quinta-feira, 30 de agosto de 2012

[Gastronomia e Literatura] Mary Shelley

Bom Dia Pessoas,

Há exatamente 215 anos nascia um dos grandes nomes da literatura britânica.

Mary Shelley era filha de Mary Wollstonecraft, considerada uma das primeiras feministas e que, infelizmente, morreu dez dias após o nascimento da filha. Ela ficou conhecida pela publicação das obras “A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)” e “Os Erros da Mulher”. O pai de Mary Shelley, William Godwin, era jornalista, escritor e teórico anarquista, considerado o precursor da filosofia libertária. Publicou a obra “Uma Investigação Concernente à Justiça Política” (1793) que o tornou famoso e mais algumas obras dentre as quais destacamos “As Coisas Como São” e “As Aventuras de Caleb Williams” (1794).

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Resenha: “Manual do Novato 101” (P.C. Cast e Kim Doner)

Por Juny: Se você, assim como eu, curte a série “House of Night”, o livro “O Manual do Novato” é uma leitura complementar cheia de informações sobre essa série que divide tanto opiniões.

O livro é de fato um manual para os alunos da Morada da Noite, além dos capítulos com informações, tem espaços para anotações e algumas questões para serem respondidas pelo aluno.

As lindas ilustrações feitas por Kim Doner dão um charme a mais ao livro. Há uma introdução onde a autora explica os emblemas de cada classe, dos filhos das trevas e dos professores. Os capítulos do livro são:

“Biologia vampírica” onde é explicado os sintomas iniciais e permanentes, e como a pessoa é marcada. Também há explicações sobre “Carimbagem” e “O laço do guerreiro”.

Em “Rituais” há desde o mais simples que é o executado pelas Filhas das Trevas, até os mais complexos de cada elemento, feitos pelas grandes sacerdotisas.

Em relação a “Elementologia do povo da noite” P. C. Cast fala um pouco sobre cada um dos elementos (Ar, Água, Fogo, Terra e Espírito).

Em “Breve introdução à história dos vampiros”, o capítulo mais interessante, conhecemos a origem dos vampiros nessa série, há a mistura de figuras lendárias como Lilith com personagens inventadas pela autora, que tiveram destaque em vários momentos da história.
“Foi então que uma peluciar Grande Sacerdotisa Vampira, chamada Lilith, surgiu da fértil região conhecida como Mesopotâmia. Lilith foi agraciada por Nyx com dádivas consideráveis, afinidade com o espírito, além do dom de profetizar o desenlace da vida de qualquer vampiro”
Por fim, em “Palavras de esperança de colegas novatos”, há citações de “vampiros famosos” como Willian Shakespeare e o filósofo Cícero, por exemplo. Essa parte eu achei um pouco sem noção.
“Que esta verdade seja tornada ainda mais pura pelo medo e pela dor, e mesmo assim, se possível fosse, eu gritaria: ‘Dama Negra! Marque-me outra vez... outra vez...” (Shakespeare)
O livro só será apreciado por quem realmente gosta da série, é bem didático e explica detalhes desse mundo criado por P. C. Cast que acabam sendo abordados de forma superficial nos livros.

domingo, 26 de agosto de 2012

Resultado das promoções de Agosto!

Confira aqui o resultado das seguintes promoções:

- Promoção de Aniversário do Dear Book - Número 1
- Promoção "Férias Fantásticas"
- Promoção de Aniversário do Dear Book - Número 2
- Promoção de Aniversário do Dear Book - Especial Nicholas Sparks
- Promoção "Férias Sobrenaturais"
- Promoção de Aniversário do Dear Book - Especial Carlos Ruiz Záfon

Resenha: "O Dia da Caça" (James Patterson)

Por Sheila: Neste livro acompanharemos Alex Cross, um detetive que é também psiquiatra, numa caçada implacável, que o levará até lugares onde nunca pensou em ir e ver coisas que nunca imaginou serem possíveis - muitas delas brutais.

Tudo começa quando é chamado para ajudar na investigação de um caso de assassinato de toda uma família e é atingido por uma cena impactante: muito sangue, vandalismo, violência desnecessária e um comportamento totalmente sem escrúpulos por parte dos assassinos, que deixam suas impressões digitais por toda parte e parecem não temer a justiça.

Inicialmente, o detetive Alex Cross só consegue ficar confuso e assombrado com uma cena de crime tão sem sentido. No entanto, é a visão de Ellie Cox, uma ex-namorada da época em que cursavam a universidade, que faz seu sangue realmente ferver: ela é a mãe e esposa desta família assassinada, o que o faz se remeter à morte de sua esposa, muitos anos atrás, nunca solucionada, e uma grande nódoa em sua carreira e vida pessoal.
Circulei lentamente os corpos mutilados, circundando as poças de sangue, procurando pisar nas partes secas do assoalho sempre que possível. As incisões não pareciam seguir nenhum padrão, e, pensando bem, os assassinatos também não.
A garganta do garoto estava cortada. O pai tinha uma bala na testa. E a cabeça da mãe estava virada em um ângulo estranho, como se o pescoço tivesse sido quebrado. (...)
Inclinei-me para analisá-la mais de perto e de repente fiquei tonto. Minhas pernas fraquejaram. Eu não podia acreditar no que estava vendo ... Eu a conhecia.
Mas este infelizmente não é um incidente isolado. Outros assassínios com a mesma assinatura - violência gratuita e desmedida, uso de força desnecessária, carnificina - o fazem ir atrás de uma pista que o fará deslocar-se até a África, para onde o criminoso que parece estar por trás destes crimes bárbaros, chamado Tiger, parece ter ido.
Tiger era um enigma em todos os sentidos, um mistério que ninguém nunca havia solucionado. Na verdade, não havia tigres na África e foi por isso que ele ganhou o apelido. Era incomparável, único, superior a todos os outros animais, sobretudo os humanos.
Antes de ir estudar na Inglaterra, Tiger passara alguns anos na França, onde aprendera francês e inglês. Tinha facilidade com idiomas, e conseguia se lembrar de quase tudo que aprendia ou lia. Durante seu primeiro verão na França, vendeu pássaros de brinquedo para as crianças na frente do palácio de Versalhes. Ali, aprendeu uma lição valiosa: odiar o homem branco e, em especial, as famílias brancas.
Começa então uma caçada arriscada, onde o detetive terá de se deparar com um país prestes a entrar em uma guerra civil, onde as leis parecem serem ditadas da forma mais arbitrária possível, e nem todos são aqueles que dizem ser. Mais do que atrás de um assassino, Alex Cross se depara com a existência de uma conspiração silenciosa, para a qual parece não haver aliados com quem contar - todos são suspeitos até que se prove o contrário.

O texto do livro é ágil, com capítulos curtos e uma narrativa rápida - parece que muita coisa acontece num curto intervalo de tempo, o que tem seu lado positivo e negativo, ao menos do meu ponto de vista. A parte positiva é que não há tempo para sentir tédio lendo o livro de James Patterson; ele dá tantas guinadas e acontecem tantas coisas que as vezes é até difícil acompanhar cada uma das mudanças de cenário.

Já a negativa, é que não há tempo para aprofundar as histórias ou personagens. O personagem principal, Alex Cross, é personagem recorrente do autor, e tem a ele dedicada toda uma série de livros, talvez o motivo pelo qual não se explora mais de sua personalidade. Fora que fiquei com a mesma impressão que tive em uma outra leitura deste mesmo autor: o suspense foi bom, manteve a atenção às páginas, mas o final foi tão resumido e condensado e exposto de uma maneira tão "pronta" que me desapontou um pouco.

Além disso, é preciso estar preparado para a descrição de cenas impactantes, com bastante sangue, contusões, estupros, torturas, e outros crimes bárbaros assemelhados. Enfim, um bom suspense, que envolve o leitor em sua trama, mas que não entra para a minha lista de favoritos.

sábado, 25 de agosto de 2012

[Quadrinhos]: Juiz Dredd



Está chegando aos cinemas o último filme de herói do ano, Juiz Dredd, o juiz mais famoso dos quadrinhos, mas que por aqui ainda é mais popular pelo filme de 1995 estralado por Stallone.
Diferente da maioria dos quadrinhos pop ele foi criado no Reino Unido em 1997 na revista 2000 A.D (que é lançada até hoje) e aqui no Brasil pela EBAL no longínquo ano de 1979.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Happy Hour #21 - Estantes

Oi gente!!! Como vão vocês hoje?! Nossa, eu estou morta de tanto estudar, viu. O vestibular é muito insano!! =/ Mas não estamos aqui para falar de disso, mas sim de algo bem mais bacana! Antes de começar, de fato, gostaria de agradecer a todos pelo sucesso que foi nosso Especial Olimpíadas de Londres e também pelo carinho na Happy Hour #20. Vocês são ótimos!! *-*

Bem, a inspiração para o tema veio quando eu estava escrevendo um post para o meu blog, o Outbreaking Minds, pois temos uma seção "Arquitetura e Design" e eu pensei em juntá-la aos livros (grande paixão) e conclui que nada seria mais perfeito do que falar de estantes. Sim, ESTANTES. De todos os modos: ecologicamente corretas, vintage, reaproveitadas, modernas, ousadas, etc etc... Tem para todos os gostos. E o post realmente foi para o ar, mas eu logo pensei, e comentei até que ele é a cara da Happy Hour. Vamos conferir?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

[Gastronomia e Literatura] Siri - Capítulo Três

Essa mensagem faz parte de uma série de postagens, capítulo a capítulo, com receitas inspiradas no enredo do livro "Siri" (Rachel Cohn). Para ver as receitas anteriores clique aqui

Bom Dia Pessoas,

Estamos de volta com mais um capítulo da aventura da nossa querida Cyd Charisse, e agora ela tem uma amiga, Helen.

E parece que essa decendente de chineses, que por acaso têm um restaurante, vai trazer de volta a Pequena Rebelde. Isso é a promesa de grandes confusões...

Aieeeeeeeeeeeeeeeeeee! Tem comida chinesa hoje, Bifum.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Resenha: "Carte Blanche - O Novo Romance de James Bond" (Jeffery Deaver)

Por Sheila: Chega ao Brasil um lançamento muito esperado pelos fãs do famoso 007: Carte Blanche, de Jeffery Deaver (autor de “O Colecionador de Ossos” que virou filme em 1999, com Denzel Washington como protagonista) que tem no espião mais conhecido das telinhas o personagem principal.

Na trama, James Bond trabalha numa sub-organização do MI6 – o que para quem não sabe, e segundo a Wikipédia, é o “serviço britânico de informações (ou de inteligência) encarregado de dirigir as atividades de espionagem britânicas. As atividades do MI6 são conduzidas, em princípio, no exterior, ao contrário do MI5, cuja ação é principalmente interna”. James faz parte da já aclamada Seção 00, e continua respondendo ao Sr Mile ou “M” por suas ações. Mas com tecnologia do século XXI, claro.
A seção 0 ocupava quase todo o quarto andar.
Era uma grande área aberta, cercada pelos escritórios dos agentes. No centro, havia terminais de trabalho para assistentes e outros funcionários de apoio. Poderia ser o departamento de vendas de um grande supermercado, se não fosse pelo fato de que cada porta de escritório tivesse escâner de íris e fechadura com teclado. Havia muitos computadores de tela plana no centro, mas nenhum daqueles monitores gigantes que pareciam obrigatórios em organizações de espionagem da TV e do cinema.
Tudo começa quando o serviço britânico tem em mãos informação a respeito de um suposto ataque envolvendo centenas de mortes o que, se começa sendo uma caçada internacional, torna-se uma corrida em solo britânico, envolvendo cidadãos nacionais – o que foge à jurisdição de Bond, com total liberdade de movimentos quando seu trabalho é internacional e passa a ter de responder a outro agente do MI5, recebendo Carte Grise (Carta Cinza).

Aliás, é justamente deste fato que surge o nome da estória - Carte Blanche ou Carta Branca, que é do que James Bond se vê privado, tendo de responder por suas ações a Osborne-Smith, vice-diretor sênior de Operações de Campo que acabará por se transformar num sério estorvo à caçada que James Bond pretende realizar sozinho - com ou sem Carta Branca às suas ações.

Como "vilão" temos Severan Hydt, que segue a mesma linha da cadeia cinematográfica: um sujeito obscuro, com um passado que vai se revelando aos poucos, que fez fortuna saindo praticamente do nada e a usa para realizar seus intentos mais esquisitos e mórbidos. No presente caso, temos um dono de uma empresa relacionada a reciclagem com uma forte tendência à necrofilia.
Sozinho agora, Hydt agachou-se ao lado do corpo.
A descoberta de cadáveres ali acontecia com relativa frequência.
Hydt nunca dava parte das mortes. A´presença da polícia era a última coisa que ele desejava.
Além disso, por que abriria mão de um tesouro como aquele?
Ele chegou mais perto do corpo, os joelhos comprimindo o que havia sobrado do jeans da mulher. O cheiro de podre -penetrante, como o de papelão molhado - seria desagradável para a maioria das pessoas. Entretanto, o lixo fazia parte da profissão de toda a vida de Hydt, e este lhe era tão indiferente quanto o odor de graxa para um mecânico de oficina ou o cheiro de sangue e víceras para o trabalhador de um abatedouro.
Nesta junção entre o antigo e o novo, algumas coisas se mantém iguais, outras são aprimoradas: vamos encontrar no livro de Jeffery Deaver Mary Goodnight, a secretária de Bond, Monneypenny e até May, a empregada. As armas e carros, no entanto, não seguem o clássico e são modernizadas.

Levando em consideração apenas o romance em si, teremos muita ação, diálogos inteligentes e sentenças muito bem escritas. Ação, aventura e um final realmente de tirar o fôlego, aos fãs e não fãs de James Bond vale a pena conferir. Recomendo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Filme: "Sombras da Noite"

Hoje vou falar sobre mais um filme da parceria entre o diretor Tim Burton e o ator Johnny Depp (*-*)

“Sombras da Noite” (Dark Shadows, em inglês) conta a história de Barnabas Collins, transformado em Vampiro em 1752 por uma bruxa que era apaixonada por ele e como não era correspondida, lançou essa magia.


Mas, como se não bastasse, ele acabou sendo enterrado vivo por mais de 200 anos e acidentalmente é liberado em uma noite. 
Então, imaginem: um homem com costumes extremamente diferentes dos da atualidade, volta, de repente á sua antiga mansão que hoje é habitada por parentes distantes e que, se um dia essa casa já foi símbolo de riqueza, hoje está completamente falida, assim como o negócio da família Collins.

Barnabas terá uma missão: reconstruir toda a família e os negócios que foram destruídos por Angelique, a bruxa que o transformou em vampiro.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012

[Minhas Palavras] "Reformas" (Sheila Schildt)


A coluna "Minhas Palavras" apresenta textos originais, de diversos temas, produzidos pela equipe do Dear Book.
"Reformas"

Por: Sheila Schildt, Psicóloga Clínica e Resenhista do blog.


Créditos da imagem aqui
Para que as pessoas mudem, é necessário que elas assim o queiram; para que compreendam, é preciso que estejam preparadas para isso. Nenhuma flor desabrocha antes do tempo, por que sabe que o tempo certo é aquele em que seu botão estiver pronto a abrir-se, e não há nada no mundo mais sábio e perfeito que a natureza.

Querer forçar uma compreensão é o mesmo que tentar - em vão! - ensinar cálculos matemáticos complexos a uma criança pré-escolar. Além de infrutífero, será uma agressão por parte daquele que sabe, e soube em seu próprio tempo, sem conseguir respeitar o do outro.

Por mais que se diga que o advento das modernas tecnologias, aliada ao desenvolvimento do capitalismo e globalização transformou o mundo em uma grande “aldeia”, ele em nada se assemelha a uma.

As pessoas estão cada vez mais voltadas para dentro de si mesmas, entrechocando-se diariamente com milhões de desconhecidos – seus semelhantes – nas grandes metrópoles, sem os ver ou saber de suas dores ou sofrimentos, não só por que não andem estes a reparti-los, mas principalmente pela falta de ouvidos dispostos a escutá-los.

Tudo vira um produto do capital. Tudo vira moeda de troca por bens perecíveis. Até mesmo aqueles que não deveriam tornar-se bens de consumo – nós mesmos, os relacionamentos, a própria escuta especializada da psicologia – acabam por subverter-se aos ditames do consumo desenfreado, do querer sem o concurso do desejo, que se torna assim esvaziado de sentido.

O homem moderno acumula riquezas que não lhe trarão mais que novos dissabores em mantê-las e guardá-las (ou vigiá-las, constantemente, de invasões externas) por que não possui mais ideais pelos quais lutar. Se não se sabe para onde se quer ir, qualquer caminho serve – mas isso não significa que alguns não sejam muito mais difíceis e tortuosos que outros.

Tentar encontrar o desejo cindido, extraviado, fragmentado, manipulado, mercantilizado, deveria ser a missão que move aqueles que propõem conhecer e (re) visitar os recônditos de si mesmos para, ao encontrá-lo, poder soltar-se das amarras imaginárias que nós mesmos construímos para amordaçar os fantasmas que em nos habitam. Só assim (talvez) um pouco da pretensa felicidade poderá ser um dia alcançada.
sábado, 18 de agosto de 2012

Resenha: "A Carne e o Sangue" (Mary Del Priore)

Por Juny: Não é a primeira vez que eu resenho um livro baseado em fatos históricos, devido a paixão que tenho pelo tema, ano passado li o livro “Boa Ventura – A Corrida do ouro no Brasil”.

Quando surgiu a oportunidade de ler esse livro no Kindle não resisti. Muito pouco se ensina nas escolas sobre essa parte da história de nosso país, o período da chegada da família real portuguesa, a independência e o império.

O título “A Carne e o Sangue” se justifica pelo fato que antigamente havia essa divisão no amor, principalmente entre os mais nobres. O “sangue” seria a pessoa nobre vinda de uma família de muito prestigio, num casamento arranjado com intuitos políticos, que serviria para ter os filhos legítimos e continuar a linhagem. A “carne” seria o relacionamento extraconjugal, baseado em paixão e sexo, muito comum entre reis e demais nobres na história, onde eles tinham muitas amantes ou uma “favorita”.

Mary Del Priore nos conta essa história, com base em cartas trocadas entre figuras notórias da época. O foco do livro é o triangulo amoroso: Leopoldina, D. Pedro e Domitila (A famosa “Marquesa de Santos”). O livro vai fundo nos sentimentos vividos pela trio e na repercussão do escândalo.

Conhecemos a jovem austríaca Leopoldina Habsburgo, filha de Francisco I (Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, e posteriormente somente Imperador da Áustria), ingênua, muito temente aos princípios da Igreja e cheia de sonhos, que fica cega de um amor de devoção quanto vê a foto do príncipe brasileiro (D. Pedro) que a quer em casamento, acredita que terá um futuro maravilhoso no novo mundo.

Para a jovem noiva, o príncipe era “tão lindo quanto um Adônis, [...] fronte grega, sombreada por cachos castanhos, dois lindos e brilhantes olhos negros, [...] ele todo atrai e tem a expressão eu te amo e quero te ver feliz, [...] já estou completamente apaixonada.”
D. Pedro era um jovem príncipe brasileiro, com dificuldades em “controlar seus hormônios”, que sempre teve muitas amantes e tinha em mente que a carne e o sangue eram coisas que nunca se misturavam. Ele literalmente “pegava geral”. Diziam que os pais escondiam suas filhas, pois tinham medo que o príncipe gostasse delas e eles nada pudessem fazer para salvar sua honra.

Em verdade, a província o idolatrava porque via nele um príncipe ativo, endurecido nos trabalhos, incansável, generoso, amante da liberdade brasileira e quase filho do Brasil (...)
Mais adiante conhecemos Domitila de Castro Canto e Melo, paulista divorciada, que como muitas de suas conterrâneas era uma mulher independente, com espírito empreendedor e dona de uma beleza arrebatadora. Ela conseguirá a paixão do imperador que lhe dará muito poder e a levará ao título de “Marquesa de Santos”.

Ao fazer reverência diante do futuro imperador, Domitila teria dito: “Não é a vós que eu amo, senhor, é a vossa glória”. Possuir Domitila não seria possuir um reino inteiro?
Há muito mais do que se imagina nessa história. Leopoldina é uma sofredora, que aos moldes das mulheres da época atura tudo que o marido apronta, faz vista grossa, sofre calada, o obedece acima de tudo, porque é o que a Igreja diz que se deve fazer. Isso a leva a ruína. Domitila abusa do poder que exerce sobre D. Pedro, ela literalmente manda nele, interfere em suas decisões. E acompanhamos a trajetória de D. Pedro que passa de Príncipe a Imperador, apesar dos muitos problemas políticos pelo caminho, ele triunfa. Porém suas relações amorosas arruínam sua reputação, tanto no Brasil quanto no exterior.

Nenhuma mulher se negava a D. Pedro, não só por ser príncipe mas por ser fogoso.
Confesso que não agüentei esperar até o fim do livro para descobrir o destino dessas três figuras históricas, li spoilers na wikipedia! XD ... Porém isso não afetou a continuidade da leitura, pois Mary sabe levar a narrativa de modo que não conseguimos parar de ler, queremos descobrir todos os segredos.

Enfim, é impossível não ter dó de Leopoldina, uma vítima do poder, numa época onde filhas só serviam para amarrar alianças políticas entre as cortes, sentimentos não importavam. Porém também, em muitos momentos há de se admirar a ousadia de Domitila, uma mulher que escandalizou a sociedade numa época onde era “lei” viver a sombra dos homens. E quanto a D. Pedro, há muito menos glamour em sua história do que mostram nas aulas de história, ele era tão humano e cheio de erros.

A herdeira os aconchegou e ela, apesar de queixar-se de melancolia, concluía: “Desfruto de uma perfeita felicidade, em minha perfeita solidão que eu amo infinitamente”.
Embora em alguns momentos se use da linguagem da época na narrativa ou nos trechos das cartas, a leitura flui muito bem e é extremamente interessante. Recomendo!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

[Gastronomia e Literatura] 100 anos de Julia Child

Bom Tarde Pessoas,

Se estivesse viva, Julia Child, completaria seu centésimo ano de vida ontem, mais conhecido como 15 de Agosto de 2012. Alguns devem se lembrar dessa indicação do livro Minha Vida na França ou então do post sobre o livro Julie & Julia.

E navegando pela internet encontrei uma reportagem do site Terra Brasil e resolvi compartilhar com vocês. A notícia pode ser lida na íntegra aqui.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Resenha: "O Arquiteto do Esquecimento" (Marcos Bulsara)

Por Sheila: Na introdução, somos apresentados a Doran Visich - apesar de apresentados não ser o termo mais correto. Vamos encontrá-lo em sua casa, já a uma certa altura da vida, em vias de tomar uma grande decisão para seu futuro. Quais as implicações desta decisão, o que o levou a tomá-la e, até mesmo, que tipo de decisão seria essa, não ficamos sabendo. Somos transportados primeiramente para mais de 40 anos no futuro e, em seguida ao passado.

Neste, nos é revelada a história de Doran, desde seu nascimento, sua relação com a família, de onde guarda recordações maravilhosas, e outras nem tão boas assim. Doran e a família são Judeus, e uma grande parte da história passa-se durante a segunda guerra mundial, sendo o protagonista mais um dos sobreviventes dos campos de concentração criados pelo regime alemão Nazista.

Dentre as inúmeras atrocidades às quais as pessoas foram submetidas nestes campos, a função de cobaia para experimentos científicos era uma das mais abjetas. Doran foi uma dessas cobaias, apesar de isso ficar subentendido apenas no texto, e ser melhor trabalhado na trama apenas muito mais tarde. Mas uma coisa era certa: o nazistas estavam testando a fórmula de um composto que fazia esquecer. Só que Doran se lembrou

As informações transbordavam na sua mente revirando-se desordenadas como as aguas de um rio furioso que arrastam tudo o que encontram pela frente sem se importar com seu curso. A sua vida Passava agora pela sua cabeça enquanto ele percebia o soldado a tencionar o gatilho da pistola (...) Por que ele ainda estava vivo, respirando, sentindo frio, fome, dor? ... Doran não imaginava que pudesse existir algo mais cruel e desesperador. Ao relembrar cada detalhe de sua vida, contabilizou tudo o que havia perdido. Pensou que não houvesse mais motivos para continuar lutando.
A partir de então, a estória passa a ser tão cheia de acontecimento, idas e vindas, reviravoltas, que é difícil continuar falando a respeito do livro sem criar alguns (muitos!) spoilers. Por isso me abstenho a comentar mais sobre a trama, até por que o que instiga a continuar é justamente tentar descobrir o que acontecerá com Doran Visich, qual o novo acontecimento em sua vida e onde se encaixa a droga do esquecimento nos acontecimentos por vir.

Confesso que comecei a ler este livro sem nenhuma expectativa. Na verdade, coloquei ele na frente de outros, esperando ler os "ruinzinhos" primeiro para depois passar aos livros que realmente me interessavam. Qual não foi minha surpresa ao me deparar com o conteúdo do livro e a riqueza da trama escrita por Marcos Bulsara, que vai muito além do que a sinopse poderia me fazer supor.

Apesar da frase da capa - "Que parte da vida você gostaria de apagar?" - a estória é muito mais profunda e rica em detalhes e desdobramentos que se encadeiam de forma surpreendente. E nem mesmo esta riqueza de detalhes da qual o autor lança mão deixa a leitura cansativa ou difícil. Os personagens são todos muito complexos, inclusive os secundários, e tudo é muito bem explicado, não fica nenhuma ponta solta.

Fiquei empolgada com a história do início ao fim, torci por Doran, chorei, me enterneci. Um livro que realmente merece a marca de Best Seller na parte superior da capa. E o mais importante, um livro brasileiro - de um conterrâneo meu, natural aqui de Porto Alegre/RS - o que mostra o quanto a qualidade das obras literárias de nosso país vem crescendo nos últimos anos. Recomendadíssimo.


domingo, 12 de agosto de 2012

Resenha: "Apaixonados" (Lauren Kate)

- Clique aqui para ler as resenhas dos outros livros dessa série

Por Ellen: O livro “Apaixonados” reúne quatro contos sobre os principais personagens da série “Fallen”. Apesar de ser um livro que relata romances separados, ele inicia exatamente onde “Paixão” termina. Portanto, caro leitor, se ainda não teve a oportunidade de ler a série vai parecer confuso ler este livro isoladamente. Recomendo começar imediatamente a leitura destes antes de seguir em frente. Aliás esta é uma das minhas séries prediletas... A-D-O-R-O!

As estórias ocorrem numa Inglaterra medieval nas vésperas da comemoração de São Valentim, nosso atual “Dia dos Namorados”. O primeiro conto relata um amor inesperado entre Miles e Shelby. O que torna esse amor interessante é a forma como vai surgindo, a amizade, um olhar diferente para o outro, uma inexplicável vontade de conhecer melhor o outro e se aprofundar nos seus interesses, prazeres, segredos.

“Graças à luz que brincava com o rosto dele, Miles parecia ser o melhor amigo dela e também alguém completamente diferente. Alguém, percebeu Shelby, que ela gostaria muitíssimo de conhecer”.
O tempo que os dois compartilham juntos os leva a uma curiosidade e admiração mútua que naturalmente resulta na paixão de um pelo outro. Um conto leve, singelo que transforma um companheirismo no desabrochar de um sentimento novo entre dois adolescentes.

No segundo conto, conhecemos um pouco mais sobre o misterioso Roland. Até então uma pessoa fechada, sem demonstrar muito os seus sentimentos, mas que nos revela uma estória marcante de um amor não correspondido. Nela conhecemos Rosaline, filha de um nobre poderoso, a quem Roland ama incondicionalmente. Mas apesar de todo sentimento que Roland tem por sua amada, ele sabe que sua condição de anjo caído e imortal, não se encaixa na condição de uma mortal. Isso nos leva a refletir sobre quais sacrifícios somos capazes de fazer para a felicidade de quem amamos e as conseqüências disto.
“Roland enxugou algo do rosto e ficou espantado ao descobrir ser uma lágrima. Embora já tivesse enxugado um milhão de gotículas salgadas dos rostos de outras pessoas, não conseguia recordar de um momento em que ele mesmo chorara”.
O terceiro conto nos apresenta o amor proibido da destemida, forte e centrada Ariane. Ariane e Tess são dois pólos contrários que sofrem uma irresistível, mas perigosa atração. Ambas são anjos caídos, só que de lados opostos. Tess faz parte do time de Lúcifer e o que antes se mostraria simples de conciliar nos revela que as diferenças quando são tão grandes muitas vezes se tornam difíceis de serem superadas. Quando escolhas entre bem e mal devem ser feitas cabe a ética e moral de cada indivíduo eleger qual decisão tomar. Neste contexto, também descobrimos o porquê da cicatriz que Ariane carrega.
“Quando seus lábios se encontraram todo o corpo de Ariane se acendeu com paixão frustada. Ela sorveu seu amor, sem jamais desejar se libertar daquele abraço, sabendo que quando ele terminasse... Seria o fim para elas”.
Por último e tão importante quanto os outros, temos o relato do amor eterno de Daniel e Lucinda. Vejo este conto como um “parêntesis”, uma pausa na busca de uma solução deste amor condenado a renascer a cada geração. Com a ajuda dos seus amigos, Luce consegue passar o primeiro e último Dia dos Namorados com Daniel. Neste conto, a tensão sempre presente na narrativa do romance dos dois dá lugar a esperança e reafirmação desse amor infinito.
“Às vezes o amor necessitava de uma ajuda dos anjos da guarda para poder tirar os pés do chão. Mas, tão logo batia asas pela primeira vez ensaindo voar, era preciso confiar que alçaria voo sozinho e pairaria nas mais elevadas alturas concebíveis, em direção aos céus... e além”.
Como uma leitora assídua da série, confesso que a primeira impressão que tive não foi a das melhores. A escrita deste livro na verdade parece nem pertencer a mesma autora. O enredo é mais leve, com poucas emoções e sem aquela tensão e expectativa presentes nos livros anteriores. No entanto, essa ambiguidade da autora me fez admirá-la por ter essa habilidade sutil mas ainda precisa, ao conseguir continuar o contexto sem perder a essência seguindo um ritmo cadenciado e sem grande furor.

Eu gosto de dizer que esse é um livro-bônus, onde conhecemos um pouco mais sobre personagens secundários mas ainda assim com sua importância. Confesso que sempre procuro não criar grandes expectativas quando vou ler um livro, mas se tratando de uma série que gosto isso é quase inevitável. Sendo assim, esperava encontrar alguma pista sobre o desenrolar do Luce e Daniel e já antecipo (#spoiler) que não existe. Podemos sim encontrar boas revelações e confirmar que o amor pode atingir qualquer um, seja bom ou ruim.

Eu recomendo a leitura, particularmente adorei o conto sobre Roland e também a oportunidade que nossos protagonistas tem de deixar de lado todas as sua preocupações e vivenciar um dia muito especial juntos. Como escrevi no início, só é possível compreender com a leitura dos livros anteriores.

Espero que gostem, aos que já leram, vamos trocar idéias, gosto muito de seus comentários. Boa Leitura!



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Happy Hour #20 - História do Dia dos Pais


Olá, meus queridos!! Como vão vocês?! Todo mundo já voltou aos estudos e ao trabalho depois de merecidas e deliciosas féria!! Tudo que é bom, dura pouco, meus caros! rsrs *-*


E aí? Estão curtindo nosso Especial Olimpíadas de Londres? Clique aqui para acessar as postagens do especial

Boom, como todos sabem, domingo é comemorado no Brasil o Dia dos Pais e a HH não poderia deixar passar essa data em branco, não é?! Pois bem, hoje iremos falar sobre a história dessa data e como ela é celebrada mundo afora. Vamos lá? =DD




História do Dia dos Pais
Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na Babilônia, há mais de 4.000 anos. (caraca! =O) Ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente...

Em 1909, a norte-americana Sonora Louise Smart Dodd queria um dia especial para homenagear o pai, William Smart, um veterano da guerra civil que ficou viúvo quando sua esposa teve o sexto bebê e que criou os seis filhos sozinho em uma fazenda no Estado de Washington. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

[Gastronomia e Literatura] Chá das Cinco


Bom Dia Pessoas,

Últimos dias das Olímpiadas 2012, o que acham de uma paradinha para o chá? Esse é um dos mais famosos rituais ingleses, o Chá das Cinco. 

O chá foi introduzido na corte inglesa por Catarina de Bragança, princesa portuguesa, filha de D. João IV, quando esta casou com Carlos III de Inglaterra. Ao ritual do "chá das cinco" estão associados os tradicionais scones e a marmalade, esta última também introduzida por Catarina de Bragança.

Mas antes de prepararmos as delícias que separei só para vocês, vamos conhecer a sugestão de livro dessa semana.  Da inglesa Virginia Woolf um de seus romances mais famosos, Mrs. Dalloway.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Resenha: "Filhos de Galagah" (Leandro Reis)

Por Sheila: Oi pessoas! Como vocês estão? Espero que tudo ok. Hoje vou apresentar para vocês o primeiro livro de uma trilogia escrita por Leandro Reis intitulada "Legado Goldshine". A trilogia compõe-se dos livros Filhos de Galagah, Senhor das Sombras e Enelock, e hoje tentarei falar um pouquinho a respeito do primeiro livro da série, soltando o mínimo possível de spoilers, já que a trama é bem densa e complexa.

De cara somos apresentados a Iallanara Nindra e Galatea Goldshine, que terão seus destinos entrelaçados no desenrolar da trama. A primeira, é uma bruxa vivendo na orla da floresta, sobrevivendo como pode a um mundo que se mostrou hostil desde o princípio. A outra, é uma princesa, cercada de toda a atenção e carinho da família, mas portadora de um destino tão grandioso quanto difícil - ser uma Campeã Sagrada.

Galatea é a princesa, filha do rei Airon e pertencente a linhagem real dos Goldshine, que há gerações vem recebendo de seu Deus Radrak a missão sagrada de trazer paz e justiça ao mundo, ou seja, ser um dos Guardiões da Vida e representar seu Deus em vida. Por séculos o reino de Galagah vem sendo governado pelas mãos justas dos Campeões Sagrados da família Goldshine, mas um Mal há muito a solta ameaça com guerra e terror não só o reino de Galatea, mas todo o equilíbrio sagrado do mundo em que vivem, Mal que tem em um nome sua representação: Enelock.
Airon fitou o chão. Recitou, então, o que lhe fora recitado pelo seu pai:
- Contra o Lorde Supremo da Morte não haverá espada dourada que deixará de perder teu brilho ... Não haverá trégua para a família de Guerreiros da Luz até que seu sangue deixe de existir ... E ele será o carrasco, imortal, incansável e invulnerável para aqueles que têm o deus da Vida como tradição ... Mantendo o ritmo do mundo, trazendo sombras densas à luz cegante.
A fé é o que move um Guardião da Vida, mas mesmo essa titubeia em Airon Goldshine quando, contrariando a todas as expectativas, é Galatea, filha mais nova do Rei, e não seu irmão Thomas, quem se tornará uma Guardiã. Afinal, Enelock tem a seu serviço todo um exército de vampiros, mortos-vivos, bruxas, orcs e outros seres das trevas que tem no mal e sua realização seu único intento. Mesmo assim, o destino - e o deus Radrak - escolhe sua filha mais nova para esta nobre mas árdua tarefa.
Galatea viu o pai olhando-a pasmo e largou a espada no chão, temendo a represália. A luz cessou de imediato.
Demorou alguns segundos até que Airon percebesse, emocionado, que aquele era um sinal divino. A energia sagrada da espada pulsara em sua forma mais pura quando empunhada por sua filha. Era como se ela já fosse uma Campeã Sagrada. Não conseguia entender como. Galatea abaixou-se e segurou a espada para colocá-la de volta no suporte. Novamente a energia pura e dourada preencheu o local.
Começa então o treinamento de Galatea, orientada por seu tutor Módius na arte da guerra e manejo da espada, e seu professor Vanliot nos ensinamentos a respeito dos deuses e de suas histórias e mitos. Na floresta, Iallanara também é treinada, mas com objetivo diferente: ela cresce sendo instruída na arte das trevas e magia negra.

Mas, seja por obra do acaso ou por um motivo maior, estas duas mulheres tão diferentes acabam cruzando seus caminhos, juntando à comitiva Gawyn, um elfo criado por humanos, Sephiros, elfo guerreiro-mago, e Ethan, O Flagelo Dourado, numa busca que os levará à exótica cidadela de Lemurian onde viverão boa parte da aventura deste livro, em sua busca por ... bom, não vou contar para não estragar a surpresa.

"Filhos de Galagah" possui personagens complexos, uma trama bem elaborada e uma linguagem simples que faz com que as páginas praticamente virem sozinhas. Para quem gosta de Literatura Fantástica, posso dizer que não deixa nada a desejar aos títulos estrangeiros, prendendo a atenção do leitor do início ao fim - e ficando com gosto de quero mais, claro, já que a trama não é resolvida no primeiro livro.

Vale ainda destacar que as cenas de ação são muito bem escritas, numa narrativa que, apesar de descritiva, não cansa por não ser extensa, mas precisa. Por mais que a temática explorada seja muiiiiiiittto antiga e extensamente usada - a luta do Bem contra o Mal - Leandro consegue nos transportar à um mundo paralelo, onde o Bem e o Mal descritos podem quase ser sentidos, tocados ... Enfim, diálogos inteligentes, ação, aventura, drama e até mesmo um toque de humor em algumas passagens, fazem do Livro I da trilogia não só um livro muito bom, mas, na minha modesta opinião, memorável. Recomendo. Muito.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Filme: "Munique"

 

Estamos em época de Olímpiadas e claro, há alguns filmes que trazem esse contexto.
Mas escolhi falar de um filme a que assisti há algum tempo e me lembro de ter ficado um tanto quanto chocada com as cenas e a história propriamente dita.
 
É o filme “Munique”, de 2005, inspirado em eventos reais e dirigido por Steven Spielberg.

O filme trás a trágica história das Olimpíadas de 1972, onde 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tragicamente assassinados por um grupo de terroristas palestinos no dia 5 de setembro.

A cena da invasão ao prédio olímpico e consequentemente, a cena do massacre é chocante, claro, pois muitos tiros são disparados e há algumas facadas também. (Isso já serve de alerta para pessoas que não gostam de filmes sangrentos)

Em meio a tudo isso, o personagem principal é o Israelense Avner (Eric Bana). Ele mostra o “outro lado” de Israel.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Novidades da Semana #41

Aqui estou eu novamente. Não vou ficar enrolando, vamos logo com isso.  Hahaha.


As Nove Vidas de Chloe King: Banidos - Liz Braswell
Bem, tenho certeza de que esse nome deve ser familiar a vocês. Quem já assistiu a série sabe muito bem. Pois então, agora lançarão o livro de Chloe, e parece que haverão muitos livros, pois esse é apenas o primeiro. O triste é saber que a série foi cancelada, mas para os que sentiram falta, vale a pena conferir, não é?
Sinopse:
Chloe King parece uma adolescente normal. Vai à escola, discute com mãe e se apaixona. Mas perto de seu aniversário de 16 anos, ela desconfia que pode não ser assim tão comum. A visão noturna, os reflexos... Para continuar a ler a sinopse, clique aqui.



Jogos Vorazes: Guia do Tributo - Emily Seife
Bem, todos sabíamos (nós, os fãs antigos) que após o lançamento do filme (SE não fizessem dele o mesmo que fizeram com Percy Jackson), seria uma total loucura ao redor do universo dos nossos queridos Peeta e Katniss. Estávamos certos. E como fãs que somos, mais um livro sobre essa história que nos (me) fez passar por semanas de depressão não vão fazer mal, não é? Vamos ver sobre o que se trata esse Guia do Tributo.
Sinopse: 
O guia definitivo para a os vinte e quatro Tributos participantes da 74ª edição dos Jogos Vorazes de Panem. Siga a jornada dos Tributos desde a Colheita ate os Jogos, com uma olhada para todos os destaques... Leia mais clicando aqui.




Afinidade - Sarah Waters
Para os amantes de literatura de época, aqui está um livro para ler. Era vitoriana onde eu deveria ter nascido, linda e rica, mas erraram o período histórico, vestidos bufantes e romance... Ok, existe alguém que não gosta disso? SÉRIO?! Enfim.
Sinopse:
No auge da era vitoriana, Margaret Prior é uma jovem solteira e rica que, transtornada com a morte do pai, tenta pôr fim à própria vida. Para ajudá-la a enfrentar esse momento difícil, o médico da família recomenda que ela se volte para algo que possa distraí-la dos problemas ao seu redor. Ela então decide levar algum conforto às detentas da Penitenciária de Millbank. Rodeada... Continue a ler clicando aqui.




A Corrida de Escorpião - Maggie Stiefvater
Vocês já devem conhecer o nome Maggie Stiefvater de Os Lobos de Mercy Falls (que eu estou simplesmente MORRENDO para ler, e ainda não tive oportunidade). A autora agora chega ao Brasil neste novo livro, tão ou até mais convidativo que sua outra série. Não acreditam? Leiam a sinopse, e me digam se não ficaram tão interessados quanto eu.
Sinopse:
A cada novembro, os cavalos d'água emergem do oceano e galopam na areia sob os penhascos de Thisby. E, a cada novembro, os homens capturam esses cavalos para uma corrida eletrizante e mortal. Alguns cavaleiros sobrevivem. Outros, não. Aos 19 anos, Sean Kendrick já foi quatro vezes campeão. Ele é um jovem... Para ler mais da sinopse, clique aqui.




Unison: A Rede Social do Futuro - Andy Marino
G-ZUIS. Sabe aqueles livros que você só olha a capa, lê a sinopse e já está completamente desespelouca por ele? Então. É esse. Seguindo essa onda de histórias mais sérias e, sim, viajadas, esse livro tem um tema bem interessante e que é muito conhecido atualmente: redes sociais. Mas a rede social dele é meio diferente, portanto...
Sinopse:
Todos estão obcecados com a Unison, a rede social que conhece você Melhor do que você mesmo. Não exatamente todos, mas principalmente os que podem pagar para ter um login na rede social que redefine o que pode ser uma vida de verdade. Vivendo na miserável Pequena Saigon, abaixo da grande cúpula que a separa da rica Cidade Litorânea do Leste, Mistletoe, uma garota de 15 anos de idade, só pode sonhar com o login que a levaria ao "mundo melhor" da Unison. Ela tem de se... Leia mais aqui.




O Caos (Numbers #2) - Rachel Ward
O segundo livro de uma série no mínimo intrigante (que, sim, está na minha lista dos 100 000 Livros Que Tenho de Ler Urgentemente) JÁ está sendo lançado antes que eu tenha tempo até de ver quanto custa primeiro. É pra acabar, mesmo. Se você não viu nadinha sobre a série e não quer ler spoiler (que destroem VIDAS), clique AQUI antes de ler qualquer coisa a frente. Agora, para os que já leram, confiram abaixo.
Sinopse: 
Como sua mãe antes dele, Adam vê números – datas de mortes nos olhos das pessoas. Já é difícil o bastante ter que viver com esse terrível dom, mas a vida está prestes a ficar ainda mais dura... Adam vê que todos ao seu redor têm a mesma data: 1º de janeiro de 2027. Algo... Para ler o restante, clique aqui.






A Festa de Casamento - Patricia Scantan
Só pelo nome já podemos imaginar o que vem por aí: encrenca, comédia, FAMÍLIA. Bem, eu tenho a minha (pouco problemática), e tenho minha cota de loucura para pelo menos três encarnações. Mas, pelo que eu li na sinopse desse livro, a coisa também está feia nessa história. Olhem só.
Sinopse: 
Nada como um lindo casamento... Para começar a Terceira Guerra Mundial! Pois é isso que acontecerá se Connie Adams, a mãe da noiva, não conseguir apaziguar as coisas entre Debbie e o pai. O ex-marido de Connie insiste em levar sua nova esposa e sua insuportável filha adolescente no grande dia, mas Debbie... Continue a ler clicando aqui.



Sonhos - Alyson Noël
O mais novo livro da autora da série Imortais, Alyson Noël, já tem capa e título nacionais. Fated (que em tradução literal significa predestinada) chega ao Brasil como Sonhos, com a mesma capa americana. Como eu já havia dito antes, li os três primeiros livros da outra série da Noël além de Fingindo Ter 19 Anos (que foi o melhorzinho) e não gosto muito da escrita da autora, mas... Acho vale dar uma chance a esta história.
Sinopse: 
Daire Santos é uma adolescente de 16 anos, filha de uma maquiadora de Hollywood, que namora estrelas de cinema e viaja com a mãe por todo o mundo. Até que coisas estranhas começam a acontecer com ela: visões com corvos e pessoas brilhantes, o tempo que para de andar, sonhos com um belo menino de olhos azuis-gelo.
Os médicos acham que se trata de um caso psiquiátrico. Sua avó, curandeira respeitada na pequena cidade de Encantamento, Novo México, afirma que pode curá-la com... Leia o restante bem aqui.


O Perfume da Folha de Limão - Clara Sánchez Muñoz
Uma observação bem observada: Meu Deus, essa capa é gloriosa de tão linda! Tem todo um mistério e tudo mais... E a cor, a água... Adorei. São essas coisas que me fazem querer fazer Design Gráfico. Enfim. A capa tem que ser tão misteriosa quanto a história porque mesmo lendo a sinopse eu ainda não faço ideia sobre o que esse livro fala ou o gênero da coisa. Sério. Duvida?
Sinopse: 
Sandra está grávida e não sabe o que fazer com sua vida. Não ama o pai de seu bebê e não consegue vislumbrar como será seu futuro. Para conseguir pensar melhor, ela viaja para uma cidade da costa, onde conhece um casal de idosos noruegueses que decidem cuidar dela. Mas o casal... Continue a ler a sinopse aqui.
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Devoted: Devoção (Elixir #2) - Hilary Duff
A atriz, modelo, cantora e agora escritora Hilary Duff lança o segundo volume de sua série de estréia no mercado literário: Devoted. Quem já leu Elixir pode dizer se ela tem ou não se saído bem como escritora. Eu, que NÃO li o livro, mas estou louca para ler quando tiver dinheiro assim que a lua voltar a iluminar o sol nem preciso dizer que quero o segundo também, não é?
Sinopse:
Um amor perdido, mas nunca esquecido… Sage é minha alma gêmea. Nós nos amamos há muitas vidas, mas tudo sempre acaba de maneira trágica… Desta vez, no que depender de mim, será diferente. Ele é imortal, e carrega o Elixir em suas veias. Foi arrancado de mim, mas tenho certeza que ainda está bem… por enquanto. Ben... Leia mais aqui.



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NOVIDADES


Sai esse mês, pela Novo Conceito, o livro P.S. Eu te Amo, de Cecelia Ahern. Quem chorou litros com o filme já pode ir guardando o dinheirinho para comprar e quem ainda não viu... esperando o QUÊ?


Tempest, que acabou de ser lançado aqui, já tem continuação E capa nova. O segundo livro da série, intitulado Vortex, tem previsão de lançamento para janeiro de 2013. Confira acima as capas do primeiro e segundo volumes.


A Graphic Novel de Instrumentos Mortais ganha uma data de lançamento. Parece que os quadrinhos dessa série delirante chegam às livrarias (americanas, lógico...) em 7 de maio do ano que vem. Aqui, infelizmente, não há data ainda.

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Então, pessoas? Curtiram as novidades? Eu quero saber, ein! Adoro ler os comentários desespeloucos de vocês. E se alguém, tipo assim, quiser me dar um livro de presente de aniversário, tipo assim... Já que é dia 12 e tudo mais... Não teria problemas, sabe... Eu faria o sacrifício de aceitar... Hahaha. :-D
Beijos e até o próximo post,
Debie.

[Perfil do Autor] Irmãs Brontë


Por Ellen: Continuando nosso "Especial das olimpíadas de Londres", hoje vamos falar sobre as Irmãs Brontë. Todos os apaixonados por leitura já devem ter ouvido falar em alguma das irmãs Brontë ou pelo menos de uma de suas publicações: “Morro dos ventos uivantes” (Wuthering Heights). Certamente esse romance voltou a ser destaque por conta de uma citação no livro “Crepúsculo” de Stephenie Meyer. Agora vamos saber algumas curiosidades sobre estas grandes escritoras.

As irmãs Charlote, Emily e Anne foram percussoras da literatura inglesa de grande destaque na história. Pioneiras na escrita de contos em uma época em que mulher não tinha voz também foram alvo de críticas muito duras por seus romances muitas vezes classificados como vulgares.

#PROMO Presente Literário: 4 livros para você

Em setembro é o aniversário do Minha Estante e os blogs Entrando Numa Fria, Doce Encanto e o Dear Book foram os os convidados para a festa! Mas sabe quem vai ganhar mesmo o presente? Você! Confira os prêmios que estão sendo sorteados:
capa um lugar pra ficar.indd capa_ a filha da minha mãe e eu.indd 3 4

domingo, 5 de agosto de 2012

Resenha: "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" (Sophie Kinsella)

Sophie Kinsella é um dos maiores fenômenos da nova literatura britânica, faz muito sucesso na categoria "Chick-lit" e sua série mais famosa é "Os delírios de consumo de Becky Bloom".
Rebecca sou eu. São minhas irmãs, São todas as minhas amigas que já saíram para comprar um chocolate e voltaram para casa com um par de botas. Rebecca é todas as mulheres (e homens) que já se viram paradas diante de uma vitrine e souberam, com certeza absoluta, que precisavam comprar aquele casaco e..., ai, meu Deus, calças que combinassem com ele!!
Por Gabi: É com esse comentário de Sophie Kinsella, uma das mais prestigiadas autoras britânicas de chick-lit, a respeito da personagem principal de seu romance de estreia que começaremos a falar do livro.

Complementando a descrição de Rebeca Bloom (para nós, somente Becky): ouso dizer que ela possui uma "dupla personalidade", pois é uma jornalista financeira, que durante o expediente ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e, ao andar pelas ruas de Londres, transforma-se em uma incansável e compulsiva compradora, que idolatra uma liquidação como ninguém e foge loucamente do gerente de seu banco. (rsrsrs)
Sabe quando você encontra alguém bonito e ele sorri e seu coração fica igual manteiga derretida em cima da torrada? É assim que eu me sinto quando eu vejo uma loja. Só que melhor.
Visando tal situação desesperadora, nossa querida Becky decide que, para quitar suas dívidas, deve cortar completamente seus gastos. Claro que é uma tentativa furada. Depois dessa, ela conclui que precisa ganhar mais dinheiro (sabendo que seu emprego está ameaçado) ou que um desconhecido pode pagar a fatura de seu cartão por engano. Mas nenhuma de suas tentativas dá certo e ela acaba se metendo em deliciosas confusões que vão arrancas deliciosas risadas dos leitores.
Tudo bem. Não entre em pânico. É só uma conta do VISA. Só um pedaço de papel; alguns números. Quero dizer, que poder têm uns poucos números para nos amedrontar?
Mas Becky não é uma personagem insensível e que só pensa em futilidades. Ela é sensível, carinhosa e muito otimista. Tanto que em meio a toda essa loucura de sua vida, ela ainda encontra tempo para se apaixonar pelo irresistível, expert, sedutor (e especialista em finanças), Luke Brandom.
Faço uma espécie de aceno desinteressado sem encarar Luke bem nos olhos, rapidamente me viro e volto para Suze, meu coração batendo rápido e meu rosto ardendo de vermelho. Deus, que fiasco.
Bom, a partir daí, vocês puderam perceber que temos todos os ingredientes para embarcar em um chick-lit de primeira qualidade. Bloom embarca em situações inusitadas e muito cômicas ao tentar vencer sua batalha contra o cartão de crédito, conquistar o coração de Luke (e, posteriormente, manter a relação) e ainda exercer bem seu trabalho.
- Tudo bem, eu estou mentindo – interrompe Luke – Eu estou mentindo. Eu não preciso simplesmente de alguém como você. Eu preciso de você.
Com uma mistura de romance e comédia, livro é encantador e divertido, tendo uma leitura dinâmica e muito rápida. Para os que gostam do gênero, podem investir na leitura sem medo! E para os que não curtem tanto, ou que têm um certo preconceito com os "livros de mulherzinha", é uma boa pedida pra começar a quebrar essa barreira boba.

Indico também o filme homônimo inspirado no romance de Kinsella. É muito engraçado , pessoal. Bem bacana! =D Ah! Não sei se repararam, mas a capa do livro se assemelha muito com o banner da nossa querida coluna "Ofertas por Aí". Por que será, hein? rsrs Segue o trailer para vocês:
 
Ana Liberato