quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Retrospectiva Dear Book 2016 – Grupo Editorial Companhia das Letras (Parte 2)


Se você está procurando por um livro e não sabe bem qual adequar ao momento – ou mesmo está em dúvida sobre levar ou não um livro a mais no carrinho de compras numa promo, vamos destacar neste post livros e trechos de resenhas da nossa equipe, de 2016. Esperamos que isso ajude nossos caros leitores na hora da compra ;) Acompanhem as retrospectivas!

Obs: nem todos os livros são lançamentos de 2016.


EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS

Selos: Seguinte, Paralela, Alfaguara, Boa Companhia, Companhia de Bolso, Companhia de Mesa, Companhia das Letrinhas, Quadrinhos da Companhia, Penguin, Objetiva, Suma de Letras, ClaroEnigma, Fontanar, Breve Companhia, Foglio, Panelinha, Ponto de Leitura.
 A cidade murada
Ryan Graudin
Resenha completa aqui

Tive alguns problemas na leitura desse livro. Comecei e não me conquistou, passou um tempo e fui ler de novo de onde tinha parado e o resultado foi confusão total. Comecei o livro todo de novo e depois de terminar consegui entender o motivo de toda minha confusão no começo da leitura. É IMPOSSÍVEL distinguir os personagens apenas pela narrativa. Várias vezes precisei voltar no começo do capítulo, onde o personagem narrador é identificado, pra saber quem estava falando. Não sei se foi problema de tradução, ou se a autora pecou mesmo na hora de moldar a personalidade de cada personagem de modo a transmitir com clareza a individualidade de cada um para o leitor. [...] Tirando os contratempos que tive com a leitura, a história é bem conduzida e tem um final aceitável.


Gigantes – cinco amigos, uma história
Pedro Henrique Neschling
Resenha completa aqui

Os cinco são a representação dessa geração que está passando dos 30 ou 40 e ainda vivem se atropelando nas fases naturais da vida. É, por certo, um livro que coloca em pauta a nostalgia e aquele bom e velho sorrisinho de olhar para trás e pensar “eu vivi isso”. [...] O narrador bem conhece a galera e se preocupa mais em demonstrar quem eles são a construir uma trama complexa – logo, vemos relatos, reflexões e pouca ação, numa vibe meio contador de histórias, com cenas delicadas e sentimentalismos. Vê-se muito também daquela velha máxima de sexo, drogas e rock n’roll, além de pinceladas de roteiro e dramaturgia, imagino.
[...] Vale a leitura – o traço existencial te faz pensar nessa louca viagem que é a vida e no rumo que temos trilhado. Interessados na essência do meio artístico de roteiros, produção, peça publicitária, dramaturgia e semelhantes podem vir a se agradar também.
Enfim, Gigantes é para quem procura ir além numa leitura: além do conhecido, além do que é contado e além de meras histórias que vemos estampadas em crônicas no cotidiano. É sobre conhecer a vida de outrem que já fez parte da nossa e que sempre deixa um pedacinho cá conosco, que pode nos instigar (e querer voltar no tempo) a qualquer momento da vida.


Star Wars – O império contra-ataca: Então você quer ser um Jedi?
Adam Gidwitz
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Dentre os três livros, esse é o mais infantil (só lembrando que essa trilogia é para o público mais jovem mesmo, infanto-juvenil), mas isso vai depender muito dos olhos que o lêem. As crianças podem se divertir muito com as atividades propostas e os mais velhos podem usar essa leitura para pensar como foi difícil para Luke e como podem levar isso para sua vida (eitaa, agora virou auto-ajuda). Essa linguagem mais infantil é característica marcada de Adam, até porque ele é autor de contos infantis.
Brincadeiras à parte, esse livro é realmente bom e na minha opinião agrega e muito para o Universo Star Wars. E eu já falei das ilustrações? Mais uma vez Joe e Ralph que surpreenderam tanto com as ilustrações coloridas entre uma parte e outra e as preto-e-branco do miolo. Uma verdadeira obra de arte do mundo nerd.
P.S.: Há uma cena clássica que os fãs irão à loucura.


Sejamos todos feministas
Chimamanda Ngozi Adichie
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TEM EBOOK GRATUITO NA AMAZON

Acho que podemos resumir esse livro em “minutinhos de uma LEITURA NECESSÁRIA”. É incrível como às vezes estamos tão envolvidos em conhecer mais do feminismo e entendermos suas verdades e, por outro lado, muita gente não sabe nem pra onde vai, o que é, do que realmente se trata. Assim Chimamanda te chama pra conversar sobre o movimento e por que todos devemos ser feministas – independente de sermos homens ou mulheres. [...] A edição é curtinha e é uma adaptação de um discurso feito pela autora numa conferência do TEDxEuston (uma iniciativa destinada à disseminação de ideias). Você pode assistir a palestra no youtube, inclusive. O conteúdo é altamente esclarecedor.


Star Wars – O retorno de Jedi: Cuidado com o lado sombrio da força
Tom Angleberger
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Apesar do público-alvo ser os mais jovens, o tom dessa parte da trilogia é muito mais séria e sombria, mantendo o respeito para com os fãs e público. Esse foi o melhor, seja porque a história é mais densa ou porque Tom Angleberger escreve muito bom. Ele adicionou cenas e partes novas que não interferem na mitologia original.
As páginas são repletas de notas de rodapé que trazem muitas curiosidades que apenas enriquecem todo esse universo idealizado por George Lucas. Tudo isso que é apresentado é como sal nas receitas, serve para intensificar ainda mais os sabores.
Para mim, a trilogia completa cumpriu exatamente o papel a que se propôs: apresentar a trilogia clássica para as novas gerações e reavivar o espírito Jedi nos corações de seus amados fãs.

 Só por hoje e para sempre
Renato Russo
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A desenvoltura e coesão da escrita de Renato, mesmos quando narra alguns dos momentos mais difíceis de sua vida por consequência de seus vícios, deixam claro o porquê do músico ser tão celebrado até hoje por suas composições. [...] O livro é difícil por ser uma leitura muito forte e em alguns momentos perturbador. Renato era uma pessoa de alma extremamente sensível, que foi dominado por sua dependência química e quase o chegou ao fundo do poço. E ele não faz questão de esconder isso no seu texto. [...] O livro é uma viagem a mente genial de Renato e em determinado momento me serviu quase como auto ajuda. A honestidade nas autoanálises do músico muitas vezes tem a capacidade de nos fazer refletir sobre as nossas formas de encarar a vida.


A sala dos répteis – série Desventuras em série vol.2
Lemony Snicket
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Eu particularmente sou apaixonada por esse conto, a forma que é descrita, cada mistério que é revelado, com Snicket teve uma ideia brilhante ao escrever esta série. [...] E sem falar das ilustrações maravilhosas, o que deixa o livro mais belo, você consegue imaginar onde se passa cada capítulo, por isso que sou apaixonada pelos livros.
Este é um livro que não adianta ser falada, só lendo para entender, sentir a história em suas mãos.


Nova ordem – série Mundo Novo vol. 2
Chris Weitz
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Neste segundo volume continuaremos tendo uma narração de duas vozes, Jefferson e Donna, mas com uma modificação: outras vozes virão se juntar a desses dois! O que foi um movimento legal, pois, quando a história é narrada pelo ponto de vista de um personagem em específico, fica mais fácil compreendê-lo, bem como suas motivações.
A busca pela cura já não é mais o que motiva o grupo, mas uma corrida por estabelecer um novo regime, e evitar que algumas situações antigas voltem a acontecer. O livro todo tem uma conotação mais política, falando muito a respeito de formas de governo, certo e errado, bem e mal. Eu gostei muito e estou ansiosa pela continuação.

Before – a história de Hardin antes de Tessa (After vol.6)
Anna Todd
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Hardin contará sua história em seu ponto de vista e de outras pessoas que passaram e fizeram efeito sobre sua vida, até chegar à grande felicidade de HESSA. [...] A história tem toda sua complexidade de falar sobre o amor, desavenças e confiança. [...] fala de como o amor pode ser – e é – complicado, a questão de confiança, a amizade, parceria, e as desavenças. Um casal real, com uma história que muitos vão se identificar, o primeiro amor, o autoconhecimento, sonhos, o futuro, tudo o que a vida nos proporciona.


Espada de vidro – série A rainha vermelha vol.2
Victoria Aveyard
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O livro começa tão eletrizante, sangrento e sufocante quanto termina o primeiro. Poucas conquistas, muitas perdas, muito sangue - vermelho e prateado - e muita mas muita dor é o que você encontrará neste segundo volume da distopia criada por Victoria Aveyard. A história não é só densa, mas em alguns momentos sufocante. A angústia que sentia em algumas passagens era algo que nenhum livro e nenhuma leitura vinha causando em mim há muito tempo. Além de ansiosíssima pela continuação, depois de um final arrebatador.

O pescoço da girafa
Judith Schalansky
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A leitura de O pescoço da Girafa é interessante pela empatia – à Inge e às pessoas ao seu redor – mas também pela crítica social e escolar. [...] Judith criou um recorte social com uma delicadeza incrível. [...] A sacada do livro – corroborada pela capa linda – puxa das entrelinhas e da nossa sensibilidade para compreender a interação social ali desenhada. Vale a nota para observar os cabeços das páginas que trazem, assim como as imagens surpresas nas páginas, mais pistas para a leitura.
Recomendo, porém, com ressalvas, pelo estilo incomum. Apesar de uma leitura rápida, a maneira como os elementos literários aqui se encaixam pode ser um desafio para alguns leitores, pois há muita sugestão no ar, como um filme silencioso. Indico a quem curte o lance do fluxo de pensamento, ler comportamentos, críticas sensíveis, altas descrições, o embate ciência biológica vs ciências sociais. É por certo um livro que fica na cabeça para ser digerido por semanas.


Não me esqueça – série Garota <3 Garoto vol. 1.5
Ali Cronin
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TEM EBOOK GRATUITO NA AMAZON

Esse conto é uma ode à amizade desse grupo tão diferente, porém tão interligado. Iremos descobrir como se conheceram, um pouco mais da personalidade de cada um entre outros detalhes que só têm a contribuir para o enredo da série. Leitura fluida, como é característica de toda a série, rápida e de graça no site da Amazon.



Fração de segundo – série Encruzilhada vol.2
Kasie West
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Kasie West sabe ser romântica sem ser piegas; ela sabe abordar temas adolescentes sem se limitar; sabe entrar em uma categoria literária sem cair na mesmice; sabe prender o leitor sem cansá-lo; e, sim, meus caros, a mulher sabe, como ninguém, descrever uma cena tão bem, que parece que estamos vendo um filme. [...] Se em seu debut Kasie West já mostrou a que veio, dando show de talento e mostrando que um YA pode – e deve – ser muito bem escrito, na sequência de sua duologia o leitor não ficará decepcionado. Tem uma trama eletrizante, convincente e bem fundamentada; tem romance, amor impossível e todas essas baboseiras que a gente ama; tem muita cultura nerd, conspirações e desfecho nota dez. Fração de Segundo, bem como Encruzilhada, é livro para ser lido de uma tacada só. É simplesmente impossível não ler tudo de uma vez (aqui o bagulho é frenético J)


A mão esquerda de Deus
Paul Hoffman
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Apesar de achar a escrita de Paul Hoffman um pouco truncada e imatura em alguns momentos, a trama foi bem desenvolvida, fazendo com que o leitor se prenda na história para descobrir o desenrolar dos acontecimentos.
Como nesse primeiro volume fiquei com muito mais dúvidas do que certezas, e surgiram inúmeros questionamentos, mas quase nenhuma resposta, terei que ler o segundo volume da trilogia para poder ter uma ideia de como me sinto em relação aos livros. Mas até aqui, com certeza recomendo!


A guerra dos mundos
H.G. Wells
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O que chama a atenção na obra de Wells é a ingenuidade com que os seres humanos lidam com a ameaça alienígena - ou seja, como se ele assim não o fosse. Muitas vezes eles são descritos como seres "rastejantes", ou a iminência de sua chegada aos vilarejos é vista com chacota ou como um acontecimento comum e passageiro. Só pelo meio do livro é que as pessoas começam a se dar conta da gravidade da situação e de que o poderio humano é milhares de vezes inferior ao alienígena.
Esse discurso pode parecer pouco atraente aos leitores desta nova geração. Afinal, para quem assistiu nas telonas ao “Guerra dos Mundos” com Tom Cruise e Dakota, e cresceu à sombra de “Independence Day”, o discurso humano do livro de Wells chega a ser engraçado de tão absurdo. [...] Recomendo muito a leitura desde que seja feita por esta ótica: histórica, tentando entender o sujeito inserido em seu tempo particular, com sua visão estreita de mundo promovida pela tecnologia disponível à época.

Não me abandone jamais
Kazuo Ishiguro
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Prepare-se para ter muitos questionamentos durante a leitura, e isso é extremamente bom. Afinal, a leitura é para isso mesmo, nos tirar do lugar comum e nos levar um andar acima sempre. Kazuo é um autor que tem me surpreendido nisso, ele não se preocupa em fazer uma história magnífica cheia de reviravoltas e surpresas a cada página. A narrativa é leve, as vezes fica tensa, é simples porém complexa, eu diria que é como a vida, nunca saberemos o que tem ali logo virando a esquina.
Livro cativante, sem mais.
P.S.: Assistam o filme baseado, outra obra de arte.


A caderneta vermelha
Antoine Laurain
Resenha completa aqui

À distância você também deve imaginar que esse livro parece simples demais, certo? Pois é, não só parece como é. O mistério, aliás, é entregue praticamente no primeiro capítulo. Como os capítulos são bem curtos, a leitura se dá bem rápida. Tanto os clichês como estereótipos seguem seu caminho natural, sem muitas surpresas, sem muita novidade. [...] A Caderneta Vermelha é um livro bem razoável e até ingênuo. A escrita é fluída, não é de todo forçada, mas segue muito a vibe dos “meios para um fim”. Ao ver que o autor é mais ligado ao cinema, roteirista e diretor, posso entender um pouco de suas escolhas.
Sendo uma leitura de “uma tacada só”, não é uma história para se apegar. Mas se é açúcar o que você procura, senão algo pra destravar uma ressaca literária e passar um tempinho, vá em frente.


Ainda estou aqui
Marcelo Rubens Paiva
Resenha completa aqui

Eu poderia dizer que este livro é uma biografia de Eunice Paiva, mãe do escritor e brilhante advogada vítima da ditadura militar que assolou o Brasil nos anos 60 – e perdurou por aí até boa parte da década de 80. Contudo, julgo que não seria inteiramente honesta se assim o fizesse. É muito mais que isso, pois, com o fim de contar a história de sua mãe, Marcelo Rubens Paiva entranha em sua própria história, na de seu pai e, sobretudo, no lapso histórico que tanto marcou o destino da família Paiva; traçando uma profunda reflexão sobre memória, força e resiliência.
[...] Com uma narrativa bastante envolvente, Ainda estou aqui é muito mais do que um mero livro literário escrito com o objetivo único de entreter o leitor, pois é extremamente rico também do ponto de vista informativo. Para quem se interessa por História, então, nem se fala. Não deixe de conferir esta obra prima da Literatura Brasileira.

Tá todo mundo mal
Jout Jout
Resenha (com participação) completa aqui

[...] muitos de nós não só esconde dos outros as angústias, como de si, por conta de preconceito e incompreensão. Assim, Jout Jout entra nesse cenário nos chamando pra sentar e ter uma conversa aberta, sincera e bem humorada. Em Tá Todo Mundo Mal, vocês encontrarão um livro que tem a marca da sua escritora: diversão, coloquialidade e reflexão. Ler este livro foi praticamente ouvir a voz da Jout Jout da primeira à última página.
[...] Nele você entende que não importa quantas crises você já teve ou terá (e é possível que tenha um redemoinho delas após a leitura – por estarem de repente tão claras), as bads estão aí para serem sentidas e repensadas, e delas podemos tirar preciosas lições, basta que estejamos abertas a estas.
Sendo assim, se você está interessado em um livro de leitura fácil, rápida e fluida, ou quer uma literatura que te trará uma reflexão interessante sem ser exatamente este o objetivo, Tá Todo Mundo Mal é um livro para se ler de uma “sentada” só e você vai adorar.


A vida invisível de Euridice Gusmão
Martha Batalha
Resenha completa aqui

A vida invisível de Euridice Gusmão não trata apenas de Euridice, e sim, de diferentes mulheres de uma época não muito distante da nossa e que sequer pensariam em ter voz para as suas vontades. Queria dizer que ainda temos muito o que fazer e ainda podemos fazer muito, mesmo com pequenos pedacinhos feministas e que podem ser.



Os príncipes encantados também viram sapos
Megan Maxwell
Resenha completa aqui

Fato é que não seria honesto dizer que Os príncipes encantados também viram sapos é um livro ruim - porque não é. E também não seria justo com as pessoas que nunca leram Megan Maxwell afirmar algo neste sentido. [...] Os príncipes encantados também viram sapos é um livro que aborda, essencialmente, o perdão, as segundas chances, a sobrevivência do amor e o crescimento de uma família a partir dos percalços da vida.


A ascensão das trevas – série A queda dos reinos vol.3
Morgan Rhodes
Resenha completa aqui

Em “A Ascensão das Trevas” vemos uma frenética caça ao “tesouro” das tétrades, a chegada de novos personagens de fora de Mítica, alianças improváveis, amores impossíveis, reviravoltas sem fim. Pessoas a beira da morte praticamente ressuscitadas, pessoas que num parágrafo estavam ali e em outro tinham sido simplesmente varridas para fora da trama de Rhodes. Confesso que fiquei impressionada e looouuuucaaaa pela continuação.



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Ana Liberato