecia sombria: a enorme lua cheia, normalmente grande e redonda no céu, com seu brilho prateado, estava encoberta por nuvens espessas desde que nascera.

— Nem pensar! — gritou Vanessa lá de trás, tão grogue que foi difícil entender o que dizia. — Pode ter cobraslá dentro! — ela arrastou a última sílaba.

— Sua medrosa! Se você prefere andar mil quilômetros, fique à vontade! Eu vou pelo atalho — respondeu Daiane.

Vanessa franziu o cenho, o movimento que a fez perder o equilíbrio e quase se estatelar no chão, porém ela seguiu o grupo em direção à reserva.

— Odeio andar à noite no meio de árvores assim — confessou Guilherme uma hora. — E ainda por cima andar numa floresta à noite, sexta-feira treze e lua-cheia...

— A lua nem está aparecendo! —respondeu Bruna, rindo um pouco tensa.

— Eu sei, mas mesmo assim é estranho. Me lembra aquele filme Lobisomem, onde o cara se transforma e arranca as tripas das pessoas. Ou A Bruxa de Blair.

Dessa vez Bruna riu de verdade.
— Você assiste filmes demais.Acho que está viajando!

Guilherme a olhou de esguelha.
— Pode admitir, você também está com medo. Eu não vou tirar sarro.

— É, estou. A Bruxa Malvada do Oeste pode vir me pegar. — disse Bruna.

— Pode deixar, eu te protejo — Guilherme respondeu rindo.

Bruna sorriu. Eles continuaram lado a lado até que o espaço entre as árvores se alargou.

— Olha só, agora dá para ver a lua — comentou Guilherme olhando para cima.

Bruna levantou a cabeça, assustada.
Ouviu-se um estrondo. Era forte o suficiente para ser um leão rugindo. Os seis pararam, em choque.

— Eu falei que não era uma boa idéia vir por aqui! — falou Vanessa. — E eu estava pensando em cobras, mas leões? Tô fora!

Daiane se irritou.
— Não seja ridícula! Leões soltos no meio de uma cidade?

O vento soprou, tão gélido que atingia a alma. As árvores, até então normais, balançaram fantasmagoricamente. Eles escutaram um barulho que parecia o de cães correndo pela reserva.

— Devem ser apenas vira-latas— arriscou Alam, entretanto era visível que havia dito isso mais para tentar se convencer.

— Tchau! Vocês podem ir no meio dos bichos selvagens sozinhos! — Vanessa, que já estava uma bêbadahistérica, deu meia volta e refez seus passos. Mauro, o rapaz com ela, seguiu a companheira enquanto os outros seguiam em frente.

Dessa vez, o barulho foi tão próximo que parecia estar ao lado deles. Passos, galhos quebrando e um estrondo como o de pedras sendo jogadas. Não, não era bem isso. Eram árvores sendodestroçadas.

Alam disparou na frente antes que qualquer um deles tivesse reação. E um grito soou, agudo e desesperado, e todos eles reconheceram imediatamente. Vanessa. Em seguida, outros juntaram-se aos dela, ambos esbaforidos e assustadores.
— Alam! — ganiu Daiane. —Alam, seu cretino! Espera!

Guilherme olhou para trás, decidido a ver o que tinha acontecido com os outros. Os gritos continuavam até que um ruído nauseante percorreu todo o espaço onde eles estavam. Pareciam panos molhados atingindo algo. E depois outro ruído — esse ele reconheceu. Era o mesmo som que escutara aos quinze anos, quando caíra de skate e quebrara a perna. Só que esse pareciam milhares de pernas sendo quebradas.

— Vanessa! — gritou ele. Olhou para trás para pedir a Bruna que não se separasse dele, mas ela já não estava lá.

Em pânico, não sabia para qual lado ir. Ele ainda podia escutar passos e rugidos e, um instante mais tarde, tudo voltou ao silêncio habitual. Ele escutou apenas um curto gemido, e o que poderia ser milhões de tecidos se rasgando. Um uivo alto e aterrorizante ecoou no silêncio temporário, e em seguida outros o acompanharam.
Aquilo era mal. Não, pior que mal, péssimo. Lobos numa reserva ambiental? Guilherme não conseguia parar de ver flashes do filme que falara antes. No entanto, ele tinha que achar Bruna. Ela estava em perigo.
Ele correu através dos galhos e dos troncos, cada vez mais rápido, sem encontrar nada. Chegou a pensar que talvez estivesse indo em círculos quando novamente ruídos de passos começaram a se aproximar, cada vez mais fortes. Ele continuava correndo. Sem pausa, sem pensar. Olhou um instante para trás e, quando se virou seu corpo estancou no lugar, rígido como uma pedaço de rocha.
Aquele monstro era a coisa mais horrível que já vira em toda a sua vida. Mais de dois metros, focinho longo e olhos como rubis. Um líquido negro à luz pálida que se derramava sobre a floresta escorria de sua boca enorme, caninos mais afiados que facas precipitando-se para frente.
Seu fôlego de morte bateu contra o rosto de Guilherme, e ele sentiu como se fosse desmaiar. A coisa, que estava sobre duas patas monstruosas, se levantou sobre as traseiras e avançou contra ele, que tentou fugir, rezando para ser rápido o suficiente.

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Algum tempo depois....

— Tem certeza que está bem? —perguntou Patrícia pela quadragésima vez.

— Estou, sério — Bruna respondeu, reservada.

Patrícia, uma das pessoas mais coração-mole de todo o universo, estava morrendo de preocupação com ela, com medo de que tivesse ficado traumatizada depois do ataque pelos cães no mês anterior, onde só sobreviveram Alam, Daiane e ela. Era Patrícia quem parecia ter sofrido com ele, porque sentia toda a pressão dos policiais do inquérito ao lado da amiga. Até recomendara um psicólogo para o caso de Bruna achar que precisava da ajuda de um profissional, embora ela afirmasse constantemente que estava ali para o que desse.

Elas caminharam até outra loja no shopping. Ideia de Patrícia, novamente. Ela achava que tinha que distrair a outra depois de tudo que havia acontecido. Elas entraram numa loja de acessórios chiques ao lado de outra de roupas.

— Já sei! Posso te comprar um presente! — disse alegremente.

Bruna suspirou, entediada. O que não daria para estar fora dali...

— Que tal esse colar? — disse ela para uma Bruna distraída demais para prestar atenção.

Patrícia foi colocar o colar no pescoço moreno dela, que afastou com a mão. E gritou.

— O que foi? — perguntou Patrícia, assustada.

— Nada — respondeu rapidamente, escondendo a ferida aberta e queimada, já enchendo de pus, feita pelo colar de prata.
sábado, 29 de outubro de 2011

[Animes e Quadrinhos] Especial Halloween


Por Taka: O terror é um dos gêneros mais comuns nos dias atuais, seja em que mídia for. Nos quadrinhos e no mangá o que não falta são boas histórias, claro que boa parte desse terror hoje em dia é mais o terror psicológico que o clássico terror com monstros, mas nem por isso eles são menos apavorantes, veja abaixo a indicação de 5 histórias de terror de animes e 5 de comix.


TOP 5 ANIMES/MANGÁS


Death Note

Um clássico atual, um dos poucos mangás que não seja de ação ou romance que dominou o mundo em menos de 3 anos, não há quem pelo menos nunca ouviu falar em Death Note ou quem já não desejou ter o caderno da morte dos shinigamis. A série ganhou 3 filmes japoneses e já foi comprada pela Warner Bros que cuidara da adaptação americana.
O terror: Mais que os deuses da morte presente na série, o maior terror dela é toda a tensão psicológica e as batalhas de mente, mesmo o espectador toma um lado, seja em L ou seja com Light em seus devaneios hitlerianos, não tem como você não ser jogado para dentro desse mar em fúria.

Sinopese: A história centra-se em Light Yagami, um estudante do ensino médio que descobre um caderno sobrenatural chamado "Death Note", no qual pode matar pessoas se os nomes forem escritos nele enquanto o portador visualizar mentalmente o rosto de alguém que quer assassinar. A partir daí Light tenta eliminar todos os criminosos e criar um mundo onde não exista o mal, mas seus planos são contrariados por , um famoso detetive particular

[Clique aqui para ver a abertura da 2a temporada]

Elfen Lied

Fenômeno no Japão e polemico nos Estados Unidos Elfen Lied aborta a descriminação, raiva e ódio da natureza humana, laços de família despedaçados e muita mutilação e sangue, parte de corpos voando para todo lado, mas ainda sim mantendo uma ótima narrativa em 13 episódios. O que você faria se a pessoa que você ama fosse quem matou sua familia?

O Terror: Para alguns são pessoas morrendo friamente, garotas perdendo partes do corpo e muito sangue, para outros é o terror psicológico a raiva e sem duvida tudo isso se encontra mostrando a natureza humana, falsidade e amor, o que é ser humano. Sem duvida uma das cenas que você mais sente o terror seja psicológico ou o banho de sangue é quando as crianças matam um filhote de cachorro.

Sinopse: Elfen Lied gira em torno das interações, ideias, emoções e discriminações entre humanos e Diclonius, uma espécie mutante parecida com os humanos na forma, mas distinguíveis por dois chifres na cabeça e pelos "Vectors", braços transparentes controlados mentalmente que têm o poder de manipular e cortar objetos dentro do alcance. A série é focada na jovem Diclonius "Lucy", que foi rejeitada pelos humanos e consequentemente alimenta uma vingança contra eles.

[Clique aqui para ver a abertura ]

Monster

O que você faria se tivesse que escolher entre salvar a vida do prefeito ou de uma garoto pobre, e se quem você salvasse se transformasse em um ditador, tirano e assasino.

O Terror: O terror psicológico é presente sempre em Kenzou Tenma, seja pela sua escolha ou pela sua culpa de ter salvado a vida de um assassino, como mudar isso, como viver sem a culpa, essa presente e viva em toda séria, uma culpa sufocante que se torna o terror vivido em presente em cada minuto da sua vida.

Sinopse: Kenzou Tenma, um cirurgião cerebral japonês na Alemanha, tem tudo isso: habilidade inacreditável em seus trabalhos, uma noiva linda e rica, e uma promissora carreira em seu hospital. Entretanto, após ficar desiludido com as políticas de seu hospital, ele decide salvar a vida de um jovem garoto que foi baleado na cabeça, a salvar a vida do prefeito da cidade já que o garoto havia chegado primeiro, contrariando o alto escalão de seu hospital.
Por conseqüência ele perde o apoio que tinha do direto do hospital, como também sua posição no hospital e sua noiva. Pouco tempo depois, o diretor do hospital e os médicos que o substituíram foram misteriosamente assassinados, e mais uma vez ele volta para o topo onde estava. Mas como o suspeito do chefe dos assassinatos, Tenma não começou uma vida fácil.
É um fato, que o garoto que Tenma salvou, era mais do que parecia ser... Agora para limpar seu nome e corrigir seus erros, Tenma deve ir ao fundo desses e de outros assassinatos, e investigar a verdade atrás do Monstro por de trás de tudo isso.

[Clique aqui para ver a abertura]


Hellsing

Você não viu vampiros desse modo, mordidas é muito pouco para Alucard que da um banho de sangue em que entrar no seu caminho.

O Terror: A pessoa enigmática e poderosa de Alucard com o sofrimento e as tentativas de suicídio de Integra e a evolução de todos os personagens em meio a isso tudo são ótimas. A animação fica devendo, mas a trilha sonora é ótima.

Sinopse: A agência Hellsing é um grupo dos guerreiros que proteje a Inglaterra e a igreja Anglicana de vampiros. Guiados por Integra Hellsing, a líder da lendária família Hellsing , a agência combate vampiros junto com Arucard, um vampiro renegado que luta pela humanidade. Arucard não é um vampiro ordinário, e também não é um amante dos humanos, ele possui seus próprios motivos para lutar ao lado dos humanos.

[Clique aqui para ver a abertura]


Jigoku Shoujo - Hell Girl

Cuidado com o que você faz, a vingança vem do modo que você menos espera.

O Terror: HellGirl abusa dos mitos e lendas japonesas, sobre o inferno sobre o terror, tudo orquestrado por uma otima trilha sonora.

Sinopse: Hell Girl (地獄少女 Jigoku Shoujo, lit. Menina do Inferno) é uma série de anime sobre uma menina, Ai Enma que concretiza pedidos de vingança feitos através do site Jigoku Tsuushin (地獄通信 correspondência do Inferno), enviando o destinatário do pedido para o inferno.

[Clique aqui para ver a abertura]



TOP 5 QUADRINHOS

Agora é a hora dos quadrinhos, afinal americano adora monstros e coisas infernais, porém nos EUA, eles sempre vem com um toque de suspense investigativo ou de jornadas.


Batman: O longo dia das Bruxas

Sinopse: Enquanto Batman, o capitão Jim Gordon e o promotor público Harvey Dent trabalham lado a lado para terminar com as atividades ilegais de Carmine Falcone, uma série de assassinatos vinculados ao mundo da máfia se desenrolam em Gotham City. O vilão misterioso, apelidado "Holiday" (feriado), está matando membros das mais importantes famílias de mafiosos vinculados aos Falcone, a cada feriado ou dia comemorativo. Nas cenas dos crimes, restam apenas um arma .22 e um bico de bebê, que atua como silenciador e também como uma "lembrança" do criminoso. As pistas válidas são poucas, e os assassinatos são cometidos por um profissional.



Preacher

Sinopse: Preacher conta a história de Jesse Custer, um ex-pastor que foi possuído por uma entidade sobrenatural que lhe confere o poder de fazer com que qualquer pessoa o obedeça. Essa entidade (chamada Gênesis) é fugitiva do Paraíso e os anjos a procuram para prendê-la novamente. Quando descobrem que ela e Jesse Custer se tornaram um só, o objetivo passa a ser matá-lo. Para isso ressuscitam um matador do século XIX, o Santo dos Assassinos e o enviam em seu encalço. O destino faz com que Jesse venha a encontrar sua ex-namorada, Tulipa e junto dela o personagem mais excêntrico da revista, o vampiro irlandês Cassidy. Ambos passam a acompanhá-lo em sua fuga tanto da polícia quanto do Santo .No fim do primeiro arco de histórias, Custer confronta um dos anjos e extrai dele as informações que lhe faltavam para compreender toda a situação, como o origem de Gênesis (o filho mestiço de um anjo e um demônio). Ao perguntar porque o próprio Deus não conserta a situação, o anjo conta que Deus teria desistido da humanidade e abandonado o Céu .A partir desse momento, Custer decide o que fazer de sua vida. Ele toma a insólita decisão de procurar por Deus em pessoa e Lhe cobrar explicações. Na busca pelo seu objetivo encontra os mais diversos obstáculos: assassinos seriais, a polícia, o próprio santo e organizações secretas como o Graal.


Hellboy

Sinopse: Nascido nas profundezas do Inferno, Hellboy (ou, como é conhecido pelo seu nome verdadeiro, Anung un Rama) é um enorme ser de aspecto diabólico, filho de um demônio com uma feiticeira. Foi descoberto pelo Professor Trevor Bruttenholm e soldados Aliados nas ruínas de uma capela nas Ilhas Britânicas em 23 de dezembro de 1944, após ter sido invocado do Inferno por uma ação conjunta de Rasputin, o monge louco e da Alemanha Nazista, que havia criado o projeto Ragnarok, com o intuito de trazer o apocalipse à terra. Hellboy, todavia, mostrar-se-ia de boa índole. Bruttenholm criou o pequeno demônio, ensinando-lhe a importância de ser humano, e treinou-o para combater as forças das trevas. Hellboy inclusive ganhou "status honorário de humano" das Nações Unidas em 1952.


HellBlazer

Sinopse: Arrogante, negligente e enganador, John Constantine é um Exorcista, ainda que use seus poderes de forma um tanto sutil, e tem vastos conhecimentos sobre ocultismo, demonologia e outros assuntos obscuros. Esse personagem foi criado por Alan Moore, como um mero figurante da revista Monstro do Pântano, mas se popularizou rapidamente. Foi criado por Moore para satisfazer o pedido dos então desenhistas da revista, Steve Bissette e John Totleben de ter um personagem fisicamente parecido com o cantor Sting nas histórias. Um ano depois de sua primeira aparição, ganhou sua própria revista, Hellblazer, escrita durante muito tempo por Jamie Delano e ilustrada por John Ridgway.



Marvel Terror

Sinopse: Marvel Terror, um especial do selo MAX, que traz contos macabros criados por nomes como Mike Carey, Greg Land, Skottie Young, entre outros. Cada edição são novos quatro contos de lobisomens, vampiros,demônios até personagens da Marvel em versão zumbi, no Brasil, cada edição custa R$:17,00. O destaque fica por conta da belíssima capa que o brasileiro Rafael Grampá (Mesmo Delivery) desenhou para uma das edições da minissérie principal.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011

[Séries] American Horror Story


Halloween!!!

Risadas estridentes ecoando por becos escuros altas horas da noite, gatos pretos cruzando nossos caminhos, cheiro desangue fresco vindo dos sanguessugas ajoelhados abocanhando sua vítima, zumbisem alto estágio de decomposição saindo de suas tumbas para nos aterrorizar....

Fantasmas a nossa volta sussurrando edesejando nossa companhia...

Eis o Halloween!!

Muuuaaaahhháááááááaáhahahahahaha(risadamaléfica)

E como nosso Blog querido está fazendo uma semana inteira posts dedicados ao halloween eu tinha que deixar minha contribuição...

Pensei muito e procurei algumas séries famosas por terror... Mas desde o dia que soube da Semana de Halloween eu escolhi American Horror Story, a novata do fall season que não só nos surpreendeu, mas nos assustou e nos deixou completamente vidrados em frente a televisão e esperando o próximo episódio. Terá sua pré estréia dia 31 no canal pago Fox aqui no Brasil!!


Bizarra. Sinistra. Tensa. Excêntrica. Acho que isso já dá uma boa dica sobre essa mais nova produção do Brian Falchucke do Ryan Murphy (Glee e Nip/Tuck). Não tenho muito o que dizer dessa série. Acredito porque eu ainda estou em choque com a originalidade e a qualidade desse seriado. É assustador, é um mistério aterrorizante e tão envolvente que quando percebemos os 50 minutos de episódio já se passaram e nós ainda estamos boquiabertos repassando todos os detalhes para poder entender tudo que acabara de ocorrer...

Você fica tão vidrado que se torna impossível dormir... Tá isso também é culpa da abertura sinistra, da trilha sonora mais que macabra e dos fantasmas e situações mega estranhas que ocorrem!! O.o

So baby, pleasehold my hand, keep silence and I´ll show you ‘American Horror Story’, thecreepiest TV show ever!!

Ben Harmon é um psiquiatra e professor universitário pacato, até que trai sua esposa, que acabara de sofrer um terrível aborto, com uma de suas alunas. Com a ameaça iminente de se separar da mulher ele convence a família a se mudar para a Califórnia. Ele, sua esposa Vivien e a filha adolescente problemática Violet se mudam para uma casa famosa por ser assombrada (Murder House). Óbvio que o casal não sabia do passado da casa, quea cada episódio parece ser ainda mais assustador.

Com a mudança o psiquiatra Bem ainda sem seu consultório passa a atender os pacientes em sua nova casa. E um de seus pacientes mais perturbados é o jovem Tate (que é super creepy).

Tate é um mistério desde sua primeira aparição. O vemos envolvido com a vizinha e a governanta (macabros mesmos) e por enquanto não sabemos muito sobre ele. Claro que quem assiste já criou centenas de teorias. Tate além de ser estranho também mostra-se doce, principalmente com Violet, o que gera problemas nas sessões como psiquiatra...

Falando de pessoas assustadoras, acredito que a mais tensa do seriado é Addy, uma jovem que tem síndrome de down e é filha da vizinha Constance (Jéssica Lange). Addy aparece sempre de forma misteriosa na casa dos Harmon e por algum motivo consegue ver e se comunicar com alguns espirítos que assombram o local. Quando ela aparece começo a sentir frios na espinha... #TENSO

Constance, a vizinha estranha e com jeito de serial killer, é aquela pessoa que é a chave do mistério... Sabe detudo que ocorreu na casa, conheceu a governanta Moira quando esta trabalhava para ela e está de certa forma envolvida nas ações de Tale. Ou seja, é detentora dos diversos segredos que envolvem o passado da casa. Bom ficar de olho aberto as atitudes dessa personagem. Ahh, e eu adorei a ver pegando um MEGA GATO!! Essa é das minhas, velhinha safadjenha, hahaha....

Moira, a empregada, é um assombro. Acho que é uma das mais sinistras personagens. Sua aparência muda para os homens e mulheres. Como as mulheres enxergam a verdadeira forma de uma pessoa, Moira aparece para elas como uma senhora feia e de olho esbranquiçado, mas para os homens ela aparece como uma jovem e sedutora faxineira (que ela já foi um dia). O que dá ao seriado aquela tensão sexual ao se oferecer para o Dr Ben.

Como disse antes... Eu não devo conseguir me expressar tão bem hoje e por isso peço desculpas... Mas o choque quando vemos a série é tão grande!! É impossível de descrever o turbilhão de emoções que sentimos. Um thriller espetacular. Sem dúvida a melhor série do gênero.

Você deve estar se perguntando ‘poxa ela falou que gostou, e comentou sobre alguns personagens, mas cadê o cara de roupa de borracha, aquele que aparece nas promos??’...

Ele é um mistério. O mistério!! Aquele ser estranho para mim é tudo. É o próprio mal. É a própria série. E a cada episódio que se passa percebemos a importância dele (mesmo ele não aparecendo)!!! E ficamos divagando por horas querendo encaixá-lo na história...

Depois do 4° episódio (Especial halloween pt1) eu bolei uma teoria sobre ele...Óbvio que não irei contar... Vocês terão que assistir e tentar descobrir por sisó... #SouMá


Espero que todos tenham gostado da indicação dessa sexta especial!!! Que todos se assustem muito com essa série...Que muitos viciem nessa maravilha de produção... Que todos confiram esse thriller magnífico...

Veja os trailers abaixo legendados edigam o que acharam dessa novata aterrorizante!!!

Conselhinho:: Assista acompanhada e com as luzes acesas o primeiro episódio.. Que, na minha opinião, foi o mais sinistro!! *_*

Happy halloween folks!!! Don´t forget the "Trick or treat" =)






 
Ana Liberato